Em meio a alguns pilotos com macacões sem qualquer marca ou logotipo, o brasileiro Felipe Drugovich destacou-se na manhã de hoje (horário de Abu Dhabi), durante a primeira parte dos testes de pneus e novos pilotos no circuito de Yas Marina. Foi nessa pista que Max Verstappen venceu, domingo, a prova final da temporada de 2022, confirmando seu segundo título mundial, glória conquistada por antecipação. Foi a 15ª vitória do holandês na temporada. O monegasco Charles Leclerc garantiu o vice-campeonato ao terminar a prova em segundo, à frente do mexicano Sérgio Perez; os dois chegaram a Abu Dhabi empatados em pontos.
Felipe Drugovich foi um dos dez pilotos novos que participaram do teste que teve duas vertentes: enquanto nomes como Fernando Alonso e Charles Leclerc testaram pneus ou se adaptaram às suas novas equipes, caso de Alonso, o brasileiro deu continuidade ao seu programa de desenvolvimento como piloto-reserva da equipe Aston Martin. Na sexta-feira ele disputou a primeira sessão de treinos livres para o GP de Abu Dhabi e durante a temporada de 2023 vai testar um modelo de 2022 em vários circuitos europeus incluídos no calendário do Campeonato Mundial. Drugovich completou 57 voltas durante a manhã e registrou 1’27”053 em sua melhor passagem.
Entre os novatos, apenas o russo Robert Shwartzmann foi mais rápido: a bordo de um Ferrari ele cravou 1’26”067. Pietro Fittipaldi, escalado pela Haas para participar do teste, deu 49 voltas e marcou 1’27”690. Nesse grupo o piloto que mais rodou foi o holandês Nick De Vries, que na volta mais rápida das 69 que completou levou , como Shwartmann, 1’26”067 para percorrer o circuito de 5.281 metros. Alvo de uma conturbada mudança da Alpine para a McLaren, o australiano Oscar Piastri deu 50 voltas e creditou 1’27”892 em uma melhor passagem. O também australiano Jack Doohan é o nome que ocupou a vaga abdicada pro Piastri. Ao volante do carro francês ele igualou a quilometragem de Drugovich e chegou a 1’27”569.
Nem só pilotos com um ou dois GPs disputados, casos de Fittipaldi e De Vries, respectivamente, ou outros recém promovidos à categoria celebraram a participação nesse treino. O alemão Nick Hulkenberg acelerou o Haas VF22 até então usado por seu compatriota Mick Schumacher.
O uso de macacões sem quaisquer referências a patrocinadores ou equipes foi o recurso utilizado para algumas equipes liberarem seus pilotos dos contratos atuais. Esse foi o caso de Fernando Alonso, que trocou a Alpine pela Aston Martin) e Pierre Gasly (que deixou a Alpha Tauri para substituir Alonso) e Oscar Piastri (Alpine pela McLaren). Sem dúvida uma forma de compensar a interrupção prematura de contratos ainda vigentes.
China fora do calendário de 2023
O Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2023 inclui 24 etapas, mas o novo recorde de etapas em uma única temporada não deverá ser estabelecido: rumores ada vez mais fortes dão conta que a prova marcada para o dia 16 de abril, em Xangai, não deverá se concretizar. As restrições sanitárias aplicadas na China com relação à Covid-19 ameaçam a realização do evento. Oficialmente nem a FIA e tampouco a Fórmula 1 se pronunciaram a respeito, o que leva a crer que há negociações em curso para encontrar um circuito alternativo para preencher a provável vaga.
O resultado completo do GP de Abu Dhabi você encontra aqui.
WG