Lambança, todo motorista faz. Já registrei aqui várias que presenciei em países do Primeiro Mundo. Mas, tem hora que o brasileiro exagera, não se comporta com um mínimo de civilidade ao volante e aí pinta mesmo na gente um “complexo de vira-lata”…
Faixa da esquerda – Talvez um psicólogo (psiquiatra?) ou sociólogo para tentar explicar a inexplicável insistência dos motoristas de se manter à esquerda numa estrada com três faixas de rolamento. Não adianta piscar faróis ou dar seta esquerda para que deixem a faixa de ultrapassagem. Existem até os idiotas que explicam já estarem na velocidade máxima permitida, então permanecem ali para impedir que outros excedam o limite. Pode?…
Mudar de faixa – Se alguns resistem em deixar a faixa da esquerda para os que andam mais rápidos, outros zigzagueam entre as faixas sem o menor cuidado nem respeito. Sequer ligam setas para advertir outros motoristas das idiotices que cometem.
Fechar cruzamento – Na ânsia de aproveitar o semáforo no verde, não hesitam em avançar e parar seu carro exatamente no meio do cruzamento, mesmo tendo consciência de que vão impedir – desnecessariamente – o fluxo na outra via. Nem mesmo a placa “Não feche o cruzamento”…. e multa os sensibilizam.
Ultrapassar pelo acostamento – Tem um acidente lá adiante e o trânsito se congestiona na rodovia. Hora de os “eshpertos” revelarem seu caráter, avançarem pelo acostamento e travá-lo também, impedindo acesso aos veículos de socorro como ambulância ou bombeiros .
Luzes – A noite pode estar enluarada, mas motoristas teimam em ligar a lâmpada traseira de neblina, mais intensa que as demais para sinalizar o carro na neblina ou chuva forte. E ofuscam todos os motoristas atrás. Outros ligam o pisca-alerta com o carro em movimento e nem imaginam que ele só deve ser acionado ao parar no acostamento ou num congestionamento. E nem vale a pena mencionar os idiotas que não abrem mão da luz alta ao cruzar ou atrás de outro automóvel.
Buzina – Diz a lei que só se buzina para alertar outro motorista de algum problema. A lei se esqueceu de avisar que trânsito congestionado não é problema que se resolve buzinando no ouvido dos outros. Também não se enquadra como problema o time para que torce o motorista ganhar o jogo. Ou o do adversário perder…
Faixa de pedestre – Sou um otimista por excelência e respeito o pedestre na faixa, pois acho que os motoristas que vêm atrás entenderão meu comportamento e se absterão de buzinar, xingar, me bater na traseira ou me ultrapassar colocando em risco a vida do pedestre. Mas, raramente prevalece meu otimismo…
PARE – Esta placa no cruzamento e a faixa de pedestre estimulam nosso complexo de vira-lata, pois são respeitadas por todos no Primeiro Mundo. No Brasil, são consideradas elementos decorativos. Brasília é rara exceção à regra.
Fila tripla – Aliás, já vi até quádrupla bem na porta da escola, pois as crianças não podem andar cerca de 50 metros e permitir que o carro encoste mais à frente ou atrás.
Colo – Por falar em criança, que tal o motorista que bota o filho no colo para “fingir” de motorista? O idiota não percebe o risco de ele mesmo ferir seu filho. E os mais crescidinhos que a-do-ram se aboletar lá no porta-malas do hatch, perua ou suv?
Braço – Motorista “bom de volante” acha desnecessário manter as duas mãos na direção e dirige com o braço esquerdo dependurado fora da porta. Nem imagina quantos deles já foram triturados ou amputados….
BF
Foto: itapolis.sp.gov.br