A disputa entre Max Verstappen e Charles Leclerc ganhou novo rumo após o GP da Espanha, quando a vitória do holandês o colocou à frente do monegasco na tabela do Campeonato Mundial de Pilotos. O segundo lugar de Sérgio Pérez aumentou ainda mais a vantagem da equipe Red Bull sobre a Ferrari no t´tulo de Construtores. Se tal situação era esperada em uma temporada que coloca essas duas equipes como as grandes forças, a consistência de George Russell em um pouco competitivo Mercedes, a recuperação demonstrada pelos carros da Alpine e uma declaração de Fernando Alonso sobre seu futuro são os tópicos da semana que antecede o clássico GP de Monaco, marcado para domingo, nas estreitas ruas de Monte Carlo.
Em entrevista ao canal Sky News, repercutida pelo diário espanhol Marca, o asturiano admitiu que pode mudar de equipe ao final da temporada. Há motivos para embasar essa possibilidade: o protagonismo que o australiano Oscar Piastri ganha a cada etapa dentro da equipe, o fato de o contrato de Alonso terminar no final do ano e seu salário ser um dos itens mais caros do orçamento do time francês. Próximo de completar 41 anos (nasceu aos 29 de julho de 1981) ele já se movimenta e admite lutar pelo terceiro título mundial: “Creio que ainda posso voltar a vencer, por isso sigo correndo. Sempre existe a esperança de que um ano terei o pacote completo para lutar por um campeonato. Ainda me sinto competitivo e rápido.”
Alonso admitiu ainda que na fase atual da F-1 as equipes têm a necessidade de ter dois pilotos rápidos, pois com as novas regras “você aprende muito a cada volta”, uma clara referência à sua larga experiência e não tão velada à possibilidade de ser substituído por Piastri. Até recentemente eu ponderava que Alonso poderia se afastar da pilotagem e assumir um cargo de diretor esportivo na Alpine. Esta situação parece diluir com o tempo.
A inconsistência de resultados em comparação ao seu colega de equipe é um ponto crítico neste quadro: nas seis provas disputadas Ocón pontuou em cinco e soma 30 pontos, enquanto Alonso tem dois nonos lugares, no Bahrein e na Espanha.
Em outro box do paddock o inglês George Russel se mantém com o único piloto a ter pontuado em todas as etapas desta temporada. Com 74 pontos acumulados ele tem 28 a mais que Lewis Hamilton e demostra que o investimento de Toto Wolff em sua carreira já paga dividendos.
Tal exercício se renova com o programa desenvolvido para o holandês Nick de Vries, que em Barcelona substituiu Alex Albon na primeira sessão de treinos e mostrou desempenho ligeiramente melhor que Nicolas Latifi, piloto muito mais familiarizado com o carro. O estoniano Juri Vips também treinou: ao volante o carro de Sérgio Pérez, ele foi o mais lento dos 20 pilotos que participaram do treino.
O resultado completo do GP da Espanha você encontra aqui.
WG