Dando continuidade ao tema da coluna, vamos a ele:
Articulações pantográficas
Os carros americanos utilizam articulação pantográfica no capô há décadas, inclusive com mola helicoidal de sustentação aberto nela própria que até auxilia a levantá-la. Já para a tampa do porta-malas dos sedãs seu uso não é tão frequente. especialmente no caso de tampas de abertura motorizada., em que fica mais fácil o arranjo com dobradiças. Estas, inclusive, precisam ser curvas para permitir que a tampa abra bastante e são chamadas — ou apelidadas — de “pescoço de ganso”. Curiosamente, o alemão oriental Trabant tem articulação pantográfica na tampa do porta-malas.
Uma aplicação comum do pantógrafo é nos limpadores de para-brisa. Vemo-las em ônibus e em carros de competição fechados por permitirem movimento de translação da palheta em vez da varredura em arco como no Fiat Uno de primeira geração. O primeiro carro brasileiro a usar o recurso do pantógrafo no limpador de para-brisa foi o VW SP1/SP2, mas apenas no lado do motorista, o do outro lado era de movimento direto, em arco
Limpador único com pantógrafo vimos mais recentemente no Toyota Etios e há poucos dias, no elétrico BYD Dolphin Mini (foto de abertura).
Ponto de “estacionamento” do limpador de para-brisa
Como seria incômodo fazer o limpador de para-brisa ou do vidro traseiro para no lugar certo à mão, agindo na alavanca de comando até dar certo! Felizmente basta desligar para ele ir direitinho para a sua “vaga”. Essa simples solução permitiu que a ponto de repouso do limpador de para-brisa fosse localizado de maneira a não ficar visível pelo motorista, característica que muitos, como eu, apreciam. É desagradável dirigir vendo o limpador, no caso de maneira exagerada como no Palio.
Lembro que no Peugeot 408 os limpadores ficam não visíveis quando em repouso e nessa condição o capô mão podia se aberto, o limpador impedia. Seria necessário o limpador ficar parado na vertical para se poder abrir o capô. A fábrica certamente sabia do incômodo de precisar ligar o limpador e usar o interruptor de ignição/ partida para fazer pará-lo na vertical, por isso criou uma função de ligar o limpador com motor desligado que fazia o limpador passar do repouso para a posição vertical.
Sensor de chuva
Outra grande ideia, o sensor de chuva. Ele permitiu não só o acionamento automático aos primeiros pingos, como possibilitou adjuntar outros modos de funcionamento do limpador. Por exemplo, passar da velocidade de varredura rápida para lenta quando o carro para ou então passar de velocidade lenta a intermitente ao o carro parar. É muito prático.
Capô abrir direto sem precisar procurar a trava de segurança
Recentemente surgiu o mecanismo que dispensa puxar a alavanca de comando dentro do carro e precisar ir à dianteira do veículo e liberar a trava de segurança, às vezes difícil e incômodo num dia quente, com o entorno da trava quente demais. Com esse novo mecanismo basta puxar a alavanca duas vezes seguidas, sem precisar procurar a trava de segurança diante do carro. Exemplos, BMW e BYD Seal.
Porta-óculos
Essa é uma das minhas ‘boas ideias’ preferidas. Nada mais prático há do que um lugar específico e seguro para guardar os óculos de sol quando a noite cai. É desagradável ter que colocá-los em qualquer lugar no carro, pois além de serem objetos delicados podem cair no assoalho, lugar perfeito para as coisas sumirem ou serem eventualmente pisadas por passageiros. É por isso que quando vou sair com um carro sem porta-óculos coloco na cintura, preso pelo cinto, o estojo da Ray-Ban.
BS
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