A Renault apresentou a família Sandero 2020 e a principal novidade é voltar a ser disponível câmbio automático para o Sandero, desta vez o CVT X-Tronic, combinado com motor 1,6. Fica, assim, atendida, a parcela de consumidores da marca que faz questão de apenas dois pedais, até então indisponível.
Os modelos foram atualizados pela equipe do Renault Design Center, em São Paulo,e trazem agora a luz de rodagem diurna (DRL) em LED. que fazem parte da nova grade. Nos hatches Sandero, Stepway (agora Renault Stepway, não mais Sandero Stepway), e R.S., novas lanternas traseiras em LED invadem a porta de carga, conferindo novo e mais moderno visual à traseira.
As versões do Sandero são:
Life 1.0 M5 (R$ 46.990): quatro bolsas infláveis (as duas frontais obrigatórias e duas laterais), Isofix, direção eletro-hidráulica, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas, chave-canivete e rodas de 15 polegadas.
Zen 1.0 M5 (R$ 49.990) e Zen M5 1.6 (R$ 55.990): Todos da versão Life, mais Media Evolution, comando satélite no volante, sensor de estacionamento, ajustes de altura do banco e volante, computador de bordo, alarme, vidros elétricos um-toque e stop/start (exclusivo do 1.6 SCe manual).
Zen 1.6 CVT X-Tronic (R$ 62.990): Todos os itens da Zen manual, mais câmbio automático CVT X-Tronic, controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, rodas de 16 polegadas Flexwheel e molduras nas caixas de roda.
Intense 1.6 CVT X-Tronic (R$ 65.490): Todos os itens da versão Zen CVT, mais ar-condicionado automático, câmera de ré, faróis de neblina, vidros traseiros elétricos, retrovisores elétricos, controle e limitador de velocidade, e rodas de liga de alumínio de 16 polegadas diamantadas.
R.S. 2.0 (R$ 69.690): Todos os itens da Zen manual, mais assistente de partida em rampa; controle de estabilidade e tração, ar-condicionado automático, câmera de ré, retrovisores elétricos, vidros traseiros elétricos, controlador e limitador de velocidade, e rodas de liga de alumínio de 17 polegadas na cor preta diamantadas. A pintura branca é de série.
A versões do Logan são:
Life 1.0 M5 (R$ 50.490): quatro bolsas infláveis (duas frontais obrigatórias e duas laterais), Isofix, direção eletro-hidráulica, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, travas elétricas, chave-canivete e rodas de 16 polegadas.
Zen 1.0 M5 (R$ 53.490) e Zen 1.6 M5 (R$ 59.490): Todos os itens da versão Life, mais Media Evolution, comando satélite no volante, sensor de estacionamento, ajustes de altura do banco e volante, computador de bordo, alarme, vidros elétricos um-toque e stop/start (exclusivo motor 1.6 SCe manual).
Zen 1.6 CVT X-Tronic (R$ 66.490): Todos os itens da Zen manual, mais câmbio automático CVT X-Tronic, controle eletrônico de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, rodas de 16 polegadas Flexwheel e molduras nas caixas de roda.
Intense 1.6 CVT X-Tronic (R$ 68.990): Todos os itens da versão Zen CVT, mais ar-condicionado automático, câmera de ré, faróis de neblina, vidros traseiros elétricos, retrovisores elétricos, controlador e limitador de velocidade) e rodas de liga de alumínio de 16 polegadas diamantadas.
Iconic 1.6 CVT X-Tronic (R$ 71.090): Todos os itens da Intense CVT X-Tronic, mais bancos de couro, sensor de chuva e sensor crepuscular.
As versões do Stepway são:
Zen 1.6 M5 (R$ 61.190): quatro bolsas infláveis (duas frontais obrigatórias e duas laterais), Isofix, sensor de estacionamento, direção eletro-hidráulica, ar-condicionado, alarme, faróis de neblina, chave-canivete, rádio, stop/start e rodas de 16 polegadas Flexwheel.
Intense 1.6 CVT X-Tronic (R$ 70.990): Todos os equipamentos da versão Zen, mais Media Evolution, controle de estabilidade e tração), assistente de partida em rampa, ar-condicionado automático, câmera de ré, vidros traseiros elétricos, retrovisores elétricos, controlador e limitador de velocidade, e rodas de liga de alumínio 16 polegadas bítom diamantadas.
Iconic 1.6 CVT X-Tronic (R$ 73.090): Todos os itens da Intense CVT, mais bancos de couro, sensor de chuva, e sensor crepuscular.
