Considerado um dos melhores pilotos que despontaram na primeira meta dos anos 2020, o brasileiro Felipe Drugovich (foto de abertura) se vê novamente numa situação delicada com relação à sua estreia na F-1. Contratado como piloto-reserva da equipe Aston Martin no final de 2022, logo após ter conquistado o título da F-2-FIA, o paranaense de Maringá jamais teve a chance de disputar um GP pela equipe de Lawrence Stroll. No início da temporada passada o filho de Stroll, Lance, sofreu um acidente de bicicleta e fraturou o pulso esquerdo, algo que serviu de álibi para sua ausência no recente GP da Espanha. O regulamento da F-1 não permite a substituição de um piloto após o início da prova de classificação, o que impediu o brasileiro de assumir o posto do canadense.
A situação ganhou contornos mais dramáticos desde que passaram a circular rumores que o real motivo de Lance Stroll não participar do GP espanhol não foi consequência do acidente de 2023, mas do fato de uma explosão de raiva por ter ficado fora da disputa dos 10 primeiros lugares do grid. Para extravasar sua frustração ele teria dado um soco num capacete e machucado a mão. Drugovich e o belga Stoffel Vandoorne são os reservas da Aston Martin este ano e ambos estão inscritos para disputar a 24 Horas de Le Mans neste fim de semana, o mesmo do GP do Canadá.

Os dois pilotos já indicaram a opção de disputar a prova francesa: o brasileiro lidera o trio que vai pilotar o Cadillac nº 311 e o belga compõe a tripulação do Peugeot nº 94. Posto que a Cadillac vai estrear na F-1 em 2026 e ainda não definiu seus pilotos, a escolha de Drugovich indica que ele está apostando numa nova chance de, finamente, realizar o sonho de disputar a categoria. Isso também aponta que ele quer evitar erros do passado, quando assinou com a Aston Martin sabendo que as chances de substituir Fernando Alonso ou Lance Stroll eram nulas, não aceitou o convite para correr na F-E pela equipe Citroën e recusou um convite para competir na F-Indy pela equipe de Hélio Casto Neves.
Espanha terá dois GPs de F-1 em 2025
A Liberty Media, empresa detentora dos direitos comerciais do Campeonato Mundial de F-1, divulgou hoje o calendário da categoria para a temporada 2026. Serão 24 etapas com provas em quatro continentes em 20 países: os Estados Unidos terão três (Miami, Austin e Las Vegas) e a Espanha passa a contar com duas datas, Barcelona e Madrid, esta última preenchendo a vaga aberta com a saída de Imola. As provas do Bahrein e da Arábia Saudita serão disputadas novamente em abril em decorrência do período do Ramadã, celebração anual dos muçulmanos e que em 2026 ocorrerá em fevereiro e março.
Outra novidade para 2026 será o novo regulamento técnico e a estreia da Cadillac, que será a décima-primeira equipe do grid. Os carros estarão 30 kg mais leves e menores: o comprimento máximo passa a 3.400 mm e a largura, reduzida para 1.900 mm, redução de 200 mm e 100 mm, respectivamente. As unidades de potência passam por uma equalização entre as unidades elétrica e combustão que equaliza a potência produzida por motores a combustão e elétricos, que passarão a produzir 543 cv ante 679~761 cv, porém a bateria passará a ter potência de 475 cv em vez de 163 cv, 312 cv mais que atualmente.
O recuperador de energia térmica (KERS-H) será eliminado e cada carro terá uma alocação de seis unidades de potência durante a temporada. O combustível usado é classificado como 100% sustentável, significando fim de linha para combustíveis de origem fóssil na F-1.
Em termos de aerodinâmica as asas dianteiras passam a ter mobilidade semelhante às traseiras e volta a obrigatoriedade de usar um fundo plano, o que elimina os assoalhos com guias e canaletas para gerar maior pressão aerodinâmica. Os pneus continuam sendo de aro 18”, mas os dianteiros serão 25 mm mais estreitos e os traseiros perdem 30 mm de largura.
O calendário da F-1 2026
8/3 – GP da Austrália (Melbourne)
15/3 – GP da China (Xangai)
29/3 – GP do Japão (Suzuka)
2/4 – GP do Bahrain (Bahrein)
9/4 – GP da Arábia Saudita (Jeddah-Corniche)
3/5 – GP de Miami (Miami)
24/5 – GP do Canadá (Montreal)
7/6 – GP de Mônaco (Monte Carlo)
14/6 – GP de Barcelona (Montmeló)
28/6 – GP da Áustria (Spielberg)
5/7 – GP da Grã-Bretanha (Silverstone)
19/7 – GP da Bélgica (Spa-Francorchamps)
26/7 – GP da Hungria (Hungaroring)
23/8 – GP dos Países Baixos (Zandvoort)
6/9 – GP da Itália (Monza)
13/9 – GP da Espanha (Madrid)
27/9 – GP do Azerbaijão (Baku)
11/10 – GP de Singapura (Marina Bay)
25/10 GP dos Estados Unidos (Austin)
1/11 – GP do México (Cidade do México)
8/11 – GP de São Paulo (São Paulo)
21/11 – GP de Las Vegas (Las Vegas)
29/11 – GP do Catar (Lusail)
6/12 – GP de Abu Dhabi (Yas Marina)
F-2 terá 14 etapas
O Campeonato de F-2 FIA de 2026 terá 14 etapas, todas elas complementando a programação de etapas da F-1 e cada um formada por duas corridas, uma no sábado e outra no domingo. A novidade do ano é a inclusão do Madring, novo circuito em Madrid e que assume a condição de sede do GP da Espanha. Os GPs que receberão a categoria sã os da Austrália, Bahrain, Arábia Saudita, Mônaco, Barcelona, Áustria, Grã-Bretanha, Bélgica, Hungria, Itália, Espanha, Azerbaijão, Catar e Abu Dhabi
F-3 segue com 10 rodadas
A exemplo da F-2, a F3-FIA também manteve o formato de 10 etapas com duas corridas a cada evento. A novidade do ano é que o encerramento da temporada será na nova pista espanhola em Madri. Os GPs selecionados para receber a categoria são Austrália, Bahrain, Mônaco, Barcelona, Áustria, Grã-Bretanha, Bélgica, Hungria, Itália e Espanha.
WG
A coluna “Conversa de pista” é de exclusiva responsabilidade do seu autor.
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