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Home Mundo Ae Automobilismo

DESVENDANDO O FERRARI 499P: COMO NASCEU O NOVO ÍCONE DE LE MANS

COMO A FERRARI COMBINOU INOVAÇÃO E ENGENHARIA PRECISA PARA DOMINAR LE MANS COM O 499P

Iago Garcia por Iago Garcia
18/04/2025
em Automobilismo, IG, Tecnologia
O Ferrari 499P #50 vencedor das 24 Horas de Le Mans de 2024. (Foto: Ferrari/Divulgação)

O Ferrari 499P #50 vencedor das 24 Horas de Le Mans de 2024. (Foto: Ferrari/Divulgação)

Em 2023, a Ferrari retornou ao topo do endurance mundial vencendo a 24 Horas de Le Mans e repetiu o feito na temporada seguinte, gravando seu nome novamente na história da maior corrida de longa duração do mundo mais uma vez, após 50 anos distante de La Sarthe. O 499P, carro que deu à Ferrari essas duas vitórias, já é um dos carros mais marcantes da história do automobilismo e é o resultado de um trabalho profundo de engenharia, estratégia e inovação.

Embora não tenha sido tão dominante nas duas primeiras temporadas que competiu — exceto em Le Mans —, na abertura do Mundial de Endurance 2025, no Catar, a Ferrari deu uma amostra clara da solidez de seu projeto: conquistou um impressionante 1-2-3, colocando seus três carros nas três primeiras posições. O desempenho foi ainda mais relevante porque o traçado de Lusail, no Catar, exigia não apenas potência e eficiência aerodinâmica, mas também grande estabilidade em trechos técnicos de média velocidade — uma combinação que poucos concorrentes conseguiram entregar com tanta consistência.

Com a segunda etapa do  WEC (World Endurance Championship, o Campeonato Mundial de Endurance da FIA) realizando-se neste final de semana em Ímola, a expectativa é de mais uma grande exibição dos três Ferrari entre os Hypercar que disputam a corrida de 6 horas. Vamos então conhecer algumas características e segredo de um dos protótipos mais importantes da atualidade.

Pódio triplo para o Ferrari 499P nos 1812 km do Catar, com vitória do Nº 50, seguido do nº 83 e do nº 51 (Foto: Ferrari/Divulgação)

Um projeto feito para durar

Desde o início, o 499P foi concebido para ser mais do que um carro rápido em uma volta lançada. A Ferrari sabia que, para vencer em provas de 6, 8, 10 ou 24 horas, precisaria de um protótipo resistente a variações de temperatura, pneus, regulagem de BoP (balanço de performance) e até estilos de pilotagem distintos. Por isso, sua engenharia apostou em construir um arcabouço com uma janela operacional estável. Mas com regulamentos restritivos como o da categoria Hypercar do WEC, é impossível fazer um carro que seja dominante em todos os tipos de pista e todas as condições encontradas durante um final de semana de corrida. Se isso já é difícil num regulamento do corridas curtas, que dirá em corridas de longa duração, com mudanças relevantes de temperatura ambiente e de pista, além da diversidade de circuitos — enfrentando desde as ondulações de Sebring, às grandes retas de Le Mans e Spa-Francorchamps.

O desenvolvimento do carro durou cerca de dois anos, desde a primeira concepção, simulações, testes privados e estreia na 1.000 km de Sebring, na Flórida, em 2023 — onde garantiu uma surpreendente pole position, à frente dos dominantes e favoritos Toyota GR010. Esse trabalho foi sustentado por uma impressionante biblioteca de dados: segundo o engenheiro de desempenho do carro nº 83 da AF Corse no Mundial de Endurance, o belga Jorge Segers, a Ferrari tem catalogados mais de 3.000 KPIs (indicadores-chave de performance) do protótipo nascido em Maranello — com esse número crescendo a cada etapa e sessão de testes. Cada teste de túnel de vento, cada simulação e cada quilômetro de pista contribuíram para afinar o comportamento do protótipo em diferentes cenários.

O resultado

Como eu disse, o 499P foi nascido para competir na categoria Hypercar, a mais rápida e importante dessa nova fase do WEC. Desde 2021, o FIA WEC adotou esse novo conjunto de regras para sua categoria principal, visando substituir os antigos protótipos LMP1. Apesar de construir lendas do esporte como os Audi R8, R10 e R18, Peugeot 908 HDi, Bentley Speed8 e tantos outros, a LMP1 tornou-se muito cara. A Hypercar veio para permitir a competição de carros que oferecessem visual mais próximo aos superesportivos de rua, custos controlados e, ao mesmo tempo, liberdade suficiente para inovações tecnológicas.

