A você, leitor, um Feliz Ano Novo repleto de saúde, paz, alegria e realizações!
O ano de 2024 se foi e com ele um ano de crescimento representativo no mercado automobilístico nacional.
Falando em carros e comerciais Leves, depois de quatro anos entre 2 e 2,2 milhões de veículos, o ano de 2024 fechou com 2.483.696 unidades, um crescimento de 13,9% em relação a 2023 (2,18 milhões).
O campeão de emplacamento foi a Fiat Strada com 144.697 unidades vendidas. Com apenas 4.507 unidades a menos, o VW Polo (140.187) foi o segundo colocado. Já bem distante, o Chevrolet Onix fechou a terceira colocação com 97.508 unidades e apenas 425 unidades a frente do HB20 (observe que nesta classificação os hatchbacks e os sedãs são separados). Fiat Argo em quinto e VW T-Cross aparece em sexto, sendo o primeiro suve no ranking geral.
Existe um potencial para crescimento em 2025, mas muito dependerá da economia, em especial das taxas de juros que representam mais de 50% das vendas de veículos novos no mercado brasileiro e do valor do dólar. A tendência otimista inicialmente observada para o ano é de uma alta de 6% em relação a 2024 e que o mercado caminhe para a casa dos 2,6 milhões de veículos.
Entre os eletrificados, BYD Dolphin Mini (21.968 unidades) e BYD Song Plus (18.029) foram os líderes. GWM Haval H6 em terceiro com 17.912 unidades (se somado o H6 GT pularia para 22.893 e alcançaria o primeiro lugar mas este colunista entende ser um veículo de performance superior e, neste sentido, seriam dois modelos distintos… polêmica à vista). Em quarto lugar, o BYD Dolphin (15.212) e em quinto Toyota Corolla Cross (13.459).
Os eletrificados fecharam 2024 com 175.259 emplacamentos um crescimento de… 86,6% em relação a 2023. Ainda existem margens para crescimento,, mas além dos fatores acima mensurados, para estes veículos ainda incidirão as novas alíquotas de importação que tendem a ser antecipadas para antes de junho de 2026 (35%). A pressão da Anfavea junto ao governo é grande neste sentido. Bom? Ruim? Depende… Importante para a indústria nacional ganhar tempo para se desenvolver e tentar se tornar mais competitiva, mas ruim pois altera a regra do jogo pré-estabelecida o que é ruim sob o ponto de vista da estabilidade jurídica.
As vendas diretas tiveram em dezembro um mês padrão, acima dos 50% mas aquém do esperado (~55%). O ano de 2024 fechou de forma muito semelhante à dos anos anteriores com 49,9% das vendas ocorrendo na modalidade Vendas Diretas. Estas vendas ocorrem diretamente das fabricantes para o cliente final em regime legal de exceção e podem ocorrer para: locadoras, taxistas, PCDs, produtores rurais,…
A tendência é que os preços dos veículos automotores tenham uma pequena elevação em relação à inflação em comparação a 2024. Os juros mais elevados irão conter a inflação, mas o dólar elevado irá impactar o valor do automóveis haja vista a maior parte de um veículo ser fabricada com elementos que têm preços balizados em nível internacional pelo dólar.
Espera-se um bom ano para o mercado em 2025. Entretanto novamente o mercado é quem dita as regras. Será um ano de controle de estoques, de custos e de posicionamento de preços de produtos em função de novas tecnologias. Quase todos (senão todos) os novos lançamentos serão eletrificados e de forma majoritária com o semi-híbrido como forma principal de propulsão.
As taxas de juros elevadas e a restrição ao crédito poderão ser problemas que afetarão novamente o mercado automobilístico brasileiro em 2025, freando de certa forma o crescimento observado.
É aguardar para ver o desenrolar dos próximos acontecimentos!
MKN