Em meio à um novo capítulo no caminho de Gabriel Bortoleto rumo à Fórmula 1, a categoria segue vivendo novos ares após década e meia de domínio de Mercedes e Red Bull. O resultado GP da Itália consagrou Charles Leclerc no lugar mais alto do pódio e provocou uma colorida invasão de pista (foto de abertura). No pódio ele foi ladeado pelos dois pilotos da McLaren, Oscar Piastri e Lando Norris, este último terceiro colocado após alinhar na pole position. O resultado da prova levantou questões sobre a melhora da Ferrari, a decisão da McLaren em não favorecer Norris e o rendimento menos brilhante de Max Verstappen. Para os brasileiros, a vitória maiúscula de Babriel Bortoleto e o fato de ele ter sido visto ao lado de Mattia Binotto no grid de largada foram interpretados como sinais de que seu acordo com a Audi não deve demorar a ser consolidado, se é que isso já não foi feito.
O desembarque de Bortoleto na F-1 ganhou destaque depois que o argentino Franco Colapinto passou a ocupar, até o final da temporada, o carro até então pilotado pelo estadunidense Logan Sargeant e que o italiano Kimi Antonelli foi oficializado como sucessor de Lewis Hamilton na Mercedes. Os três e mais o inglês Oliver Bearman, já anunciado pela equipe Haas, já têm lugar garantido no grid de 2025. Se Colapinto deve ser confirmado como piloto-reserva da Williams em 2025, Bortoleto já ocupa esse cargo na McLaren e para 2025 é considerado certo na segunda vaga da equipe Sauber, que a partir de 2026 será identificada como Audi. O finlandês Valtteri Bottas, que ainda não renovou contrato, parece inclinado a deixar a F-1 e dedicar-se aos ralis, modalidade muito apreciada em seu país.
A supremacia que Max Verstappen e a equipe Red Bull exibem há anos vive um momento importante: o tricampeão reinante Max Verstappen vê Lando Norris aproximar-se na classificação de pilotos e a Red Bull tem agora meros oito pontos de vantagem sobre a McLaren na tabela de pontos dos construtores. Detalhes que podem cortar as asas da equipe do energético: nas últimas duas corridas o holandês marcou 26 pontos e o britânico, 42. A McLaren somou 72 pontos, o dobro da Red Bull (36). Para piorar ainda mais o ambiente, Andrea Stella admite que o time laranja poderá alterar sua estratégia e passar a trabalhar em torno de Lando Norris, algo até então rejeitado pela escuderia. Faltando oito corridas para terminar a temporada, o piloto de Bristol está 62 pontos atrás do holandês e não faz segredo de sua opinião a respeito: “Não estou na F-1 para pedir que me deixem passar. O Piastri foi melhor e mereceu o segundo lugar em Monza. Eu adoraria que a equipe desse ordens, mas não sou eu quem decide isso. Quando você está lutando pelo campeonato você quer toda a ajuda, mas a melhor maneira de chegar lá é simplesmente vencer corridas.”
A vitória de Charles Leclerc em Monza motivou muitos a enxergar a Ferrari voltando a ser competitiva. As duas próximas etapas da temporada, no Azerbaijão e em Singagura, são em circuitos peculiares. O primeiro mescla longas retas e curvas de baixa velocidade e o segundo é marcado por curvas de 90 graus, tudo bem diferente de Monza, uma das pistas mais velozes do calendário. Se os carros da Scuderia andarem bem nessas duas ocasiões, aí sim, a Ferrari estará de volta como equipe de ponta, status hoje reservado à McLaren.
Em paralelo a decisões sobre 2024 e 2025, a Aston Martin anunciou hoje um acordo que reúne à sua equipe Aramco, Honda e Valvoline. Juntas a petroleira árabe, a fábrica de motores japonesa e a empresa de lubrificantes americana vão implementar o desenvolvimento do carro da equipe baseada em Silverstone e destinado à temporada de 2026. Tudo indica que esse carro será projetado por Adrian Newey, cuja contratação pelo time liderado por Lawrence Stroll só não foi anunciada ainda por causa de um acordo entre o engenheiro inglês e sua equipe atual, a Red Bull.
O resultado completo do GP da Itália você encontra aqui.
WG
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