Hoje faz 80 anos que o Autódromo de Interlagos foi inaugurado. Um portento de pista com 8 km de extensão, 80% visível para o público e altamente desafiante,um traçado extremamente feliz, como mostra o desenho de abertura.
Sofreu uma grande reforma em 1970, realmente necessária, e com isso o Brasil pôde sediar uma etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1, começando em 1972 com uma prova de teste extracampeonato, que no ano seguinte passou a valer. O traçado foi minimamente reduzido em 40 metros nesse processo apenas para adequação de áreas de escape em curvas, passando para 7,960 km.
Na segunda reforma, de 1989, aconteceu o que jamais poderia acontecido: a pista foi brutalmente mutilada por interesses da FIA e de Bernie Ecclestone, que viam receosos o crescimento de popularidade e interesse do público pela F-Indy, que poderia vir a competir aqui utilizando o anel externo de 3,25 km
Com a mutilação o circuito ficou reduzido para 4,309 km, ou seja, perdeu 45.8% de sua extensão.
Mas pior que a mutilação foi não ter sido mantido o traçado original, em que o circuito completo poderia ser mantido como alternativa, além, claro, de se poder usar o anel externo.
Em 1977 José Carlos Pace, vencedor da terceira prova válida para o campeonato em 1975 com Brabham-Ford, faleceu num acidente aeronáutico em avião de pequeno porte na serra de Mairiporã, em que pereceu também o piloto Marivaldo Fernandes. A Câmara Municipal de São Paulo rendeu-lhe homenagem dando seu nome ao Autódromo de Interlagos, hoje Autódromo Municipal José Carlos Pace.
Mas hoje é dia do 80º aniversário de Interlagos, pelo que o AE dá os parabéns a esse santuário do automobilismo brasileiro.
Parabéns, Interlagos!
BS