Olho de relance pelo imenso retrovisor, o rastro de poeira é gigantesco e denso, volto os olhos para o painel e vejo que estou a mais de 70 km/h, num átimo de pensamento lembro que estou num carro que pesa mais de 2.600 kg, que tem gigantescos pneus do tipo All-Terrain e um pesado eixo rígido na traseira, uma estrutura de chassis que permite rebocar 5.062 kg (com freio) e um gigantesco motor V-8 que mal consigo ouvir com a espaçosa cabine totalmente fechada, mesmo que o poderoso sistema de som Harman Kardon esteja num volume bem baixinho e, assim, mal me dou conta da velocidade e me surpreendo com seu comportamento, contorno uma curva após uma leve freada (no potente sistema de freio a disco nas quatro rodas) e chego ao alto de mais uma montanha — e mais uma pequena, singela e linda capelinha se apresenta à frente, no pitoresco e agradável Caminho da Fé que liga Águas da Prata, SP a Aparecida, também em São Paulo, passando por inúmeras e pacatas cidades do sul de Minas Gerais, todas incrustradas na Serra da Mantiqueira.
Assim — e inúmeras vezes assim — poderia ser o resumo dos meus dias a bordo da picape Ram 1500: subindo e descendo montanhas, levantando poeira e “curtindo” a paisagem, vivenciando uma aventura off-road “leve” com essa novidade da Ram no Brasil.
E, ao final, fiquei “tocado” com o paralelo que fui fazendo ao longo do caminho entre o carro e tudo o que vi e pelas pessoas que encontramos “peregrinando” por lá, seja por uma missão de fé ou de crença, seja por encarar e vencer um desafio pessoal, seja por uma atividade de lazer ou de condicionamento físico, seja caminhando a pé, pedalando uma bicicleta, pilotando uma moto ou, como eu, dirigindo um carro.
Mas, tudo tem um começo…
Plimm, Plimm! Dias antes, toca o celular e vejo a mensagem do Bob Sharp, nosso editor-chefe, que comenta sobre haver uma Ram 1500 à disposição para avaliação, perguntando se eu gostaria de fazê-la. Honrado com o convite, confesso que fiquei, para além de feliz e contente, ansioso pela oportunidade.
E logo me veio a ideia — e talvez a “missão”: vou levar essa “deliciosa monstrinha” para um belo passeio off-road. Ficamos felizes: eu e, certamente, ela… . O fato é que das outras avaliações que tive a oportunidade de ver e/ou ler (claro, não me refiro a todas), nada vi sobre o comportamento dela em situação fora-de-estrada “real”. E, assim, decisão tomada! Mas, ainda faltava escolher para onde. E, talvez, um porquê. Ou ainda, um trajeto que tivesse o “perfil” para um hipotético e potencial “dono de Ram 1500”.
Racional x emocional
Assim pode ser definida uma hipotética “briga interna e pessoal” para você escolher — ou não — uma Ram 1500. E pode ter a certeza de que essa nunca será uma briga fácil ou haverá uma resposta simples. Por que uma Ram 1500?
Racionalmente, a não ser que você “precise” de um carro capaz de rebocar mais de 5.000 kg, pode não ser a melhor opção devido ao seu porte (tamanho e peso) e potência que gera consumo e, ainda, que você não encontre algum outro atributo técnico que justifique sua opção (talvez, a opção de poder dirigir uma picape desse porte com CNH categoria B), dado que outros produtos poderiam atender certos requisitos e, ainda, com alguma vantagem. Além de preço e talvez outros itens que você possa avaliar como desnecessários ou negativos.
Mas, emocionalmente, pelos mesmos motivos (tamanho e potência) e muitos outros apelos de conforto e comodidade, justamente a Ram 1500 pode ser uma baita opção, mesmo que você não precise de um carro desses. Aliás, em relação à “necessidade”, imagino que sejam poucos os que já compraram esse carro que o fizeram por esse motivo, por “precisar” de um automóvel como esse. A Ram te conquista — como já tinha me conquistado — pelo que ela é: pelos seus superlativos, pelos seus exageros, pelo seu desempenho, por sua capacidade, por seu absurdo espaço interno que se traduz em conforto pleno e, ainda, por ter tração 4×4 e permitir ir onde outros carros não vão.
Acho que poderíamos definir assim: você pode QUERER um carro assim, mesmo que você NÃO PRECISE de uma picape como ela.
Alguns meses atrás (em fevereiro de 2020) escrevi sobre a Ram 1500, ainda antes de ela desembarcar no Brasil, quando tive a oportunidade de guiá-la por alguns dias em solo americano. Muito da avaliação em rodovia e outras análises você encontrará nessa primeira matéria. Aqui e agora vou me deter a um outro tipo de avaliação, para não ser repetitivo e poder ampliar a avaliação em outro foco, em outra direção — analisar seu comportamento por um belo passeio off-road.
