Sergey Sirotkin fica com o lugar sonhado por Robert Kubica
E lá se foi a última vaga ainda aberta para a temporada 2018 da F-1: o russo Sergey Sirotkin foi confirmado como o segundo piloto da equipe Williams, ao lado do canadense Lance Stroll. O polonês Robert Kubica, que chegou a ser confirmado nesse posto por muitos que não trabalham na equipe inglesa, foi anunciado como piloto de testes e desenvolvimento, algo mais adequado às limitações físicas, motivo que explica em parte o fato de não ter sido confirmado na equipe Renault.
A escolha de Sirotkin indica a decisão da Williams readequar sua gestão financeira: Sirotkin será pago por seus patrocinadores russos, o que permite que toda a verba arrecada através dos contratos da equipe seja investida no desenvolvimento técnico dos seus carros e de sua fábrica. A decisão tem implicações mais amplas, já que que a operação F-1 é a maior fonte de recursos da organização fundada por Frank Williams e Patrick Head, gerando cerca de 75% do faturamento total do grupo. Sistemas de geração e distribuição de energia e serviços de engenharia para terceiros — como o gerenciamento da equipe Jaguar-Panasonic de F-E e o desenvolvimento aerodinâmico do novo Ginetta G-60 — são exemplos disso. Bons resultados na F-1 ajudam a cobrar mais alto por seus serviços a terceiros.
Sergey Sirotkin é russo, completará 22 anos dia 22 de agosto e já foi piloto de testes da Sauber (2014) e da Renault (2016), onde foi piloto-reserva no ano passado; apesar disso, quando a permanência de Jolyon Palmer ficou insustentável na equipe francesa, seus dirigentes optaram por contratar o espanhol Carlos Sainz Júnior. Sua carreira é bancada pela SMP, uma organização que incentiva e banca o desenvolvimento de jovens pilotos russos e é financiada por equipes, empresas locais e até um time de hóquei no gelo, o Dynamo de São Petersburgo. A confirmação de Sirotkin faz cair por terra a explicação usada no ano passado de que a Martini exigia um piloto com idade superior a 25 anos para promover seus produtos: Lance Stroll, canadense que assume a condição de primeiro piloto, só chegará aos 20 anos de idade no próximo dia 29 de outubro.
Robert Kubica, que completou 33 anos em 7 de dezembro passado, estava em franca ascensão na F-1 mas um grande acidente em uma prova regional de rali na Itália no início de 2011 interrompeu sua carreira. Determinado como poucos, o polonês (que venceu duas provas de F-Renault no Brasil) contratou Nico Rosberg para administrar seu retorno à categoria e tem agora sua maior chance de consolidar sua volta à categoria: seu contrato prevê a participação em várias sessões de treinos livres nas manhãs de sexta-feira e nos testes previstos para o decorrer da temporada, inclusive os marcados para Barcelona para o final de fevereiro.
WG