O nome da coluna é “O editor-chefe fala”, mas hoje quem vai falar é o moderador dos comentários, responsabilidade do editor-chefe — eu.
Antes de passar ao assunto propriamente dito, reproduzo uma postagem minha em 12/12/2012:
“Aviso aos leitores
Desde que foi criado há quatro anos e quatro meses, o AUTOentusiastas sempre fez questão de permitir comentários sem identificação do autor e sem moderação. Isso com o intuito único de facilitar a postagem do comentário e também o autor vê-lo publicado imediatamente, o que indubitavelmente é uma satisfação. Sempre funcionou bem desse modo, salvo um ou outro momento de comentários indesejáveis, inadequados ou mesmo ofensivos que, felizmente, duraram pouco.
Mas nessa última semana, iniciando na madrugada do dia 4, começou o que eu chamaria de um verdadeiro ataque por parte de uma pessoa, sempre utilizando pseudônimos diferentes (que o sistema permite), que não se conformou de ter um comentário ofensivo removido.
Só que essa pessoa copiou e colou a mesma mensagem em não sei quantos posts do AE. Não que isso causasse transtorno ao blog, mas causou incômodo àqueles leitores que recebem notificações de postagem, tal o número de notificações.
De lá para cá, para evitar que isso se repetisse, passei a monitorar os comentários pelo painel de controle do blogger, removendo os comentários praticamente em tempo real. Quando esta pessoa viu que não adiantava mais disparar comentários em grande volume, passou a comentar em determinados períodos, com textos horrorosos, ofensivos, vis, burros, também removidos assim que detectados.
Independentemente de tudo isso, muitos leitores há tempo nos pedem para acabar com a possibilidade de comentar anonimamente e temos relutado em fazê-lo pelo motivo citado mais acima. Mas acho que chegou o momento de barrar comentários indesejáveis antes que sejam postados. Mesmo que atualmente fiquem pouco tempo publicados, os nossos leitores não têm que ler lixo.
Assim, a partir de 22h00 de hoje começa a moderação dos comentários. Permanecerá possível postar como anônimo, porém o comentário será previamente analisado.
Será uma medida temporária, por tempo suficiente para avaliar o comportamento desse e outros poucos maus leitores.”
O post completo, com os 126 comentários, pode ser lido clicando aqui.
Achei importante reproduzi-lo para dar ideia ao leitor ou leitora de como esta seção é importante para o AE e o cuidado dedicado a ela.
Começa pelos acertos de ortografia e gramática por considerarmos que todos que nos leem (textos e comentários) têm o direito a um texto o mais correto possível. Sai que não é todo mundo que tem o dom da escrita, por isso grande parte do meu dia de trabalho está em cuidar da seção efetuando correções.
Mas fora essa questão de dom, a fabulosa internet trouxe a reboque algo bastante comum, mas que não é tolerado no AE: o “internetês” e suas abreviações. Até entendo que abreviar facilite escrever no celular, (70% dos acessos ao AE), mas ler é ler, independente de onde, quando e o quê. É por isso que toda abreviação é alterada pelo moderador (eu). Nada de qq, tbm, vc, IMHO (in my humble opinion = em minha modesta opinião).
A intervenção do moderador ocorre também no caso de falta de acentuação, bastante comum. De novo,, acentuar ao escrever no celular não é tão natural quando num teclado de computador, entendo isso, mas é inadmissível uma palavra que exige acento não tê-lo. Também escrevo mensagens pelo WhatsApp, prefiro espelhá-lo no computador, mas em qualquer caso nunca deixo de acentuar. É uma questão de princípio combinado com hábito.
Outro vício comum que observo nas siglas de três letras, em que todas devem ser em maiúsculas e só a primeira o ser, como Cba em vez de CBA, Cnh e não CNH. Há outros vícios de escrita, por exemplo, uso excessivo e/ou desnecessário de reticências. Esse recurso serve para indicar uma hesitação ou a falta de conclusão de uma ideia. Também é alvo de minha constante intervenção.
Passo também a vassoura nas indicações de risos como kkkkkkkkk e hehehehe, deixam o texto deselegante. Costumo trocar por (rsrsrs) ou (rindo). Se eliminar não alterar o sentido da frase, tiro.
Outra falha na escrita, esta irritante ao extremo, é o texto todo não conter nenhuma letra maiúscula, nem nos nomes próprios como as marcas de automóveis. muito menos no início da cada frase. A pessoa vai escrevendo direto como se fosse desnecessário usar maiúsculas. Comum também é não colocar o ponto final da frase.
Houve um tempo, há uns três anos ou pouco mais, que um leitor escrevia sistematicamente desing em vez de design. Por mais que corrigisse, nunca se tocou. Ele sumiu.
Se fosse feita uma contagem de palavras substituídas, a campeã seria, sem nenhuma dúvida, a famigerada ‘montadora, como tem! Invariavelmente é trocada por fabricante.
Finalmente, a parte mais difícil da moderação, simplesmente não publicar o comentário e, em casos extremos, bloquear o leitor para que não possa mais comentar. Em geral, comentários recusados são os que atacam a honra das pessoas, os que colidem de frente com uma opinião expressa do AE, os que falam mal ou maldosamente de uma empresa (fabricante de automóveis ou não), e os que me ofendem ou um editor ou colunista, esses entrando imediatamente na lista de leitores banidos.
Há também necessidade, e nos 13 anos do AE só apliquei essa medida uma vez, de fechar os comentários a uma matéria quando eles se tornam excessivamente numerosos e, principalmente, repetitivos. For recente, a coluna do Boris sobre o Projeto de Lei para liberar a importação de carros usados. Quando os comentários chegaram a quase 300, “tranquei a porta”, impedindo mais comentários.
E há os comentários que apresentam algum erro de conceito que pode levar o missivista a ser alvo de crítica ou chacota pelos demais leitores, que por isso não publico. Mando-lhe um e-mail explicando por que não publiquei e caso eu não tenha o endereço do e-mail da pessoa, coloco mensagem no próprio comentário pedindo que me escreva para o nosso e-mail geral autoentusiastas@autoentusiastas.com.br .
Como eu já disse algumas vezes .a seção de comentários é a menina dos olhos do AE, e o leitor ou leitora sempre serão bem-vindos(as).
BS