Desde sua primeira apresentação em 2020, a Ram 1500 com seu potente motor a gasolina V-8 HEMI de 5,7 litros, de aspiração natural, que gera 400 cv de potência a 5.600 rpm e torque de 56,7 m·kgf a 3.950 rpm, passou a ser a mais rápida (0-100 km/h em 6,4s e velocidade máxima de 174 km/h limitada eletronicamente) e potente picape do nosso mercado, além de seu imenso porte (praticamente 6 metros de comprimento e mais de 2.600 kg de peso em ordem de marcha), que dá a ela o “pomposo” e correto título de “Premium Muscle Truck”, segundo a Stellantis (fabricante e grupo detentor da marca Ram) que poderíamos traduzir (livremente) como “Picape de porte grande potente e luxuosa”.
Mas, o fato é que havia mais a descobrir sobre ela. Explico. A versão que recebemos aqui no Brasil é a Rebel disponível com dois níveis de conteúdo: Level 1, a básica, que custa R$ 429.990, e Level 2, esta a mais completa, justamente a cedida para teste, por R$ 20.000 mais, ou seja, R$ 449.990. Veja na lista de Equipamentos, no final, os tens da Level II. complementares à Level I.
Então, por tudo o que já disse aí para cima, a decisão era simples e única: eu precisava levar ela para uma Aventura Off-Road. Eu esperava isso dela. E ela esperava isso de mim… (sim, eu tenho convicção disso!)
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Lá fomos nós
Era uma bela manhã de sábado. O final de semana daquele mês de setembro prometia tempo firme, quente e, por estarmos em época de estiagem, bastante poeira pelos caminhos que iríamos percorrer, seguindo o Caminho da Fé (veja mais abaixo ao final da matéria sobre detalhes do caminho), entre Águas da Prata e Aparecida, no Estado de São Paulo, passando por diversas cidades do sul de Minas e da portentosa Serra da Mantiqueira.
Mas, claro, saindo de São Paulo o primeiro trecho foi todo por rodovias em bom estado (Rodovia dos Bandeirantes SP-348 e Rodovia Adhemar de Barros SP-340, finalizando na SP-344) até chegarmos em Águas da Prata, onde se inicia o Caminho da Fé.
No trecho de rodovia todo o conforto desta Ram sentido em forma de desempenho, silêncio (só “quebrado” quando uma boa “cutucada” no acelerador “desperta” a voracidade dos 400 cv do V-8), espaço para todos (que até chega a ser “exagerado” para os ocupantes do bancos traseiros, quase uma limusine), muita informação no painel de instrumentos configurável (com medidores fixos com velocímetro e conta-giros em tamanho grande, termômetro do líquido de arrefecimento e nível de combustível em tamanho pequeno e uma tela TFT central de 7” com várias opções de configuração, incluindo opção off-road com clinômetros, por exemplo, e, também, com destaque para quatro áreas da tela que simulam “outros” indicadores que são totalmente configuráveis), tudo isso complementando pelo projetor de informações (também configuráveis e ajustáveis) no para-brisa e, para encerrar, ainda mais informações na imensa tela de 12” na vertical que compõem a central de infotenimento, que permite utilização de Android Auto e Apple CarPlay com “divisão” da tela para outras funções (por ser na vertical, pode-se ter uma parte de informação na parte superior da tela e outra informação na parte inferior). Um belíssimo destaque desse carro com tantos superlativos.
Na rodovia, a única diferença que senti em relação à versão que testei nos Estados Unidos foi um leve maior balanço da carroceria, certamente, em função da maior altura do solo e pneus de uso misto. Mas, me refiro a um leve balanço mesmo, nada que tenha me incomodado ou que gere alguma sensação de instabilidade adicional, em que se considere que estamos falando de um carro muito alto, muito pesado e, portanto, por si só já tem um comportamento dinâmico diferente de um carro de passeio “comum”. Mas é bastante neutro e estável para um carro desse porte e, ainda mais com eixo rígido na traseira, porém montado com molas helicoidais e braços de controle para sua precisa localização no chassi.
Apesar dos mais de 220 km até chegarmos a Águas da Prata, a verdade é que o tempo passou rápido e de forma muito agradável, ainda mais com a ótima qualidade do sistema de som Harman Kardon com 900 W de potência (sim, experimentei num certo momento um belo Rock’n’Roll “by Queen” — Dragon Attack — em volume bem perto do máximo e, sim, achei fantástico e muito potente), partindo de 19 alto-falantes espalhados pela cabine que, ainda, contam com um sistema ativo de Cancelamento de Ruídos Externos captados por quatro microfones no interior do carro que geram frequências inversas para “anular” tais ruídos — parafraseando um “antigo” colunista social de TV: “Simplesmente um luxo!” (Athayde Patreze – in memoriam).
Ainda foi possível testar o controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, que funcionou muito bem e de forma segura e desejável, e o assistente de permanência na faixa de rolamento, que funciona bem para “alertar” saídas de faixa e efetua pequenas correções de direção, porém não atuou tão bem para manter o carro constantemente na faixa, mas dentro do que se espera desse recurso que ainda não permite sequer condução semiautônoma, apesar do assistente de frenagem de emergência, dos alertas de pontos cegos e tráfego na transversal atrás e de outros sistemas de segurança ativos, condizentes com a categoria da picape.
