A BYD fez um movimento ousado no mercado e anunciou a chegada da era da condução inteligente, ao lançar 21 modelos com esse sistema após uma transição de eletrificação bem-sucedida.
A marca chinesa fez questão de frisar que não somente modelos topo de linha receberão o assistente de condução inteligente, mas também os veículos de entrada como o Seagull (Dolphin Mini no Brasil) terão uma versão de nível básico de funções autônomas, que são divididas em três categorias para as várias faixas de preço dos produtos oferecidos por três das quatro marcas da BYD, a saber, BYD, Denza e Yangwang.

Sob o nome de “God’s Eye“ (Olho de Deus”), os sistemas podem ser divididos em Olho de Deus A, também conhecido como DiPilot 600, Olho de Deus B, conhecido como DiPilot 300, e Olho de Deus C, ou DiPilot 100.
O DiPilot 600 será incorporado pela marca de luxo Yangwang e apresenta até três unidades lidar em seu pacote de hardware. O DiPilot 300 terá um radar lidar e será usado em modelos Denza e BYDs, como os modelos Z9 e Han, por exemplo. O DiPilot 100 irá cobrir os demais modelos da linha e não terá lidares mas sim, fará uso da solução baseada em câmera.
Tanto o DiPilot 600 quanto o 300 são capazes de dirigir de forma autônoma em rodovias e áreas urbanas, dentro das regras da China que exigem que uma mão esteja no volante o tempo todo, mas o DiPilot 100 só vem com funções autônomas em rodovias como padrão, além de uma função de rota memorizada, por meio da qual uma rota usada com frequência, como um trajeto diário, pode ser concluída de forma autônoma.

O presidente executivo e também do conselho da BYD, Wang Chuanfu, é creditado por dizer que “a segurança é o maior luxo” e é uma mensagem que ele reiterou no principal evento de lançamento do sistema avançado de assistência ao motorista (Adas), afirmando que recursos de condução inteligente de alto nível se tornariam tão essenciais quanto cintos de segurança e bolsas infláveis nos próximos anos.
O mercado parece corroborar seu ponto de vista, dizendo que 2024 será um ano de destaque para os sistemas de condução autônoma em nível urbano na China, com os pioneiros Li Auto, XPeng, NIO e Huawei, acompanhados por outros rivais como Zeekr, Wey e marcas ainda mais acessíveis como Leapmotor.
A iniciativa da BYD visa democratizar esse movimento para que até mesmo clientes que compram modelos de entrada possam contar com um bom nível de sistema de condução inteligente, como o modelo mais barato da marca, o Seagull, custando apenas 69.800 yuans (9.550 dólares ou R$ 55 mil na conversão direta), lá na China
Com o lançamento em toda a linha, 21 modelos foram equipados com recursos de condução inteligente que não tinham antes, sendo 11 na série Ocean e dez na série Dynasty.

Ainda mais surpreendente é que os preços não mudarão para nenhum dos modelos recém-equipados, o que significa que a BYD não cobrará nenhuma taxa inicial, um aumento no preço de tabela ou mesmo de uma assinatura.
A BYD dedicou mais de 5.000 engenheiros e sete anos de pesquisa à sua tecnologia de condução autônoma, com mais de 4,4 milhões de seus produtos já equipados com, no mínimo, sistemas de nível 2.
Tanto os carros híbridos plug-in do arcabouço DM-i quanto os modelos do arcabouço elétrico a bateria (BEV), foram atualizados para a Arquitetura Xuanji, lançada pela empresa em 16 de janeiro do ano passado, que oferece suporte ao sistema God’s Eye.
A marca fora de estrada Fangchengbao não foi incluída nas mudanças, pois ela irá adotar o sistema Qiankun da Huawei, com o Bao 8 já equipado. O Bao 5 receberá a atualização da unidade lidar nos próximos meses. O futuro suve compacto Bao 3, irá adotar uma versão mais simplificada do sistema da marca Huawei.
AN