NOVO BYD KING, SEDÃ HÍBRIDO PLUG-IN, É APRESENTADO

Que o brasileiro gosta de sedãs, a gente sempre soube, e teve uma época que o mercado exigia uma derivação do hatch com porta-malas maior para facilitar o deslocamento das famílias. Seja para ir para a praia no fim de semana ou para aquela viagem de férias, o sedã sempre foi a preferência nacional. Até que apareceram os suves, sejam médios ou compactos, e os fabricantes começaram a dar mais atenção para esse segmento que cresceu muito nos últimos anos, deixando os sedãs, principalmente os médios, de lado.

A guinada para os eletrificados foi concentrada nos suves. No caso dos compactos temos alguns que poderiam ser chamados de hatch, dada suas dimensões. E no caso dos suves médios há o prejuízo no volume do porta-malas em comparação com um sedã médio.

Após apresentar o Han e o Seal, dois sedãs 100% elétricos, a BYD traz o seu primeiro sedã híbrido plugável com alcance de até 1.200 km (bateria + combustível). São duas versões: BYD King GL ao preço de R$ 175.800 e BYD King GS por R$ 187.800. A principal diferença entre eles é a capacidade de armazenamento da bateria e a potência do motor elétrico.

Sistema híbrido

Assim como aconteceu no lançamento do BYD Song Plus, a BYD não divulgou os dados completos e características do motor de 4 cilindros, dianteiro transversal do novo BYD King. Aparentemente é o mesmo motor de 1,5 litro, 4-válvulas por cilindro de aspiração atmosférica e injeção de gasolina do topo no duto. A potência máxima é de 110 cv a 6.000 rpm com torque máximo de 13,8 m·kgf a 4.500 rpm.

O motor elétrico está acoplado ao motor a combustão e tem a função de levar a potência para as rodas dianteiras, assim como é feito no suve Song Plus. São duas versões de motor elétrico. O GL utiliza motor de 179 cv de potência máxima e 32,2 m·kgf de torque máximo, enquanto o do GS é de 196 cv e 33,1 m·kgf. A potência máxima combinada é de 209 cv e 235 cv, respectivamente, proporcionando aceleração 0-100 km/h em 7,3 segundos no GS.

A capacidade de armazenamento elétrico é diferente nas duas versões:  8,3 kW·h no GL e 18,3 kW·h, no GS, que pelo ciclo NEDC (New European Driving Cycle, em desuso) indica alcance em modo elétrico de 55 km e 120 km, na ordem. Se aplicado o fator normatizado do Inmetro, que é baseado no ciclo WLTP adotado pela indústria atualmente, e mais realista que o NEDC, esses alcances seriam reduzidos para 38,5 km e 84 km, porém até o momento a BYD não disponibilizou os dados de homologação junto ao órgão nacional. O consumo de combustível declarado é de 25,6 km/l, mas, novamente, não foi informado a norma e condição da medição.

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O carregamento da bateria por fonte externa pode ser feito até à potência de 3,3 kW no GL e 6,6 kW no GS, indicando cerca de 2,5 horas para seu carregamento completo. Sempre em modo AC (corrente alternada), inexistindo tomada do tipo DC (corrente contínua) no veículo.

Não foi desta vez que pude dirigir o veículo para sentir toda sua aceleração e desempenho, pois a avaliação oferecida foi de apenas uma pequena volta no estacionamento de um shopping center em São Paulo, que recusei. Aguardarei um veículo para avaliação completa.

Aparência

O novo sedã BYD King é ligeiramente maior que o Toyota Corolla, outro sedã híbrido que está disponível em nosso mercado, porém do tipo autocarregável (HEV). Tem 4.780 mm de comprimento total, contra 4.630 mm do nipo-brasileiro e no entre-eixo o novo chinês apresenta 2.718 mm, contra 2.700 mm do Corolla.

Com estilo cupê na traseira, o BYD King tem linhas limpas nas laterais e o para-choque traseiro faz o fechamento da lateral traseira, integrando em uma peça única. As lanternas traseiras, de LED, são embutidas na carroceria e conectadas por uma barra iluminada na tampa do porta-malas.

Na dianteira o estilo e tipo de construção se repete com para-choque e faróis integrados e complementando a carroceria. Ao evitar peças protuberantes, os desenhistas da BYD colaboraram com melhor fluxo de escoamento do ar ao longo da carroceria, o que deve trazer bons resultados de ruídos aerodinâmicos em altas velocidades.

A grade do radiador é filetada na horizontal com elementos cromados, alargando a aparência do veículo que tem largura de 1.837 mm, e o desenho das lanternas traseiras reproduz o mesmo efeito.

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Observando o veículo ao vivo nota-se um bom equilíbrio nas proporções e as rodas de 17 polegadas, montadas com pneus 215/55 R17, estão de bom tamanho para o veículo e principalmente para o nosso piso.

No interior nota-se bom espaço e conforto para acomodar 5 pessoas, sendo que o passageiro central traseiro tem que conviver com o desenho do estofamento que não é o ideal. O túnel central é largo, porém sem muita altura, facilitando a acomodação dos pés. Na extensão do console estão as saídas de ar climatizado para a traseira, e o revestimento em cor clara no teto e colunas amplia a sensação de espaço.

O painel de instrumentos tem desenho minimalista com predominância nas linhas retas que alargam a aparência do veículo. O quadro de instrumentos em tela digital é de fácil leitura e a central multimídia, montada em posição flutuante no centro do painel adota o padrão e software já visto nos demais veículos da marca, tendo também a possibilidade de rotacionar eletricamente.

Conclusão

A BYD já possui mais de 100 pontos de venda espalhados pelo Brasil e vem investindo fortemente em publicidade nos principais meios de comunicação para se tornar mais conhecida e, principalmente, reconhecida pelo vasto portfólio de produtos que já colocou à venda por aqui.

O novo BYD King será oferecido nas cores branco, cinza e preto com opções de interior na cor preta ou cinza. A garantia é de seis anos, sem limite de quilometragem e a bateria tem 8 anos de garantia, também sem limite de quilometragem.

GB

(Atualizada em 26/6/24 às 15h40, correção da informação da suspensão traseira: é eixo de torção e não independente com eixo de torção como originalmente apresentado)