A parada em Águas da Prata também representou o primeiro abastecimento da viagem. Apesar do grande tanque de 98 litros e, portanto, bom alcance, resolvi abastecer para “certificar” o consumo rodoviário e, também, garantir tranquilidade para os caminhos fora-de-estrada que estavam por começar a partir dali. Abastecimento realizado, constatei que a informação do computador de bordo estava bastante preciso em relação à realidade: 190 km rodados entre dois pontos de abastecimento e 7,4 km/l (em certos pontos da viagem, alcancei picos de média de 8 km/l de consumo).
E pisamos na estrada de chão
De Águas da Prata, rapidamente começou nosso trajeto pelo Caminho da Fé e suas estradas de chão, empoeiradas, cortando montanhas, passando por inúmeras cidades e vilarejos, capelinhas e igrejas, subidas e descidas com belíssimas paisagens que sempre se descortinavam a cada curva.
Logo no começo encontramos os primeiros peregrinos. Estavam caminhando. Quase todos de posse de um cajado: “ferramenta” que os ajuda com maior apoio, um ponto a mais de contato com o solo, permitindo maior equilíbrio e capacidade.
E já foi aí que, ao desviar do caminho principal para uma alternativa “mais off-road”, um caminho indicado como apenas possível para veículos 4×4, que percebi como esse recurso (tração 4×4 e reduzida), assim como o “cajado” para os peregrinos, traz para a Ram1500 a capacidade de ir mais longe, de ir diferente, de ter a opção de escolher outros caminhos: de poder se aventurar! Então, logo ao sair “da principal” foi a hora de acionar, de forma fácil pelo seletor eletrônico (por botões), tração 4×4 e reduzida (low range, faixa baixa), multiplicando a força dessa “bruta picape” em 2,64 vezes (2,64:1, a relação da reduzida), o que a faz ser capaz de superar terrenos irregulares e, como era o caso, íngremes.
Ainda que tendo boa altura do solo (249 mm) e, portanto, melhores ângulos Off-Road (ataque, 25,1º, central, 19,1º e saída, 22,6º), devido ao seu porte é preciso ter atenção com as grandes erosões. Mas a força é brutal. A relação de 1ª. marcha x reduzida x diferencial traz uma relação final bem alta (crawl ratio, relação para baixíssimas velocidades) de 48,7:1 que, ajudado pelo regime de grande potência e torque, permite essa sensação de muita força com muito controle, com ótima resposta progressiva do acelerador. Verdadeiramente, uma delícia de conduzir nessa situação. E, aos poucos, a sensação do grande porte vai sendo alterada para confiança e por uma certa facilidade em superar os obstáculos, apesar do porte, ajudado, também, pelo sistema de câmeras em 360 graus, que sempre ajuda a “visualizar” os obstáculos da trilha.
Em trechos mais acidentados, o controle de tração atuou de forma rápida e correta, transferindo a força e torque para as rodas com maior aderência ao solo, potencializando a capacidade de tração da gigante, que ia “engolindo” a trilha. Num trecho bastante acidentado e muito íngreme, foi a vez de acionar — e testar — o bloqueio mecânico do diferencial traseiro que, ao fazer as rodas traseiras girarem por igual, aumenta ainda mais a capacidade de tração, levando os mais de 2.600 kg ladeira acima com uma facilidade que até surpreende.
Nos trechos com mais característica de “estradas de chão”, o comportamento da suspensão é bastante bom, mesmo em velocidades mais elevadas, sempre se considerando o porte e suas características. O eixo traseiro do tipo rígido, acoplado ao chassis (que teve seu peso reduzido em 102 kg, apesar de sofrer menos torção pela adoção de aços de alta resistência) por arranjo multibraço e montado com molas helicoidais, ainda saltita um pouco e perde aderência em situações de piso irregular, como as “costelas-de-vaca”, mas, situação que o controle de estabilidade corrige de forma rápida e correta, neutralizando o movimento oscilatório do eixo e o efeito de saltitar, trazendo o carro de volta à trajetória.
Já a suspensão dianteira, do tipo independente com triângulos superpostos, também montado com molas helicoidais, é bastante neutra e transmite bastante segurança e ótima absorção de irregularidades, como era de se esperar, e, também ajudado pela ótima direção eletroassistida. Mesmo com barra antirrolagem, que não pode desconectada, o curso da suspensão em situação off-road é bastante adequado para o propósito de uso e tipo de projeto.
Então, me lembrei de como me chamou a atenção o fato de que os peregrinos (a imensa maioria deles) usavam bons calçados, outra necessária e desejável “ferramenta” para vencer o desafio do longo caminho (apesar de ter ouvido histórias de quem tenha percorrido o caminho descalço). E, portanto, não haveria de ser diferente com a Ram 1500, que na versão Rebel vem “calçada” com pneus de uso misto do tipo All-Terrain da Falken, os Wildpeak A/T na medida 275/65R18 (32 pol. ou 813 mm de diâmetro total), bastante apropriados e bons para a utilização off-road leve e moderada, sem deixar de ter bom rendimento e capacidade no asfalto, ou seja, bem o que se espera de pneus de uso misto.
