Descrito como uma jornada no futuro da mobilidade, o Porsche Vision Renndienst tem o lugar do motorista em posição central e que pode rodar 180 graus quando o monovolume estiver sendo conduzido de forma autônoma.
Como sempre, a Porsche usa a tradição e as suas origens em cada projeto. E nesse van não foi diferente. O antigo Volkswagen Transporter do departamento de competições serviu de inspiração. O desenho da carroceria é consequência do desenho do interior.
Aqui cabe uma lembrança da Bauhaus, de Walter Gropius. “A forma segue a função” e “A simplicidade na multiplicidade” são alguns dos princípios da Arquitetura modernista e funcional que se aplicam também a objetos outros. Do lado esquerdo a lateral é fechada, e do lado direito estão as portas corrediças e a janela. A “cápsula” oferece privacidade de um lado e visão do exterior do outro…
A segunda fila tem bancos esportivos, que lembram os das versões GT da linhagem Porsche, mas a última fileira, por seu lado, parece uma área de estar, dotada de um “sofá” confortável.
“No passado traçávamos nossos roteiros de viagem em mapas e anotações numa folha de papel ou, algum tempo depois, já inseríamos os dados no sistema de navegação dos veículos. Hoje preparamos o roteiro no celular, sentados no sofá de casa, e depois enviamos tudo para o carro”, destaca Ivo van Hulten, diretor de Experiência do Usuário da Porsche, no comunicado.
Para além de desvendar o interior, falando de dentro do próprio van, o chefe de estilo da marca, o alemão Michael Mauer, destacou aquilo que imagina que será o futuro, acentuando que os clientes da marca não querem abdicar de dirigir, mesmo com um veículo que também é capaz de condução autônoma.
O Vision Renndienst tem volante e painel típicos da marca. O painel é minimalista e digital, com cinco instrumentos circulares na tela. Alguma dúvida sobre as lembranças do painel dos 911? As duas telas, uma de cada lado, oferecem entretenimento aos passageiros e podem ser operadas individualmente ou mesmo basculadas e fechadas.
Se não existiam muitas dúvidas de que o monovolume teria um interior diferente, poucos teriam imaginado que fosse desenhado para o mundo da condução autônoma. Mas como em todos os Porsches, a união de tecnologia e engenharia com a alma e as tradições fazem com que essa marca tenha, talvez, os carros mais icônicos do mundo.
AB
