HYUNDAI HB20 SENSE PACK, NO USO (COM VÍDEO)

Desde o lançamento da segunda geração do Hyundai HB20 em setembro do ano passado, apresentado na matéria do Josias Silveira, só havíamos andado no topo HB20 turbo Diamond.Plus, meu teste. Chegou a hora de andar no básico Sense, que para 2021 foi acrescido da versão Pack.

Versões ‘Pack’ atualmente significam versão básica  que recebeu diversos itens, em substituição às antigas standard e luxo. É o caso da versão Pack do HB20 Sense, a versão de entrada do modelo. Esta custa R$ 50.990 e por R$ 1.000 mais tem-se a Sense Pack, que consiste de itens como bolsas infláveis laterais, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em aclives, e sinalização de frenagem de emergência (luzes de freio ficam piscando). Um modelo simples mas que agrega alguns itens interessantes. Determinadas cores têm acréscimo de R$ 1.400,00, veja na lista de equipamentos no final.

A versão de motor 1-litro e três cilindros, aspiração atmosférica, 75/80 cv, é associada unicamente a câmbio manual de cinco marchas produzido pela Hyundai Powertrain, do grupo Hyundai-Kia, de funcionamento e engates primorosos, “à Wolfsburg”. Essa potência é adequada para o carro de 989 kg que, embora não tenha aceleração prodigiosa — 0 a 100 km/em 15,4/14,5 segundos — propicia uso normal sem problema. A velocidade máxima de 158/161 km/h, em quinta a 5.700 rpm, é mais que suficiente para um uso normal.

O motor traz sistema de partida E-start, sem injeção de gasolina (e seu reservatório) em temperatura ambiente inferior a 18 ºC estando só com álcool no tanque.

A rotação do motor a 120 km/h é alta, 4.270 rpm (no vídeo falo 4.130 rpm, errado), mas não incomoda. Nesse giro a velocidade média de pistão é de 12 metros por segundo, tampouco deixa o carro gastador. No vídeo comento que de casa, em Moema, até a curva AE o consumo mostrado no computador de bordo foi 12,9 km/l de álcool, ar-condicionado desligado. O consumo rodoviário oficial com álcool é 10,1 km/l.

O carro com um todo é agradável de usar e seu polêmico estilo da seção dianteira não me desagrada em nada, pelo contrário. Tem bom tamanho, 3.940 mm de comprimento com entre-eixos de 2.530 mm, boa largura de 1.720 mm e altura conveniente, 1.470 mm, nem alto nem baixo demais. O porta-malas acomoda 300 litros de bagagem, volume adequado ao porte do veículo. O tanque é de 50 litros, que permite alcance, pelo consumo de gasolina oficial em estrada, 14,6 km/l, de bons 730 quilômetros (álcool, 505 km).

Não tem

Quem se decidir pelo Sense Pack deve saber que ele não traz luz de rodagem diurna, encosto do banco traseiro dividido, repetidor digital do velocímetro, alças de teto, acionamento elétrico dos vidros traseiros, controle de cruzeiro,  ajuste elétrico dos espelhos, porta-revistas no dorso dos encostos de bancos dianteiros, iluminação no porta-luvas e porta-malas, porta USB para os passageiros do banco traseiro, qualquer ajuste volante, e iluminação para os espelhos dos para-sóis. Veículo simples mesmo.

Se preferir, assista ao vídeo agora:

Bom conjunto

O que se nota no HB20. corroborando impressões anteriores, é termos um bom conjunto nas mãos. Tudo, trem motriz, suspensão, direção e freios atende ao que se espera de um carro atual. O ruído do motor chega pouco ao interior mesmo sem a manta fonoabsoirvente na face interna do capô. Como todo tricilindro, o motor fica oscilando em marcha-lenta, porém é imperceptível a bordo.A direção eletroassistida é exemplar na redução paulatina de assistência à medida que a velocidade aumenta.

A suspensão foi calculada para ser firme porém sem trazer desconforto aos ocupantes, e permite fazer curvas rápidas sem preocupação. Não senti o controle de estabilidade atuar, mesmo com pneus de 175 mm de seção transversal. Um carro de 989 kg em ordem de marcha com 431 kg de carga útil é significativo.

O freio, disco ventilado na dianteira, o que merece aplauso, e tambor na traseira, reage com precisão à intenção do motorista. O punta-tacco não é “à italiana”, “telepático”, mas dá para ser feito sem muito empenho.

Já falei do câmbio fácil de usar e a ele se junta o pedal de embreagem com carga muito baixa. Dirigi-lo no anda e parta não incomoda, ao contrário do computador de bordo que exige apertar um botão no velocímetro, bem à moda antiga.

O câmbio é bem escalonado, para notar no gráfico rotação-velocidade as quedas de rotação cada vez menores a cada troca ascendente. O alcance nas marchas, no corte a 6.500 rpm, é 1ª 36 km/h, 2ª 65 km/h, 3ª 105 km/h e 4ª 147 km/h.

Em conclusão

O HB20 Sense, ainda mais o Pack, constitui boa solução para quem precisa de um hatchback compacto, econômico e com desempenho razoável, além de bom espaço interno e porta-malas adequado. A marca está firme no Brasil e a garantia é de cinco anos.Sobretudo, é muito agradável de dirigir, Sua dotação de equipamentos (ver depois da ficha técnica) traz o que se precisa num veículo destinado a transporte básico e que não custe tanto.

BS

No elevador do Posto Gerações, em Araçariguama

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