Faz pouco tempo que experimentei a primeira Royal Enfield totalmente nova, a Himalayan e seu novo motor Sherpa 450. Suas virtudes conferimos em um dia de fora de estrada um tanto radical pelos câniones gaúchos (relembre aqui). Agora chegou a vez da já esperada versão roadster da Himalayan 450, a nova Royal Enfield Guerrilla 450.

Com apenas algumas voltas no excelente asfalto do autódromo de Interlagos, algumas das muitas qualidades da nova Royal Enfield Guerrilla já puderam ser notadas, sendo que, logicamente, sua maior aptidão para o piso liso foi a mais patente. A roda dianteira de 17 polegadas certamente foi a maior razão para isso, em oposição da roda dianteira de 21 polegadas da Himalayan, mais adequada para o fora de estrada. As duas motocicletas têm as rodas traseiras de mesmo tamanho, 17 polegadas.

Utilizando a mesma estrutura da Himalayan, com algumas óbvias adaptações, algumas diferenças entre as duas motocicletas são patentes, como, por exemplo, a suspensão dianteira convencional da Guerrilla, em oposição à suspensão dianteira de garfo invertido da Himalayan. Na prática, a diferença na dirigibilidade não é tão grande como se costuma apregoar.

O motor Sherpa da Royal Enfield Guerrilla 450 é um monocilindro com arrefecimento a água (o primeiro motor Royal Enfield com esse sistema), com cilindrada exata de 451,43 cm3, resultado de um monocilindro de 84,0 mm de diâmetro, com curso do pistão de 81,5 mm. Tem duplo comando variável e quatro válvulas no cabeçote. A potência é de 40 cv a 8.000 rpm e o torque é de 4,1 m·kgf a 5.500 rpm, sendo que 90% desse valor aparece a partir das 3.000 rpm (um pouco antes que na Himalayan, 3.500 rpm). É um motor extremamente suave, principalmente se tratando de um monocilindro, um sistema de árvore contrarrotativa de balanceamento se encarrega de minimizar a vibração inerente de apenas um pistão.

Visualmente, a Royal Enfield Guerrilla é bem parecida com a Himalayan, mas com detalhes próprios de uma roadster, por exemplo, a não utilização das barras protetoras do tanque e o para-lama dianteiro baixo (na minha opinião, um arranjo bem mais bonito).

O painel de instrumentos, como na Himalayan 450, tem uma única unidade circular de TFT com visualização digital ou analógica, podendo espelhar o mapa do Google de um telefone celular conectado.
A Royal Enfield Guerrilla 450 estará disponível ao público apenas em setembro, por esse motivo ainda não tem preços definidos. Mas não é difícil estimá-los, uma vez que esse valor ficará situado pouco abaixo do preço da Himalayan 450. A Guerrilla terá também o nome de GRR 450 em alguns mercados, com quatro opções de cores e grafismos: Smoke Silver, Peix Bronze, Brava Blue e Yellow Ribbon.
GM