Não demorou até que eu percebesse a imensa quantidade de peregrinos que optaram em percorrer o Caminho da Fé de bicicleta. Certamente, mais fácil e rápido do que a caminhada pura e simples. Na primeira grande ladeira me dei conta da importância do câmbio para quem pedala — apesar de íngreme, mesmo com bastante esforço, ainda era possível que vários deles pudessem levar as bicicletas até o alto das montanhas pedalando, ao invés de empurrá-las. Faz-se força, claro, mas chega-se ao alto. Com a vantagem de ganhar velocidade e agilidade nos trechos mais planos. Sensacional!
E, claro, não demorou a fazer outro “paralelo” com outro recurso interessante da Ram 1500: o câmbio automático epicíclico de 8 marchas (TorqueFlite – código 8HP75 que indica tratar-se de um ZF) com grande possibilidade de escalonamento (1ª 4,710:1 e 8ª, 0,670:1), um espectro de nada menos que 7,02:1, e tecnologia que agrupa mais de 40 mapas para selecionar as trocas de marchas, permitindo que sempre a picape esteja com a marcha ideal selecionada e engatada. E, de fato, durante o percurso achei a “inteligência” do câmbio muito adequada, sempre selecionando a marcha que mais parecia adequada para o momento, com pouquíssimas vezes em que “atuei” no seletor para “reduzir” alguma marcha durante descida mais íngremes — importante citar que não há opção de troca manual sequencial das marchas, o que temos é um seletor que permite “limitar” a última marcha que o câmbio pode selecionar, então quando limitamos, por exemplo, em 3ª marcha, o carro não manterá o câmbio constantemente em 3ª., mas poderá utilizar 1ª, 2ª. e no máximo a 3ª. marcha.
Quando fomos chegando ao final de nosso primeiro dia, ao escolher uma pousada para pernoitar, claro, nos deparamos com diversos peregrinos ali pela cidade, que os potentes e eficientes faróis de LED descortinavam à nossa frente, sob as estrelas que o teto panorâmico permitiam contemplar.
E um novo detalhe me chamou a atenção, em especial, dos que estavam caminhando: o tamanho das mochilas. Claro, a jornada inteira caminhando é algo que requer muitos dias, ou seja, levar consigo roupas e alguns pertences é uma necessidade. E, também, claro, foi assim conosco, mesmo que para uma jornada BEM menor de apenas dois dias: malas e pertences, além de ferramentas e itens de apoio para Off-Road.
Bem, nas picapes sempre é um desafio bem grande levar esses itens. Na caçamba (de 1.200 litros com 1.711 mm de comprimento, 1.295 mm de largura e 543 mm de profundidade e carga útil do veículo de 610 kg) pura e simplesmente, o acúmulo de poeira e água (no caso de chuva) é algo que, muitas vezes inviabiliza levar malas e outros itens ali, apesar da capota marítima. Dentro do carro, mesmo com o grande espaço, sempre pode ser um incômodo (a piorar dependendo da quantidade de pessoas na viagem) e um tanto inseguro, no caso de um (indesejável) acidente carregar malas e grandes bolsas, por exemplo. Mas, para nós na Ram 1500 havia uma opção para lá de interessante: as Ram Boxes, que são compartimentos (trancáveis) nas laterais da caçamba que, com volume de 103,4 litros cada um, permite levar muita coisa ali, isolado da poeira e da água. Na Ram Box há ainda um “dreno” no caso de colocar algo molhado ou sujo e que precise de limpeza posterior. Ah! E mais um “luxo”: na do lado esquerdo temos uma tomada de 115 V para poder ligar algum dispositivo elétrico. Uma comodidade só, ainda mais quando sabemos que há uma outra dentro da cabine da picape.
Outra praticidade da picape é a tampa traseira poder ser aberta tanto verticalmente, como é comum, quanto lateralmente, neste caso dividida em duas abas, como na picape Fiat Toro.
No Caminho da Fé o ato de peregrinar, simplesmente, pela fé (embora, claro, não seja o motivo de todos que ali estão) é algo que vai nos comovendo, vai mexendo com a gente ao ver, durante todo o caminho, a imensa quantidade (e variedade) de capelas e de oratórios. E cada qual com sua beleza, com seu encanto. Quase todas muito bem cuidadas pela população, pelas comunidades e pelas fazendas ao longo do caminho. Simplesmente, com o intuito de “afagar” a fé dos que lá estão com esse propósito. Ou, para outros, apenas a beleza encantadora dessas construções, do capricho, dos locais escolhidos.
