Moderno e revolucionário para a sua época, o Fiat Prêmio, foi lançado no mercado brasileiro há 40 anos. Segundo sedã da marca — precedido pelo Oggi, de 1983, derivado da camioneta Panorama — era baseado no Uno da primeira geração surgido um ano antes. Foi produzido no Brasil de 1985 a 1988 em Betim, MG, depois na Argentina até 2000,e se destacou no cenário nacional como no país vizinho.

O Prêmio foi o primeiro carro brasileiro (junto ao Uno) a oferecer computador de bordo que informava consumo médio e instantâneo, velocidade média, alcance e outras informações no espaço que seria do conta-giros. Com uma potência considerável entre os modelos disponíveis na época, o Prêmio entregava 74,1 cv e 12 m·kgf na sua versão 1,5-L, a mesma usada no Uno SX. Outros pontos fortes do carro era o generoso porta-malas com capacidade de 530 litros cuja abertura chegava ao nível do para-choque, e o amplo espaço no banco traseiro.

O modelo chegou ao mercado com duas portas e em duas versões: a S, opção de entrada, e a CS (foto de abertura), mais completa. Em 1987, dois anos após o lançamento, o sedã passou por mudanças e ganhou quatro portas na versão CSL, além de itens adicionais de conforto como ar-condicionado, vidros e travas com acionamento elétrico. Em 1989, recebeu um novo painel e o motor argentino Sevel 1,6-L, que antes era Fiasa 1,3 na versão S e 1,5 na CS. Já em 1991 teve a dianteira levemente redesenhada; em 1992 começou a vir com injeção eletrônica monoponto na versão no motor 1,5-L para atender o PL 2 do Proconve.

Em 1988, o Prêmio passou a ser fabricado na Argentina e, com o nome Duna, começou a ser exportado para outros países da América Latina, Brasil inclusive, e para a Itália, onde chegou a se destacar entre os veículos mais vendidos. Em 1986, o Prêmio foi eleito o “Carro do Ano” pela revista Autoesporte, demonstrando o quanto foi querido no mercado nacional.
MF