A Bugatti surpreendeu o universo automobilístico nesta quinta-feira (29/2) ao divulgar nas redes sociais e no YouTube o vídeo emocional de 26 segundos mostrando o motor a combustão com a configuração V-16 que vai compor o trem de força híbrido de seu novo hiperesportivo, sucessor do Veyron, e que deverá ser apresentado oficialmente no final de junho próximo.
Assim, o primeiro híbrido da tradicional marca francesa também será o primeiro automóvel em décadas com este tipo de motor, sendo o último o Cizeta-Moroder V16T que, segundo consta, teve apenas 13 unidades fabricadas pela marca italiana de 1991 a 1995, com desenho da carroceria assinado por Marcello Gandini e construída por Sergio Scaglietti.
A Bugatti, entretanto, não revelou detalhes com relação à cilindrada e o desempenho do novo trem de força, mas no vídeo pode-se notar que o V-16, assim como o W-16 abandonado pela marca, também terá quatro turbocarregadores. Outro detalhe destacado é a utilização de componentes do sistema de admissão e do cabeçote moldados em compósito de fibra de carbono.
Na sua página na Rede X (ex-twiter) a marca detalha que “se prepara para uma nova era. Em junho, a Bugatti dará as boas-vindas a um novo pináculo em automóvel com um motor híbrido V-16 no seu coração”, que descreve como incomparável em todos os detalhes: “É a pura personificação do DNA da Bugatti, criado não apenas para o presente, ou futuro, mas para a eternidade.”
Já se especula que com este V-16 e o sistema híbrido, provavelmente o novo Bugatti será o mais potente de toda história da marca francesa, superando os impressionantes 1.500 cv obtidos na última versão do W-16 quadriturbo de 8 litros do Chiron, que acelera de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e atinge velocidade máxima limitada e declarada oficialmente de 420 km/h.
No clipe compartilhado nas redes sociais (assista-o no final) pode-se ouvir o som do motor V-16 em funcionamento, que dá a impressão de girar em rotação mais elevada e com ronco mais forte do que o W-16 anterior, que se caracterizava por um nível de ruído mais baixo, mesmo nas rotações mais altas. Um sinal de que a Bugatti continuará privilegiando o motor a combustão.
Conforme detalha o site da revista inglesa Autocar, o design do novo Bugatti já foi aprovado no início do ano passado, sendo o último projeto comandado pelo designer Achim Anscheidt, que deixou o cargo de chefe de desenho da Bugatti recentemente, mantendo detalhes característicos da marca como a grade em forma de ferradura e linha de cintura crescente.
Outra especulação se refere ao tamanho do cofre do motor que nos modelos anteriores era bem reduzido já que o W-16 se caracteriza por ser compacto. Mas isso só será descoberto na apresentação oficial em junho, apesar do novo Bugatti só entrar em produção após a marca entregar as encomendas pendentes do Bolide e do Mistral, programadas até 2026.
RM
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