Numa das muitas em que paramos para conhecer e fotografar, foi impossível não entender a similaridade entre as capelas e os carros: tão diferentes entre si, mas, ao mesmo tempo, tão próximos no objetivo de transportar as pessoas, de dar liberdade de locomoção. Mudam o tamanho, o porte, o conteúdo (como as imagens dentro de uma capela), a forma, as cores, se são mais novos ou mais velhos, se são mais ou menos conservados. Mas, sempre estão e estarão ali para aquela finalidade: nos levar por aí. Talvez e muito por isso, são tão apaixonantes em sua diversidade, como foram as capelas ao longo do caminho.
E todo esse pensamento me remeteu, claro, a pensar, mais uma vez, no que é a Ram 1500. Essa mistura e eterna briga entre a racionalidade de ter um carro como aquele — ou não — ou a simples vontade de ter, pelo o que ela é, pelo o que ela proporciona. A Ram tem o porte de uma “catedral” — mas, ninguém precisa de uma igreja colossal para tão somente rezar. Mas, as catedrais emocionam. Há nas catedrais mais arte, mais espaço, mais tudo. Acho que é assim com a Ram 1500: ali você sente que está tudo.
Acho que essa decisão, tal qual alguém que decide percorrer o Caminho da Fé em peregrinação, é mesmo bastante emocional. Visceral, talvez. Baseado em vontade, em entusiasmo e determinação. Ninguém parte para o Caminho da Fé pela “racionalidade” do caminho (subidas e descidas de montanha, longa jornada, etc.), até porque, pelos números vários outros caminhos e trechos poderiam trazer os mesmos dados e resultados. Escolher o Caminho da Fé tem a ver com algo que mexe com você em algum ponto (fé ou não), que te faz querer “aquele” caminho, aquela jornada. E acho que acaba sendo quase isso com a Ram 1500: você a quer. Ponto!!! Se colocar no papel números e outros fatores, talvez outros produtos possam entregar tanto ou mais, certamente, mas não da mesma forma. Por isso, é emocional. E que bom que seja assim. E que bom que possa ser assim. E, afinal, no mundo dos carros é assim mesmo por tantas e tantas vezes, mas, basicamente, há um conflito menor entre racional x emocional.
E o consumo?
Estamos falando de mais de 2.600 kg de peso em ordem de marcha, um motor V-8 de 400 cv e, claro, não há como não haver consumo elevado, embora não alto para o porte e tipo de veículo. Importante lembrar que o motor a combustão HEMI tem o sistema que “desliga” quatro cilindros, chamado de Sistema de Cilindrada Múltipla (MDS, a sigla em inglês), que atua cortando alimentação de combustível, centelha das velas e fechando as válvulas de admissão e escapamento, com a finalidade de reduzir o consumo em situações de velocidade de cruzeiro e outras onde a potência máxima não é solicitada. E isso, claro, ajuda a consumir menos combustível.
Outras tecnologias também estão presentes para esse fim, como a grade “ativa”, que fecha as aletas de entrada de ar para reduzir o arrasto aerodinâmico e, assim, reduzir o consumo de combustível.
E, assim, o consumo oficial, de homologação da Ram 1500 é de 5,3 km/l em ciclo urbano e 6,6 km/l, em ciclo rodoviário. Na minha avaliação consegui um consumo global de 5,5 km/l em 1.018 km de jornada, entre rodovias e trechos leve off-road leve, com a situação críticas de inúmeras e constantes subidas de montanha onde, claro, o consumo é mais elevado.
Na rodovia consegui picos de 8,4 km/l no retorno de Aparecida para São Paulo. No trecho rodoviário entre São Paulo e Águas da Prata, obtivemos picos de 7,8 km/l. Já nos trechos off-road, tivemos situações de 3,3 km/l, justamente, nos trechos mais fortes e intensos de travessia de montanhas.
É um consumo alto, porém normal ou até mesmo baixo para um carro desse porte. Confesso que eu esperava consumos mais elevados. Quando da experiência com outra Ram 1500 nos EUA, o consumo acabou sendo ligeiramente melhor, mas credito isso ao nosso combustível, com alto conteúdo de álcool (não confundir com “qualidade” de nossa gasolina ou, ainda, octanagem ou algo assim — aliás, na matéria da primeira avaliação da Ram, no final falo um pouco desses aspectos.
O Caminho da Fé
Inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, o Caminho da Fé, que começa em Águas da Prata e termina na Basílica de Nossa Senhora de Aparecida, na cidade homônima de Aparecida, foi criado com opção de peregrinação religiosa, como alternativa para as romarias (que ainda partem de diversas outras localidades e independentes).
O Caminho da Fé “rasga” as montanhas e morros da Serra da Mantiqueira no sul de Minas, passando por diversos vilarejos e pequenas cidades, num trajeto de 322 km (considerando Águas da Prata-Aparecida). Embora o começo e final estejam em São Paulo, na verdade a imensa maior parte do trajeto é em Minas Gerais.
Mas, existem também os “ramais” de início para chegar em Águas da Prata. Então, outros pontos de início podem ser escolhidos, alongando ainda mais o caminho (algumas opções, encurtam a distância total).