RENAULT SANDERO
O Sandero, lançado em novembro de 2007, tem o maior comprimento (4.070 mm), o maior entre-eixos (2.590 mm) e o maior porta-malas da categoria (320 litros).
O modelo é oferecido nas versões: Life (com motor 1.0 SCe e câmbio manual), Zen (com motor 1.0 SCe ou 1.6 SCe e câmbio manual ou CVT X-Tronic), Intense (com motor 1.6 SCe e câmbio CVT X-Tronic) e R.S. 2.0 (com motor 2.0 e câmbio manual de seis marchas).
O Sandero foi o primeiro lançamento mundial da Renault realizado no Brasil e, historicamente, é o produto da marca mais vendido no país, tendo atingido no ano passado a marca de 1 milhão de unidades produzidas no Complexo Ayrton Senna, no Paraná. Mais de dez anos após seu lançamento, o carro continua um grande sucesso no mercado nacional. O Sandero está entre os veículos mais vendidos do país, com mais de 660 mil unidades comercializadas no Brasil. O Sandero participa do segmento de hatch compacto que é o mais importante do país, com 40% das vendas de automóveis no Brasil.
Em 2011, recebeu uma atualização, passando a contar com um desenho mais moderno, interior mais sofisticado e mais itens de conforto. Três anos depois chegou a nova geração: o Novo Sandero foi dotado de novos sistema elétrico, de freios e de direção, suspensões, comando de câmbio (por cabos), além de novo design e reformulação total do interior. Ao longo desse tempo, teve várias séries limitadas como Tweed, Tech Run e Vibe.
Uma boa mudança foi passar os interruptores dos elevadores dos vidros para a porta. A localização anterior, no alto do console, não era natural.
O Sandero R.S. 2.0
Em 2015, o Sandero ainda ganhou um sobrenome de peso, com a chegada da versão R.S. 2.0, o primeiro Renault Sport fabricado e comercializado no Brasil. A versão esportiva teve importantes mudanças mecânicas (motor, câmbio, suspensão, freios, assistente de partida em rampas e controle eletrônico de estabilidade, entre outras) e estéticas. Desenhado e desenvolvido na França pela Renault Sport, em conjunto com as equipes de design e engenharia da América Latina, o Sandero R.S. 2.0 é um legítimo esportivo. Essa versão se destaca por sua capacidade de proporcionar sensações esportivas desde o primeiro toque no acelerador, além de muito prazer na utilização diária. Fotos do R.S. 2,0, abaixo.
Com motor 2.0 de aspiração atmosférica, que entrega 145/150 cv e 20,2/20,9 m·kgf, associado a um câmbio manual de 6 marchas com relações curtas para maior esportividade e superior aproveitamento do motor, além de ter a ré sincronizada,, o rápido hatch acelera de 0 a 100 km/h em apenas 8 segundos e pode chegar a 202 km/h em sexta marcha.
Na linha 2020, o Sandero R.S. 2.0 traz novas rodas diamantadas de 17 polegadas na cor preta diamantadas e herdou características da série limitada Racing Spirit, como as pinças de freio na cor vermelha que, juntamente com a nova assinatura luminosa traseira em LED, a dianteira com a lâmina F1, o defletor preto, o duplo escapamento e os novos adesivos nas laterais com a assinatura Renault Sport, que reforçam a esportividade do modelo.
O interior também traz características herdadas da série limitada Racing Spirit, como o teto na cor preta e os bancos com faixas duplas na cor vermelha. No apoia-braço, as portas ganharam revestimento de tecido que parece fibra de carbono, ressaltando a esportividade do Sandero R.S. 2.0.
Completo de fábrica, o único opcional do novo Sandero da linha 2020 é a pintura branca ou metálica. As opções de cores para o Sandero são as novas azul Iron (exclusiva do modelo) e cinza Cassiopée, além de branco Glacier, prata Étoile, preto Nacré e vermelho Vivo. Para o esportivo Sandero R.S. 2.0 as opções são vermelho Fogo, branco Glacier, prata Étoile e preto Nacré.
RENAULT LOGAN
Quando chegou ao Brasil em novembro de 2007, o Renault Logan rapidamente caiu no gosto dos consumidores. O modelo inovou em seu segmento, mostrando ser possível um carro oferecer amplo espaço interno, robustez mecânica, baixo custo de manutenção sem precisar pagar mais por isso. Agora na linha 2020, e mantendo as características que fizeram do Logan um sucesso, o sedã traz mais conforto com a opção do câmbio automático CVT X-Tronic, mais segurança com as quatro bolsas infláveis de série em todas as versões, e um novo visual.
