O ronco dos motores, o cheiro de borracha queimada e a adrenalina de acelerar nas curvas do Autódromo Velocittà, em Mogi Guaçu, SP, marcaram a edição do Festival BMW Group. O evento reuniu entusiastas e apaixonados por performance, tecnologia e inovação para conhecer de perto o futuro da mobilidade, com direito a muitas voltas na pista. Antecedendo o evento com convidados e potenciais compradores, a BMW reservou um dia para que os jornalistas pudessem dirigir com grande liberdade os carros do festival.
Em destaque estava o BMW M4 CS com seu motor de 6 cilindros em linha, 3-L, biturbo com 550 cv de potência máxima. Mas este veículo, que terá importação limitada a 35 unidades, estava apenas exposto e chamou muito a atenção. Quiçá a BMW nos empreste por um dia…
Para dirigir estavam disponíveis os elétricos Mini Cooper E e SE, o Mini Countryman John Cooper Works, o Mini Cooper S e os badalados esportivos da BMW: M3 Competition e M2. E neste mesmo evento, a BMW apresentou seu lançamento para o mercado brasileiro, o X2 M35i, que compartilha plataforma com o Countryman JCW.
Sob o céu azul do interior paulista, o Velocittà se transformou em um verdadeiro playground para quem ama dirigir em alta velocidade. Com uma pista técnica, curvas desafiadoras e retas generosas, o circuito permitiu explorar ao máximo a dinâmica dos modelos, cada um com sua própria carronalidade e proposta.
Mini Cooper E e SE: o silên
cio que impulsiona
A Mini, marca do grupo BMW, mostrou a renovação completa do seu portifólio, e os novos Mini Cooper E e SE simbolizam a transição da marca para um futuro mais sustentável sem perder a essência fun to drive da marca. Logo de cara, o design cativante do modelo já chama atenção. Pequeno, ágil e com detalhes que evidenciam sua vocação elétrica, ele mantém o carisma que tornou o Mini um ícone global.
Mas a experiência vai além da aparência. Ao pressionar o pedal do acelerador, o hot hatch responde de forma instantânea, com o torque característico dos elétricos. A ausência de ruído mecânico é quase surreal, mas não menos emocionante. No Velocittà, ele se mostrou incrivelmente ágil nas curvas, com uma estabilidade surpreendente, graças ao centro de gravidade baixo proporcionado pelas baterias no assoalho. Para quem acha que elétrico não pode ser divertido, os novos Cooper E e SE são a prova do contrário.
Mini Countryman JCW: o suve que pensa ser esportivo
Na outra ponta da linha Mini, o Countryman John Cooper Works trouxe para a pista a proposta de unir versatilidade com esportividade. Apesar do porte maior, o modelo se comporta como um hatch vitaminado. Sob o capô, o motor 2,0 turbocarregado entrega impressionantes 317 cv, acoplado a um sistema de tração integral que garante aderência impecável em qualquer situação.
No circuito, ele devorou as curvas com maestria, sem demonstrar o peso extra. A suspensão firme, o câmbio automático de oito marchas preciso e os freios potentes formam um conjunto que faz jus à sigla JCW. Mesmo em uma pista técnica como o Velocittà, o Countryman mostrou que não é apenas um utilitário para a cidade — ele também sabe se divertir, e muito, nas pistas.
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Mini Cooper S: o clássico renovado
É impossível falar de Mini sem mencionar o icônico Cooper S. No festival, ele foi o elo entre o passado e o presente, trazendo um equilíbrio perfeito entre tradição e modernidade. Com motor 2,0 turbo de 204 cv, o hatch mantém o espírito fun to drive que sempre definiu a experiência ao volante de um Mini.
Ágil, leve e preciso, o Cooper S foi um dos mais divertidos de dirigir no Velocittà. Sua direção direta e o câmbio rápido permitem explorar cada centímetro da pista com um sorriso no rosto. É um carro que fala a língua do entusiasta, seja ele um purista ou alguém em busca de um hatch premium com pegada esportiva.
BMW M3 Competition e M2: potência e precisão
Ao lado dos Minis, os esportivos da BMW foram os responsáveis por fazer os corações acelerarem. O M3 Competition, com seus 510 cv extraídos do motor 3.0 biturbo de seis cilindros, é uma máquina que impõe respeito. No Velocittà, ele mostrou porque é referência no segmento: tração traseira, suspensão ajustada com precisão cirúrgica e uma entrega de potência linear que parece não ter fim.
Já o BMW M2 provou ser um verdadeiro purista. Menor e mais compacto que o M3, ele é uma carta de amor aos entusiastas de carros de alta performance. O motor 3.0 turbo de 460 cv oferece uma dirigibilidade divertida e visceral, com a traseira sempre pronta a brincar nas saídas de curva, e acabou saindo mesmo – veja no vídeo abaixo. Um verdadeiro brinquedo para adultos, o M2 parece ter nascido para ser pilotado em autódromos.
X2 M35i: o lançamento do mês
A grande novidade do evento foi o lançamento do BMW X2 M35i, um suve cupê que combina estilo arrojado com desempenho esportivo. Compartilhando a plataforma com o Mini Countryman JCW, ele chega para oferecer uma alternativa sofisticada e com pegada mais espotiva dentro da gama BMW.
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Equipado com o mesmo motor 2,0 turbo de 317 cv, o X2 M35i não decepcionou na pista. Surpreendentemente ágil para um SUV, ele enfrentou as curvas com firmeza e mostrou-se perfeitamente adaptado tanto para o uso urbano quanto para escapadas esportivas em estradas sinuosas. Seu design robusto e interior tecnológico completam o pacote de um modelo que promete fazer barulho no mercado brasileiro.
Conclusão: o futuro está aqui
O Festival do Grupo BMW no Velocittà foi uma celebração ao prazer de dirigir, independentemente da motorização. Do silêncio eletrizante do Mini Cooper E à força bruta do M3 Competition, cada modelo proporcionou uma experiência única, mas com algo em comum: a paixão pela performance e a inovação.
Enquanto a eletrificação avança, eventos como esse mostram que o prazer ao volante continua vivo — e com muito mais emoção pela frente. Se o futuro da mobilidade for assim, os entusiastas podem ficar tranquilos: ainda teremos muito asfalto para queimar.
GB
Assista o vídeo da nossa participação no BMW Group Festival no autódromo Velocittá, com direito a uma perda de controle do M2 na saída da curva 2 pois não sabia que o controle de tração e estabilidade havia sido desligado pelo piloto anterior.