Para quem vai percorrer, existe o conceito da “Credencial”, onde ao longo do caminho você “carimba” nos pontos por onde vai passando (os chamados pontos de apoio). Há regras e condições para isso (veja no site), mas não ter a credencial não é um limitante ou um problema. Acho que para quem vai na caminhada é algo mais importante e interessante. Acabei optando por não usar a credencial por estar de carro.
Percorrer todo o caminho é fácil, pois, ele é todo sinalizado com placas e identificações com setas AMARELAS, que dão a direção a seguir. Ter em posse o mapa oficial com as ligações entre as cidades ajuda muito a sempre ter certeza que se está trafegando no caminho correto.
Acesse o link para ter mais informações oficiais: https://caminhodafe.com.br/ptbr/
Afinal, é tão grande mesmo?
Sim, sim e sim. A Ram1500 é grande! Bastante. Todas as medidas são “maiores” do que alguns carros grandes a que estamos acostumados a nos deparar por aí. Pelo seu porte ela se impõe. Ela aparece.
Para ilustrar, veja a tabela e as fotos a seguir:
Veículo | Comprimento | Altura | Largura | Entre-eixos |
Ram 1500 | 5.929 mm | 2.012 mm | 2.084 mm | 3.672 mm |
Ford Ranger 2020 | 5.354 mm | 1.821 mm | 1.860 mm | 3.220 mm |
Land Rover Defender 110 2005 | 4.599 mm | 2.060 mm | 1.790 mm | 2.794 mm |
MINI Cooper S Cabrio | 3.699 mm | 1.414 mm | 1.683 mm | 2.467 mm |
A Ram 1500, comparada a um Defender 110 e a um MINI Cabrio,, vê-se claramente a diferença do porte e das dimensões avantajadas dessa picape.
Conclusão
Nossa jornada de dois dias pelo Caminho da Fé com a Ram 1500 foi de muitas descobertas: sobre o próprio caminho, sobre os peregrinos, sobre o carro, sobre desejar e decidir, concluir um objetivo, sobre felicidade e realização.
Chegamos em Aparecida ao final do dia de domingo, ainda com lusco-fusco e a tempo de visitar a Basílica. Mas, ainda antes de entrar, ver a felicidade estampada na cara de muitos dos peregrinos que estavam por ali, concluindo sua jornada, foi contagiante, foi especial. Tão especial como a oportunidade de ter guiado a Ram 1500 numa segunda oportunidade, de ter conhecido essa versão Rebel que está disponível no Brasil, de ter desafiado a “bruta” em algumas situações Off-Road e, claro, de ter compartilhado o Caminho da Fé com outras pessoas, cada qual com seu objetivo, cada com qual com sua alegria de ter chegado ao final.
Apesar dos dois dias longos, ainda havia o retorno de Aparecida até a Capital. Uns quase 200 km nos separavam de casa. E, mais uma vez, a Ram 1500 mostrou a que veio: conforto, desempenho e segurança para terminar essa jornada tão longa – e prazerosa.
O comportamento da Ram 1500 em todo o percurso — on e off-road — foi exemplar e dentro do que se espera de uma picape, mas surpreendente pelo seu porte — que acaba passando despercebido (com exceção das manobras… ) ao longo do uso. Até o consumo “global” de 5,5 km/l da jornada de 1.018 km me pareceu adequado (confesso que esperava um consumo maior), quando lembramos haver ali um motor V-8 de 400 cv e toda a diversão que ele proporciona. Como um paralelo, acho que se fizesse o mesmo tipo de trajeto com o Jeep Wrangler Unlimited (motor gasolina aspirado, V-6, 3,6-L e 285 cv) teria um número entre 6,5 km/l e 7 km/l (lembrando e reforçando: apenas um achismo baseado em experiências anteriores).
Terminar uma avaliação com uma imensa vontade de não devolver o carro não acontece a toda hora. Aconteceu — e de novo, tal qual foi “duro” devolver a “outra” Ram que usei por alguns dias em solo americano em fevereiro de 2020. Dois dias depois devolvi a companheira dessa jornada com uma má vontade que daria até vergonha de explicitar, mas que deixa claro como essa picape “brutal” pode ser encantadora e divertida.