Nas versões com câmbio CVT X-Tronic, a Intense e a Iconic, o sedã precisou ter a altura de rodagem elevada devido às maiores dimensões do câmbio, e molduras nas caixas de roda que dão mais imponência ao modelo, além de rodas de 16 polegadas.
O espaço interno continua sendo um dos pontos fortes do sedã e uma importante vantagem em relação aos competidores diretos. Cinco pessoas viajam confortavelmente, com folga para os joelhos, ombros e cabeça, graças principalmente à grande distância entre-eixos de 2.635 mm, que supera a medida dos seus principais concorrentes. O amplo espaço interno chega também ao porta-malas, de 510 litros, um dos maiores do segmento.
Assim como no Sandero, o único opcional no novo Logan 2020 é a pintura branca ou metálica. Entre as opções de cores para o Logan estão a nova cinza Cassiopée, além de branco Glacier, prata Étoile, preto Nacré e vermelho Vivo.
RENAULT STEPWAY
O visual do Stepway sempre foi um dos diferenciadores do modelo. A maior altura do solo — 185 mm, ou 45 mm a mais que o Sandero de câmbio manual — facilita a condução do dia a dia, encarando com galhardia as valetas das cidades e as lombadas que infestam todo o país, além da posição de dirigir mais elevada ser apreciada por muitos.
Agora na linha 2020, o modelo está mais robusto com um novo para-choque dianteiro com apliques em cromado nos faróis de neblina e chapas de deslizamentona cor prata, que reforçam ainda mais o visual suve. As lanternas traseiras em LED, com máscara preta, conferem um estilo único ao Stepway, com uma assinatura luminosa exclusiva.
O Stepway 2020 traz novas rodas de 16 polegadas bitom diamantadas, na cor cinza Erbe, contribuindo para o visual diferenciado do modelo.
Internamente, o veículo tem elementos que reforçam através do estilo a identidade diferenciada do modelo, como a assinatura Stepway em baixo-relevo no detalhe em cromo acetinado do volante, além da identificação 3D em baixo-relevo nos bancos e elementos de cor.
O Stepway tem unicamente motor SCe de 1,6-L e três versões de acabamento: Zen, com câmbio manual de cinco marchas, Intense e Iconic, as duas últimas com câmbio CVT X-Tronic.
Lançado em 2008, dez meses depois da chegada do Sandero ao mercado brasileiro, o Stepway se destacava por seu alto nível de robustez. Esse atributo foi um dos pilares de todo o processo de desenvolvimento da base mecânica realizado pela equipe de engenheiros e técnicos do Renault Tecnologia América (RTA), que fica o Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, PR.
O veículo também passou pela atualização em 2011, apresentando uma personalidade própria em relação às demais versões. Para-choques mais encorpados, máscaras pretas nos faróis e lanternas, além da altura elevada em relação ao solo, marcaram esta versão.
Em 2012, o modelo ganhou a série limitada Rip Curl, feita em parceria com a conhecida marca multinacional de moda surfwear, destinada aos consumidores que procuravam um hatch completo com desenho atraente e detalhes diferenciados.
Em 2014, chegou a nova geração, com um visual ainda mais atraente, muita versatilidade e conectividade. Como ponto forte no desenho, o veículo trazia a imponência típica dos suves e pelos detalhes que dão ao mesmo tempo ousadia e sofisticação. E em 2016 ganhou uma nova série limitada Rip Curl.
No total, mais de 160 mil Stepways já foram vendidos. Sucesso desde seu lançamento, o veículo é hoje um dos mais vendidos entre os compactos aventureiros, com 23% de participação no segmento em 2019.
Assim como o Sandero e o Logan, o Stepway também vem completo de fábrica. O único opcional fica por conta da pintura branca ou metálica. O bege Dune estreia como cor exclusiva do Stepway, que também é oferecido nas cores cinza Cassiopée, branco Glacier, prata Étoile, preto Nacré e vermelho Vivo.
CÂMBIO CVT X-TRONIC
O câmbio CVT X-Tronic, lançado primeiro no Captur em junho de 2017, proporciona a máxima comodidade, especialmente para grandes centros urbanos. É produzido no Japão pela Jatco, uma subsidiária da Nissan, com quem a Renault e Mitsubishi formam uma aliança.
É um CVT moderno e que incorpora um conjunto de engrenagens epicíclico destinado a prover mais vigor nas arrancadas da imobilidade, além de ter permitido redução do diâmetro das polias de variação contínua da relação de transmissão. Apresenta também seis marchas, resultado de software que determina posições das polias de maneira a haver escalonamento e ser possível selecionar marchas como nos vários câmbios automáticos epicíclicos e nas caixas de dupla embreagem. A seleção manual é feita por meio de toques na alavanca seletora quando deslocada para a esquerda —sobe marcha para trás e reduz, para frente.