O controle de custos entra também na limitação de homologação de somente um projeto aerodinâmico em cinco anos, com poucas e limitadas evoluções de performance e correções permitidas — chamadas Evo, para mudanças de ciclo, e adendos, para mudanças mais urgentes, como o caso da Peugeot que falaremos mais adiante. Isso acrescenta ainda mais complexidade à concepção dos protótipos de corrida.

Existem duas rotas possíveis para construir um Hypercar: a LMH (Le Mans Hypercar), que permite desenvolvimento completo de chassi, aerodinâmica e sistema híbrido, com maior liberdade de concepção e seria a categoria nativa do WEC, ou LMDh (Le Mans Daytona hybrid), mais padronizado, com chassi fornecido por um dos quatro parceiros homologados (Multimatic, Dallara, Oreca ou Ligier) e sistema híbrido comum a todos. Em sua maioria, competem no campeonato organizado pela IMSA (International Motor Sports Association.

A Ferrari optou por seguir o caminho do LMH, desenvolvendo o 499P “em casa” — motor, câmbio, aerodinâmica e sistema híbrido —, além de uma parceria de fabricação com a Dallara para o chassis. Isso permite mais controle sobre o conjunto, aproveitando componentes já existentes com soluções sob medida.

O motor, por exemplo, é um V-6 biturbo de 3 litros, o mesmo utilizado na 296 GTB e na sua variante da categoria GT3. No desenvolvimento do 499P, a Ferrari chegou a considerar o uso da caixa de câmbio existente também na GT3, buscando confiabilidade e tempo de desenvolvimento mais curto. No entanto, essa ideia foi rapidamente abandonada, principalmente por conta do regulamento, que exige um peso mínimo de 75 kg para a transmissão, e para evitar limitações no projeto da suspensão traseira.

O conjunto mecânico do 499P. (Foto: Ferrari/Divulgação)

Segundo o engenheiro-chefe Ferdinando Cannizzo contou para o portal Racecar Engineering, o principal motivo para adotar um câmbio novo foi justamente poder otimizar os pontos de ancoragem da suspensão traseira, além de melhorar o empacotamento geral e garantir compatibilidade ideal com o motor V-6. O transeixo do 499P, então, foi desenvolvido em conjunto com a britânica Xtrac, que gerou um câmbio sequencial de 7 marchas, combinado a um MGU-H com diferencial montado na dianteira que atua como KERS — solução que equilibra robustez, precisão e integração com o sistema híbrido. Ele atua como parte estrutural do chassi, ajudando a reduzir peso e aumentar a rigidez torcional.

Acoplado ao V-6 está um sistema híbrido de tração dianteira, com motor elétrico de 272 cv , que entra em ação acima de 190 km/h. O sistema é alimentado por uma bateria de alta tensão desenvolvida em parceria com a Magneti Marelli, com recarga feita exclusivamente por recuperação de energia nas frenagens (ERS).

Sistema de recuperação de energia pode gerar até 220 cv de potência destinados às rodas dianteiras do protótipo (Foto: Ferrari/Divulgação)

Na prática, o 499P tem tração integral temporária, funcionando com tração traseira na maior parte do tempo, e ativando a dianteira elétrica conforme as condições permitem. Isso melhora tração, aceleração em saída de curva e eficiência geral — um diferenciador importante em provas longas.

O regulamento estabelece que os Hypercars devem pesar no mínimo 1.030 kg, com potência máxima combinada de cerca de 680 cv. Esses valores podem variar prova a prova devido ao Balance of Performance, mecanismo usado para equilibrar o desempeno entre os diferentes carros inscritos. Falaremos mais do Balance of Performance adiante.

Mesmo com essas restrições, o 499P impressiona: acelera com brutalidade, tem equilíbrio refinado e entrega estabilidade notável mesmo em curvas de alta velocidade. Muito disso se deve ao acerto aerodinâmico minucioso e à integração perfeita entre as motorizações. Mas o foco da Ferrari para o 499P foi bem claro: eficiência aerodinâmica para brilhar em circuitos de média e alta velocidade.

A eficiência aerodinâmica como arma

Visualmente, o 499P carrega uma assinatura muito própria: além da tradicional shark fin (a barbatana dorsal que ajuda na estabilidade lateral), o carro exibe apêndices longitudinais extras que percorrem a dianteira e o teto. Eles atuam como extensões do fluxo aerodinâmico, ajudando a controlar vórtices de alta energia que, de outra forma, prejudicariam a eficiência em curvas de alta velocidade.

