O Campeonato Mundial de Fórmula 1 (foto de abertura) volta a visitar os Estados Unidos neste final de semana, desta vez no Circuit of The Americas (Cota, em Austin, Texas), cinco meses e uma semana após o GP de Miami, disputado em 8 de maio e vencido por Max Verstappen, já declarado campeão deste ano. O calendário de 2023 contempla uma terceira prova nesse país, o GP de Las Vegas no dia 18 de novembro, antepenúltima corrida de uma lista que soma 23 corridas, número recorde na história do esporte. Mesmo assim, há quem defenda que há espaço para mais uma parada nos EUA, caso de Gunther Steiner, diretor esportivo da única equipe americana da F-1 e que nesta semana explicou seu ponto de vista:
“Nós temos que pensar que os Estados Unidos são um país enorme e ter três etapas do Mundial de F-1 não é suficiente.”
Segundo ele, cada um dos três circuitos incluídos no calendário de 2023 tem personalidade:
“Cota é para os entusiastas, Miami é um grande festival e Las Vegas com certeza será algo grandioso e o mercado local é maior do que isso”.
O crescimento da F-1 nos Estados Unidos está diretamente ligado com ações promocionais em diversos setores da mídia, em particular com a série “Drive to Survive”, do Netflix(” Dirigir para viver” no Brasil) onde Steiner ganhou protagonismo cortesia de algumas declarações bem humoradas e outras nem tanto. Cabe também lembrar que os interesses profissionais desse italiano nascido em Merano (Tirol do Sul) que também tem cidadania estadunidense. Nesta semana ele conseguiu gerar mais notícias que muitos dos seus pares: além de incentivar o debate sobre a quarta corrida ele reacendeu a possibilidade de contratar Daniel Ricciardo, que encerra seu contrato com a McLaren ao final desta temporada, um ano antes do previsto.
O piloto australiano chegou a ser cotado como potencial campeão mundial nos seus tempos na equipe Red Bull, onde, assim como vários outros, não conseguiu se impor a Max Verstappen, piloto preferido de Helmut Marko, a eminência parda mais clara da F-1. Ricciardo já deixou claro que gostaria de continuar na F-1 em uma equipe com condições de competir “e não apenas para marcar presença”. A Haas atualmente é a oitava classificada no Campeonato de Construtores, empatada com a Alpha Tauri, ambas com 34 pontos, posição que a caracteriza como uma equipe competitiva.
Este ano Steiner chamou o dinamarquês Kevin Magnussen que substituiu o defenestrado russo Nikita Mazepin e fez dupla com o alemão Mick Schumacher. O filho do heptacampeão mundial, porém, se envolveu em vários acidentes e não correspondeu às esperanças nele depositadas: no meio do ano já começaram os rumores de que seu contrato com a Haas não seria renovado, tese que está próxima de ser consumada.
“Se o Ricciardo está interessado em vir para a nossa equipe, então que ele não tenha vergonha em me ligar, eu não vou sair à sua procura. Eu o considero um bom piloto e não sei qual é sua situação atual, mas creio que ele deve decidir por si mesmo o que que deseja e o que vai fazer da sua carreira.”
WG