Não basta ter uma vaga de piloto titular de uma das 10 equipes inscritas no Campeonato Mundial de F-1: para disputar o calendário de 24 provas Max Verstappen e seus 19 rivais devem solicitar a superlicença, documento emitido pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) e que é renovado anualmente. Tal processo é praticado em todos os países filiados à entidade e em diferentes categorias. No Brasil licença mais barata emitida pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) custa R$ 174,00, número irrisório quando comparado ao praticado a Max Verstappen e companhia. Para ter sua “CNH de competição” válida para 2025 o holandês teve que desembolsar US$ 1.079.448,00, valor que, dependendo do câmbio praticado no final do ano supera R$ 6,6 milhões.
Dinheiro, porém, não é tudo. O brasileiro Gabriel Bortoleto, que disputará seu primeiro GP em março, na Austrália, teve que provar sua habilidade em categorias de acesso reconhecidas pela FIA e acumular 40 pontos. Esse índice garante a superlicença é foi conquistado quando ele conquistou o título de campeão da F-2. Apesar dessa conquista e de ter vencido também a F-3 em 2023, Bortoleto terá que desembolsar exatos US$ 12.097,00 para sua “CNH” de competição, quantia igual à cobrado do italiano, também estreante, Kimi Antonelli e de Jack Doohan. O australiano estreou no GP de Abu Dhabi, última etapa da temporada de 2024, mas ainda não marcou seu primeiro ponto.
O valor cobrado para a emissão da superlicença de um piloto de F-1 varia em função do seu resultado na temporada anterior. Para definir o montante exato a FIA parte de uma taxa básica – os tais US$ 12.097,00 ou cerca de R$ 75.000,00 — mais o número de pontos marcados no campeonato multiplicado por US$ 2.443,00 (R$ 14.804,58). Se você acha que o preço da superlicença do holandês é muito alto, em 2025 ele está economizando cerca de US$ 317 mil: em 2023 ele marcou 575 pontos e este ano “apenas” 437.
Para as equipes os valores são mais altos: a taxa básica cobradas aos construtores é de US$ 680.203,00 mais o número de pontos somados por seus pilotos multiplicado por US$ 6.799,00. No caso da McLaren, equipe campeã de 2024, esse índice sobe para US$ 8.161,00 por ponto. Mesmo assim, o boleto enviado à equipe papaia, onde consta US$ 6.115.429,00 no espaço identificado como valor a pagar é bem menor que os US$140 milhões que ela receberá por seu resultado nesta temporada.
Confira quanto cada piloto vai pagar
Max Verstappen – US$ 1.079.448,00
Lando Norris – US$ 925.779,00
Charles Leclerc – US$ 881.805,00
Oscar Piastri – US$ 725.453,00
Carlos Sainz Jr – US$ 720.567,00
George Russell –US$ 610.632,00
Lewis Hamilton – US$ 556.886,00
Fernando Alonso – US$ 183.107,00
Pierre Gasly– US$ 114.703,00
Nico Hulkenbeg – US$ 112.260,00
Yuki Tsunoda – US$ 85.387,00
Lance Stroll – US$ 70.729,00
Esteban Ocon – US$ 68.286,00
Alex Albon – US$ 41.413,00
Oliver Bearman – US$ 29.198,00
Liam Lawson – US$ 21.869,00
Gabriel Bortoleto – US$ 12.097,00
Jack Doohan – US$ 12.097,00
Kimi Antonelli – US$ 12.097,00
Quanto cada escuderia vai pagar
McLaren – US$ 6.115.429,00
Ferrari – US$ 5.113.151,00
Red Bull – US$ 4.684.814,00
Mercedes – US$ 3.862.135,00
Aston Martin – US$ 1.319.309,00
Alpine – US$ 1.122.138,00
Haas – US$ 1.074.545,00
Racing Bulls – US$ 992.957,00
Williams – US$ 795.786,00
Sauber – US$ 707.399,00
WG
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