As acelerações do CVT X-Tronic são constantes e eficientes. O desenvolvimento deste câmbio foi baseado em três pilares: linearidade, agilidade e dirigibilidade. O efeito pode ser percebido em retomadas de velocidade ou saídas de semáforo, por exemplo. Para os passageiros, a sensação é de conforto, sem que haja qualquer interrupção de potência perceptível.
Pensando no conforto, há o sistema bloqueio com controle ativo de deslizamento. Neste sistema, a polia é liberada de forma gradual para que o torque seja transmitido de forma linear. Essa característica garante acelerações com respostas mais vigorosas e sem alternâncias, pois “segura” as polias e as solta de forma gradual para que o torque seja transmitido de forma linear e rápida.
MOTOR SCe
Desenvolvidos pela Renault Tecnologia Américas (RTA) e produzidos no Complexo Ayrton Senna, no Paraná, os motores 1.0 SCe e 1.6 SCe, lançados em dezembro de 2016, se destacam pelo maior desempenho e pelo prazer ao dirigir que proporcionam.
O 1.0 SCe 12-válvulas de três cilindros tem duplo comando de válvulas variável na admissão e no escapamento, tecnologia inédita entre os motores de entrada de aspiração atmosférica, oferecendo 90% do torque máximo (10,2/10,5 m·kgf) já a 2.000 rpm; os picos são a 3.500 rpm. Sua potência é de 79/82 cv.a 6.300 rpm.
Já o 1.6 SCe 16V de quatro cilindros traz duplo comando de válvulas variável na admissão, injetores posicionados nos dutos do cabeçote que garantem alta eficiência e bom desempenho desde as baixas rotações. A potência máxima é de 115/118 cv a 5.500 e o torque, 16 m·kgf a 4.000 rpm.
A Renault, obviamente, aproveita o know-how adquirido na Fórmula 1, categoria na qual a marca já conquistou 12 títulos mundiais, para garantir a máxima eficiência de seus motores. Das pistas, veio a tecnologia ESM (sigla, em inglês, de Gerenciamento Inteligente de Energia) e a bomba de óleo com vazão variável, contribuindo para reduzir o consumo de combustível.
Para potencializar o comportamento econômico, os modelos equipados com o MEDIA Evolution trazem as funções Eco-Coaching, que avalia a condução do motorista ao final de um percurso, levando em conta o momento certo para a troca de marchas, a regularidade da velocidade, o consumo e a quilometragem percorrida; e o Eco-Scoring, que orienta o motorista a dirigir de modo mais econômico.
O motor 1.6 SCe traz ainda o sistema stop/start (desliga/liga o motor nas paradas), mas só na versão com câmbio manual, que desliga o automóvel automaticamente em semáforo ou outras paradas. Este moderno sistema, muito comum em carros topo de gama, garante uma economia de até 5% de combustível.
Andando com o Logan Iconic
Meu interesse na sessão da experimentação foi ver como era o Logan Iconic, tanto pela novidade do câmbio CVT X-Tronic, quanto, e principalmente, pela altura de rodagem 45 mm maior — 185 mm — que a do Logan Zen, que tem câmbio manual de cinco marchas.
Como é alto! É um carro em que se pode dizer “suba”, com antigamente. Ao sair dele, a perna esquerda “vai lá embaixo” para encontrar o solo. Senti o mesmo no último teste da Saveiro. Dirigindo-o se percebe com é alto, 1.570 mm. Mas vai bem, pode-se atirá-lo numa curva sem problema, Eu quero andar com ele “no uso”, a Renault até havia-me dito que o teria já na segunda-feira que vem, mas adiaram uma semana.
O CVT vai bem, como no Captur, dirigi-o há pouco. Roda suave, trocas as “marchas” bem, com jeito bem normal. A 120 km/h,, 2.400 rpm, está bom. Consumo não foi divulgado, acredito que saia em mais alguns dias. Tampouco se soube dos dotes aerodinâmicos com a maior altura de rodagem.
Um mudança bem-vinda é a fechadura elétrica da tampa do porta-malas, acionado por interruptor no centro do losango-emblema ou pelo controle remoto do chaveiro-chave, como é bom também o multimídia MEDIA Evolution que espelha o celular.
Uma coisa é certa: a Renault ter chegado a 10,1% de participação de mercado não é obra do acaso.
E foi muito bom ver a continuidade do Sandero R.S., havia boatos de que não emplacaria 2020, notícia muito ruim para os autoentusiastas.
BS