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A história por trás dos nomes dos relógios
A história por trás dos nomes de relógios icônicos como o Speedmaster, Monaco, Daytona, Carrera é tão fascinante quanto os próprios designs e geralmente evocam o técnico, o futurístico, o exótico e o provocativo.
Em muitos casos, a escolha do nome não é feita pela marca, mas pelos consumidores. A Orient, por exemplo, passou a adotar apelidos como “Bambino” e “Mako”, criados pelos próprios fãs, que acharam mais fácil e charmoso batizar os modelos com algo mais simbólico do que os frios números de referência. Marcas como Seiko e Zenith também viram seus relógios ganharem apelidos criativos como “Monster” e “Superman Blue”, uma prova de que os consumidores dão vida própria a esses objetos de desejo.
O nome de um relógio vai muito além de uma simples identificação: ele carrega a personalidade e o legado do modelo. Grandes clássicos como o Carrera da TAG Heuer e o Reverso da Jaeger-LeCoultre são exemplos de como a escolha certa pode consolidar o status de ícone. No entanto, encontrar o nome ideal não é tarefa fácil, principalmente em um mercado saturado por novos lançamentos. Pequenas marcas independentes, como a Ming e a Norqain, vêm apostando em nomes criativos para se destacar, enquanto gigantes como Bell & Ross preferem códigos técnicos que remetem à precisão e funcionalidade.
Poucas empresas de relógios usam agências de branding externas para ajudá-las a encontrar boas opções. A Zenith, por exemplo, usa um comitê interno de seis pessoas que refletem sobre uma seleção e decidem sobre um nome, geralmente muito perto da data de lançamento. Aliás, a marca é criadora do lendário El Primero, batizado assim por ser o primeiro relógio com cronômetro automático, lançado em 1969.
A dificuldade em nomear relógios também está relacionada ao desafio de registrar e proteger esses nomes em todo o mundo. Romain Marietta, da Zenith, ressalta que, apesar da importância de um nome, o design ainda é o principal fator de sucesso de um relógio.
No fim, a história mostra que alguns dos nomes mais memoráveis, como o Polaris da Jaeger-LeCoultre, surgiram por acaso, provando que às vezes o sucesso está na simplicidade de um momento de inspiração inesperada.
Podcast
O processo criativo da Roue Watch neste bate-papo com Bernardo Britto – Entusiasta.
Carros de coleção estão sendo mais utilizados
Clássicos não são apenas peças de coleção, eles continuam a rodar e acumular quilômetros, trazendo sorrisos aos seus proprietários. Um estudo recente da Hagerty analisou mais de 9.000 veículos vendidos em leilões online, comparando as quilometragens ao longo dos anos. O resultado mostrou que carros fabricados entre as décadas de 1950 e 1970 são usados esporadicamente, enquanto os modelos dos anos 1980 e 2010 mostram um aumento considerável no uso. Esses dados são relevantes para debates sobre sustentabilidade e regulamentação, especialmente quando se discute o impacto ambiental desses veículos no contexto atual.
O aumento no uso de carros dos anos 1980 pode ser explicado por melhorias tecnológicas como injeção eletrônica e freios ABS, que os tornam mais seguros e fáceis de dirigir. Além disso, a pesquisa sugere que a Geração X, que hoje domina o mercado de carros clássicos, tem maior afinidade com modelos mais modernos e tempo para usá-los. Interessante notar que a média de quilometragem anual de um carro clássico é de cerca de 2.245 km, refletindo um equilíbrio entre o prazer de dirigir e a preservação do valor do veículo.
LVMH assume cronometragem da Fórmula 1
A parceria entre LVMH e Fórmula 1, com início em 2025, marca um novo capítulo na relação entre marcas de luxo e o esporte. Com um contrato de 10 anos avaliado em mais de US$ 1 bilhão, o grupo de Bernard Arnault substituirá a Rolex como patrocinador oficial da cronometragem, com TAG Heuer, Moët Chandon e Louis Vuitton desempenhando papéis de destaque no circuito.
Marcas como TAG Heuer, Moët Chandon e Louis Vuitton estarão presentes no circuito, substituindo a Rolex na cronometragem. Esse movimento vem ao encontro do aumento de popularidade da F1, impulsionado pela série da Netflix “Drive to Survive” e pela expansão para novos mercados, como os EUA, com corridas em Miami e Las Vegas.
Com a crescente presença da F1 em mercados estratégicos, como Ásia, América do Norte e Europa, a aliança com a LVMH não só garante maior visibilidade global para o esporte, mas também reforça o apelo das marcas do grupo de Bernard Arnault junto a uma audiência jovem e diversificada. A Fórmula 1, agora sob o comando da Liberty Media, oferece uma plataforma valiosa para LVMH, que já havia marcado forte presença em eventos esportivos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo.
Esse acordo sinaliza uma estratégia maior da LVMH de se consolidar no cenário esportivo global, aproximando suas marcas de luxo de esportes de grande apelo popular. A diversificação no mundo dos esportes é mais um passo para ampliar seu público e reforçar o status aspiracional de suas marcas. Essa parceria com a F1, além de visibilidade, solidifica a posição da LVMH como líder tanto no luxo quanto na inovação em eventos de escala mundial.
Os primórdios da Land Rover
O Land Rover Série I nasceu como um fruto da necessidade, projetado para ser robusto e durável em qualquer terreno. Lançado em 1948, seu design simples e eficiente era inspirado no Jeep americano. O inglês era construído com alumínio de aviação para driblar a escassez de aço no pós-guerra, e contava com tração nas quatro rodas permanente.
A fórmula minimalista do Série 1, com portas e teto de lona como opcionais, primava pela resistência e versatilidade. Mesmo sem bancos ajustáveis, havia espaço suficiente para três pessoas na frente, e seu painel centralizado facilitava a produção de unidades com volante à direita ou à esquerda.
Hoje, cerca de 80% dos Land Rovers fabricados ainda estão rodando, o que comprova a longevidade do projeto. Seis décadas depois, o Land Rover, depois chamado de Defender, manteve viva a essência do modelo original e foi produzido até 2016.
O exemplar das fotos carrega a pátina do tempo e está disponível para venda em O//ACERVO.
Agenda
Rally Internacional – Classic Car Club – RS
Serra gaúcha • 8 a 10/11/2024 • www.classicrs.com.br/rally2024/
1000 Millas Sport 2024 – 35 Edición
Argentina • 27 a 30/11/2024 • www.1000millas.com.ar
Links
A Aston Martin está celebrando o 60º aniversário do filme James Bond – Goldfinger com a criação de 60 edições especiais do DB12, chamadas Goldfinger Editions – Site oficial
Nova geração do Renault Twingo surge como conceito elétrico e chega em 2026 – Site oficial
Washington Olivetto, “o maior de todos nós”. O adeus a um gênio da raça. – Brazil Journal