A última evolução do projeto P400 foi apresentada em 1971, sob o nome Miura SV, o “V” indicando Veloce, veloz em italiano. A linhagem Miura começou em 1966, com o P400, e durou até 1973, num total de 764 veículos produzidos. Seu V-12, de 4 litros e 350 cv, era transversal central-traseiro. Em 1968 surgia o P400S, conhecido como Miura S, de 370 cv, com o acréscimo de alguns itens de conforto, como ar-condicionado e acionamento elétrico de vidros, entre outros.
Finalmente, em 1971, surgiu o P400SV, o Miura SV. Os quatro carburadores triplos Weber com novas especificações e as árvores de comando de válvulas com diagrama diferente aumentaram a potência para 385 cv. A velocidade máxima era superior a 290 km/h.
O SV foi considerado, na época, a mais alta expressão do supercarro e o melhor de toda a linha Miura. Giampaolo Dallara e Paolo Stanzani, engenheiros da Lamborghini, afirmaram no lançamento, em 1971, que esse modelo foi o auge de toda a experiência até então acumulada em cinco anos, desde a chegada do Miura em 1966.
O chassi do SV recebeu reforços e a suspensão traseira tinha novos pontos de ancoragem. Externamente as alterações foram sutis, a mais reconhecida delas foi nos faróis, que perderam os “cílios” pretos que caracterizavam as versões anteriores.
Marcello Gandini, do Gruppo Bertone, foi o responsável tanto pelo desenho original quanto pelas pequenas evoluções de estilo do Miura. Desde 2015 o Lamborghini Polo Storico é o departamento dedicado a preservar a herança da empresa. Restauração e reconstrução de partes para os carros mais antigos, anteriores a 2001, é uma das principais tarefas desse centro histórico, mantendo os veículos clássicos da marca.
AB