Abraços 4×4
LFC
FICHA TÉCNICA RAM REBEL CD 5.7L V-8 HEMI GASOLINA AUT 8-MARCHAS 4X4 2021 | |
MOTOR | |
Descrição | V-8, dianteiro longitudinal bloco e cabeçotes de ferro fundido, comando de válvulas no bloco, válvulas no cabeçote acionadas por vareta e balancim, tucho hidráulico, injeção direta, gasolina |
Cilindrada (cm³) | 5.654 |
Diâmetro x curso (mm) | 99,5 x 90,9 |
Potência máxima (cv/rpm) | 400 / 5.600 |
Torque máximo (m·kgf/rpm) | 56,7 / 3.950 |
Taxa de compressão (:1) | 10,5 |
Comprimento de biela (mm) | 158,75 |
Relação r/l | 0,286 |
TRANSMISSÃO | |
Descrição | Câmbio automático epicíclico TorqueFlite 8HP75 de 8 marchas mais reduzida, tração traseira permanente e nas 4 rodas temporária, diferencial traseiro com bloqueio mecânico de comando elétrico |
Relações das marchas (:1) | 1ª 4,710; 2ª 3,140; 3ª 2,100; 4ª 1,670; 5ª 1,290; 6ª 1,000 (direta); 7ª 0,840; 8ª 0,670; ré 3,300 |
Espectro (:1) | 7,030 |
Relação dos diferenciais (:1) | 3,920 |
Relação da reduzida (:1) | 2,640 |
Caixa de transferência | BW 48-12 Part-time 4×2, 4×4 High e 4×4 low, comando elétrico |
SUSPENSÃO | |
Dianteira | Independente por triângulos superpostos, mola helicoidal com constante progressiva, amortecedor pressurizado Bilstein e barra antirrolagem |
Traseira | Eixo rígido, quatro braços longitudinais, barra transversal Panhard, mola helicoidal com consante progressiva, amortecedor pressurizado Bilstein e barra antirrolagem |
DIREÇÃO | |
Tipo | Pinhão e cremalheira, eletroassistida indexada à velocidade |
Relação de direção (:1) | n.d. |
Diâmetro mín de curva (m) | 14,1 |
FREIOS | |
Operação | Hidráulica, duplo circuito dianteiro-traseiro |
Dianteiros (Ø mm) | Disco ventilado/378, pinça deslizante |
Traseiros (Ø mm) | Disca/375, pinça deslizante |
De estacionamento | Eletromecânico, atuação nas rodas traseiras |
RODAS E PNEUS | |
Rodas | Liga de alumínio, 8J x 18 |
Pneus | 275/65R18 Todo-terreno (Falken Wildpeak A/T) |
Estepe | Igual às demais rodas |
CONSTRUÇÃO | Separada, carroceria e caçamba de aço sobre chassi, capô e tampa da caçamba de alumínio, picape cabine-dupla, 4 portas, 5 lugares |
AERODINÂMICA | |
Coeficiente aerodinâmico (Cx) | n.d. |
Área frontal (calculada, m²) | 3,35 |
Área frontal corrigida | n.d. |
DIMENSÕES (mm) | |
Comprimento | 5.929 |
Largura sem espelhos | 2.084 |
largura sem espelhos | |
Altura | 2.012 |
Distância entre eixos | 3.672 |
Bitola dianteira/traseira | 1.741 / 1.729 |
Distância mínima do solo | 249 |
CAÇAMBA | |
Comprimento | 1.711 |
Largura | 1.195 |
Altura das bordas | 543 |
Volume (L) | 1.200 |
Compartimentos laterais (L) | 103,4 |
PESOS E CAPACIDADES | |
Peso em ordem de marcha (kg) | 2.610 |
Carga útil (kg) | 610 |
Peso rebocável com freio (kg) | 5.062 |
Tanque de combustível (L) | 98 |
DESEMPENHO | |
Aceleração 0-100 km/h (s) | 6,4 |
Velocidade máxima (km/h) | 174 (limitada pelo ECU) |
CONSUMO DE COMBUSTÍVEL (INMETRO PBEV) | |
Cidade (km/l) | 5,3 |
Estrada (km/l) | 6,6 |
CÁLCULOS DE CÂMBIO | |
V/1000 em 8ª (km/h) | 56,7 |
Rotação a 120 km/h e, 8ª (rpm) | 2.116 |
Rotação à vel. máx em 6ª (rpm) | 4.580 |
Abertura remota da tampa traseira |
Alarme de segurança |
Alças de auxílio para acesso ao veículo |
Alerta do cinto de segurança do motorista e passageiro dianteiro desatado |
Alternador de 220 ampères |
Amortecedores Off-Road da marca Bilstein |
Antena do tipo tubarão |
Apoios de cabeça da 1ª fileira de bancos ajustáveis em 4 direções |
Ar-condicionado automático de duas zonas |
Assistente de partida em rampa |
Assistente de permanência na faixa de rolamento |
Banco traseiro bipartido 60:40 com porta-objetos sob os assentos |
Bancos dianteiros e traseiros com aquecimento |
Bancos do motorista e passageiro com ajustes elétricos (8 direções e 4 direções para lombar) |
Barras antirrolagem dianteira e traseira |
Bateria de 730 ampères |
Bloqueio mecânico do diferencial do eixo traseiro (E-Locker) |
Bolsas infláveis dianteiras de múltiplo estágio, laterais dianteiros e de cortina frontal e traseiro |
Caçamba com revestimento especial e iluminação em LED |
Câmbio automático de 8 marchas com reduzida |
Câmera 360° |
Capô esportivo |
Capota marítima |
Carregamento de bateria de telefone celular por indução Ram Charger |
Central de informações do veículo (computador de bordo) |
Chave presencial (Keyless Entry) |
Cintos de segurança dianteiros com ajuste de altura |
Comando de áudio no volante |
Comando de voz integrado com Bluetooth |
Compartimentos Rambox® nas laterais da caçamba |
