Tornar mais leve algo que já é muito leve parece ser obsessão, mas é tecnologia interessante. A Caterham, detentora dos direitos sobre o Lotus Seven, a mais famosa e imortal criação de Colin Chapman, se associou à empresa Reynolds Cycle Technology, fundada em 1889, para usar tubos com maior espessura nas pontas e menor ao longo do comprimento, com variação progressiva.
Essa configuração atende os esforços típicos, que são maiores nas uniões entre um tubo e outro, e menores no centro do comprimento. A resistência às forças são inalteradas, e alguns tubos ficam 50% mais leves dessa forma.
A Reynolds é um fabricante de quadros e outros componentes de bicicleta, que são exatamente a mesma coisa que qualquer chassi tubular usados em automóveis, bugues sem carroceria (apelidados de gaiolas) e qualquer outra estrutura de veículo, seja com ou sem motor feita de tubos soldados uns aos outros.
A técnica se chama em inglês butted tubing, e é feita por mandrilagem (também chamada às vezes de mandrilamento) em prensagem e rolamento. O peso do chassi completo do Seven ficou 10% abaixo do usado hoje, ainda podendo ser mais desenvolvido para melhorar essa vantagem. O primeiro protótipo foi feito em aço, o pior caso no que se refere a peso, mas ligas mais leves serão trabalhadas em seguida. A Reynolds trabalha com aço, aço inoxidável, magnésio, alumínio e titânio em suas bicicletas, e o Seven poderá se beneficiar dessas especialidades no futuro.
O custo adicional deve ser entre 1.000 e 2.000 libras esterlinas (R$ 5 a 10 mil) quando estiver em produção. Barato quando se precisa atender à paixão pelo baixo peso.
JJ