A Prefeitura de São Paulo reduziu de 50 km/h para 40 km/h, sem mais nem menos, a velocidade de 24 vias a partir do dia 3 último. A alegação é a mesma e esfarrapada “reduzir acidentes”. Avenidas importantes como a Olavo Fontoura, na zona norte, foram incluídas nisso que chamo de sadoganância, combinação de sadismo com ganância.
Quem determina reduções de velocidade não tem a menor ideia do que é dirigir abaixo da velocidade natural de qualquer via, como é difícil e contraproducente. Em minha opinião em atos inegáveis de puro sadismo, iniciado timidamente por Gilberto Kassab, mas ainda dentro do que se pode chamar de razoável, como baixar de 70 km/h para 60 km/h o limite de velocidade, como na Avenida Paulista.
Mas o sadismo começou para valer com Fernando Haddad, que promoveu uma redução geral, abusiva e desrespeitosa, inclusive nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros, que passaram de 90 km/h para 70 km/h. Felizmente o prefeito João Dória Jr restabeleceu os limites anteriores nessas importantes vias da cidade — cumpriu promessa de campanha — mas fez o serviço pela metade ao manter as absurdas reduções impostas por Fernando Haddad.
O mais curioso, até cômico, foi os arautos das tragédias preverem as consequências mais funestas para a volta de 90 km/n nas duas marginais, o que nunca aconteceu de 2017 para cá. Quatro anos!
Absurdos da administração Haddad continuam firmes e fortes, como 50 km/h em artérias importantes da capital como Avenida dos Bandeirantes, Jacu-Pêssego e Aricanduva (50 km/h, pode ser 60 km/h) e o eixo norte-sul (Moreira Guimarães-Rubem Berta-23 de Maio (60 km/h, pode ser 70 km/h ou 80 km/h dependendo do trecho).
A coisa toda é tão absurda que em avenidas de características absolutamente iguais, uma tem limite de 50 km/h, outra, 60 km/h, caso da Avenida Tancredo Neves em São Paulo e da Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, municípios vizinhos.
E agora essa nova leva de redução, desta vez para 40 km/h, que além do sadismo vem para, mais uma vez, tungar o cidadão por meio de radares a postos 24 horas x 365 dias.
O pior é que para acionar o ministério público contra tais desmandos é preciso uma associação de classe para fazê-lo, o que não é tão fácil.
Embora o assunto seja relativo ao município de São Paulo, fatos como esse estão por todo o pais.
BS
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