Comutação automática dos faróis altos/baixos |
Conjunto doa pedais com ajuste elétrico |
Console central modular com 4 saídas USB dianteiras (2 de carregamento rápido – do tipo C), entrada de áudio auxiliar, descansa-braço com porta-objetos e saída USB, porta-copos dianteiro ajustável e traseiro fixo, saídas de ar traseiras e 4 saídas USB traseiras (2 de carregamento rápido – do tipo C) |
Controle de cruzeiro adaptativo comparada & arrancada |
Controle de descida |
Controle de estabilidade e tração |
Controle eletrônico de mitigação da rolagem da carroceria |
Controle eletrônico de seleção da tração |
Detector de ponto cego e de tráfego transversal traseiro |
Difusor de ar dianteiro fixo |
Direção eletroassistida |
Duas memórias de posição do banco do motorista e espelhos retrovisores externos |
Emblema “1500 HEMI 5.7L” escurecido no capô |
Emblema “RAM” escurecido nas portas dianteiras |
Emblemas “RAM”, “REBEL” e “4X4” na tampa da caçamba |
Engates Isofix com ponto de fixação superior paga dois bancos infantis |
Espelho retrovisor interno eletrocrômico |
Espelhos retrovisores externos pretos com aquecimento, repetidoras de setas, luzes de cortesia, rebatimento elétrico e ajuste elétrico |
Estepe de dimensões normais |
Faróis de LED com máscara negra |
Faróis de neblina em LED com função luz de curva |
Freio de estacionamento eletromecânico |
Freios a disco nas 4 rodas com ABS e distribuição eletrônica das forças de frenagem |
Frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestre |
Ganchos de amarração de carga na caçamba |
Ganchos dianteiros para reboque |
Grade ativa do radiador |
Iluminação ambiente de LED |
Insertos convexos nos espelhos retrovisores externos |
Inversor de 400 W |
Limitador eletrônico de marchas |
Limpadores do para-brisa com intermitência |
Luz de alerta de abertura da tampa traseira |
Maçanetas externas na cor do veículo |
Moldura dos arcos dos para-lamas pretas |
Monitoramento da pressão dos pneus com exibição das pressões |
Navegação embarcada |
Painéis de porta parcialmente revestidos de couro |
Painel de Instrumentos com Tela Colorida TFT de 7″ |
Para-choque dianteiro com proteção funcional |
Para-choque traseiro preto |
Para-sóis om espelho e iluminação |
Partida assistida, por botão e remota |
Pneus 275/65 R18 On/Off Road da marca Falken |
Porta-copos em espuma nos painéis de porta |
Porta-luvas duplo, iluminado e inferior com chave |
Porta-objetos sob o assento do banco traseiro |
Porta-revistas no dorso dos encostos dos bancos dianteiros |
Protetor da caixa de transferência |
Protetor da suspensão dianteira |
Protetor do sistema de direção |
Protetor do tanque de combustível |
Revestimento interno das caixas de roda dianteiras e traseiras |
Rodas de liga de alumínio de 8×18 pintadas em preto e partes externas em cinza |
Saída de escapamento dupla, uma de cada lado, com ponteira preta |
Saídas de ar frontal e traseira |
Seletor de marchas rotativo |
Sensor crepuscular e de chuva |
Sistema de áudio Alpine de 9 alto-falantes com subwoofer |
Sistema de cancelamento de ruídos |
Sistema de estacionamento semiautônomo paralelo e perpendicular ao meio-fio |
Sistema de multimídia Uconnect de 12″ com tela tátil, Android Auto e Apple CarPlay |
Sobretapetes de borracha dianteiro e traseiro |
Suspensão com altura elevada |
Tampa traseira com fechadura elétrica e sistema de amortecimento |
Teto solar panorâmico |
Tomada de 12 V na parte superior do painel de instrumentos |
Tomadas de 115 V no interior do console central, para os bancos traseiros e nos compartimentos Ram Box |
Tomadas elétricas para reboque de 4 e 7 polos |
Vidros dianteiros elétricos com função 1-toque subida e descida |
Volante de direção com regulagem de altura e distância |
Volante revestido em couro e com aquecimento |
LEVEL II |
Todos os itens da Level I, mais sistema de áudio premium Harman Kardon com 19 alto-falantes com subwoofer, projetor de informações no para-brisa, espelho retrovisor interno digita com visão traseira mesmo com o veículo em condução normal, terceira luz de freio de LED, tampa traseira multifuncional com logotipo ‘cabeça de bode’, RAM da grade dianteira escurecido, proteção funcional do para-choque dianteiro pintado em preto, e rodas de liga de alumínio de 18” pintadas de preto. Preço: R$ 20.000 |
CORES: branco Bright, vermelho Flame (sólidas), prata Billet, cinza Maximum Steel (metálicas), preto Diamon (perolizada) |
REVESTIMENTOS INTERNOS: preto e preto/vermelho |