Após a redução nas entregas de veículos neste ano, a empresa prepara-se para a continuidade da falta de semicondutores durante 2022, e pior ainda, prevê que só no início de 2023 a situação fique resolvida.
Em 2020, ano em que a pandemia obrigou a fechar fábricas em todo o mundo durante semanas a fio, o Grupo Volkswagen entregou 9,2 milhões de veículos. Em 2021 esse número deverá ser inferior, agora por culpa da crise dos semicondutores. O Grupo trabalha com a previsão de nove milhões de unidades.
Comenta-se que para 2022, num pior cenário, estaria se apontando para algo pouco acima dos oito milhões de veículos novos. Na foto de abertura, Volkswagen T-Roc na linha de produção.
A Volkswagen não confirmou oficialmente estes números, mas disse à Automotive News Europe que espera uma melhora durante 2022, ainda que o primeiro semestre não seja visto com otimismo.
É a opinião também de Oliver Blume, diretor executivo da Porsche, que declarou: “Alguém que acredite que a crise dos chips se resolva durante o próximo ano está enganado”.
Carlos Tavares, executivo chefe da Stellantis, já tinha alertado, em ocasiões anteriores, que este problema perdurará por algum tempo no futuro, mesma posição já dada a conhecer por executivos do Grupo BMW e da Daimler.
Para fazer face à falta de chips, alguns construtores concentram a fabricação nos modelos ou nas versões que têm mais rentabilidade, para atenuar a quebra de produção, ou a produzir veículos com menos equipamentos. Algumas oferecem compensações aos clientes, pela falta de acessórios eletrônicos. Pandemia, chips, custos para desenvolver a rápida eletrificação, tudo são dores de cabeça para os executivos dos maiores grupos.
AB