Clique nas fotos com o botão esquerdo do mouse para ampliá-las e ler as legendas

Esses pequenos apêndices, instalados na linha do teto e nas extremidades da cobertura traseira, atuam como guias de fluxo e direcionam o ar em situações de guinada (quando o carro desliza lateralmente), reforçando a estabilidade sem recorrer a grandes superfícies móveis. O objetivo é garantir que, mesmo em curvas de altíssima velocidade — como a Indianápolis e a Porsche em Le Mans — o 499P se mantenha “pregado” ao asfalto.

É importante lembrar que, pelas regras da categoria Hypercar, as equipes podem utilizar apenas uma peça aerodinâmica móvel no carro. A Ferrari optou por concentrar essa liberdade na asa traseira principal — deixando as demais superfícies completamente passivas. Isso exigiu um projeto extremamente refinado, em que cada curva do carro, cada entrada de ar, cada defletor, precisava funcionar de maneira harmoniosa e eficiente. Mesmo o motor V-6, trouxe grandes vantagens aerodinâmicas, pelo seu ângulo de 120º entre as bancadas e com as turbinas ali posicionadas — o chamado ‘hot V’ —, que permite aproveitar mais a largura do carro e ter liberdade para explorar o assoalho como elemento aerodinâmico.

A Ferrari aplicou essa solução com maestria: não como tentativa desesperada de gerar downforce extra, mas como um refinamento de equilíbrio aerodinâmico. E a importância dessa escolha fica ainda mais evidente quando comparamos com a abordagem do Peugeot 9X8. A fabricante francesa, em sua primeira versão do carro, apostou fortemente no efeito solo, sem asa traseira tradicional, usando apenas apêndices e o assoalho para gerar sustentação negativa. No entanto, o conceito acabou se mostrando incapaz de gerar desempenho consistente, levando a Peugeot a reformular seu carro para uma solução mais convencional.

Clique nas fotos com o botão esquerdo do mouse para ampliá-las e ler as legendas

O sucesso do 499P, portanto, não vem apenas de escolhas ousadas, mas da capacidade de integrá-las de forma coesa e eficaz. Isso fica claro pelos resultados no Catar, como citei no começo do texto, o bicampeonato de Le Mans, e o bom desempenho em Austin e Spa-Francorchamps. O compromisso apareceu com resultados mais tímidos em Interlagos, Bahrain e Fuji.

O peso do BoP: mais um desafio

Em meio ao sucesso do 499P, é importante lembrar que o Mundial de Endurance utiliza o Balance of Performance (BoP) para tentar equilibrar o desempenho entre os diferentes protótipos. O BoP trabalha em alguns pilares, como peso, potência do KERS antes e depois de 250 km/h, velocidade mínima de ativação do KERS, e um semelhante de capacidade de tanque, com a energia máxima por stint — algoritmo de cálculo de torque máximo despejado entre paradas no box para reabastecimento e pneus. Essa necessidade de se manter competitivo dentro de margens variáveis de desempenho reforça ainda mais o valor do trabalho técnico da Scuderia. Ao construir um protótipo com janela de operação estável — tanto mecânica quanto aerodinâmica —, a equipe conseguiu absorver as penalizações do BoP sem perder consistência de ritmo ao longo das corridas. Veja neste documento um exemplo mais recente de como os parâmetros são aplicados.

A capacidade de adaptação ao BoP, sem comprometer a eficiência do conjunto, é mais uma prova de que o sucesso do 499P não se baseia apenas em velocidade bruta, mas na qualidade de todo o projeto e no entendimento profundo dos seus limites.

O Ferrari 499P no entardecer de Lusail, Catar. (Foto: Ferrari/Divulgação)

A engenharia por trás dos resultados

O 499P é um exemplo claro de como soluções bem integradas podem gerar um carro competitivo em todos os aspectos: potência, eficiência aerodinâmica, tração e confiabilidade. Ao desenvolver seu próprio chassi, motor e sistema híbrido, a Ferrari teve liberdade para construir um protótipo equilibrado e adaptável — essencial para enfrentar os desafios variados do calendário do WEC.

Sem recorrer a excessos ou fórmulas milagrosas, o projeto foi moldado por escolhas técnicas sólidas, guiadas por dados e pela experiência acumulada em décadas de corridas de longa duração. O resultado é um carro que não impressiona apenas pelos resultados em Le Mans ou no Catar, mas pelo nível de refinamento em cada detalhe. Para quem gosta de engenharia aplicada ao limite, o 499P é, no mínimo, um estudo digno de atenção.

Além disso, ver grandes fabricantes de automóveis engajadas com a competição em Le Mans é algo que sempre divertirá os entusiastas e engrandecerá a indústria automobilística.

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