Nismo é como ficou conhecido o braço esportivo e de competição da Nissan Motorsport. Criada em 1984, nessa divisão os engenheiros melhoram o desempenho dos carros de série, alterando suspensão, motor, freios, aerodinâmica e todos os demais componentes que podem fazer um modelo ficar mais esportivo.
A reprodução de algumas peças para carros das primeiras gerações da Nismo agora está sendo feita em impressoras 3D, graças à união de esforços entre a Solize Corporation e a HP, que encontraram um modo inovador de reduzir, reutilizar e reciclar.
A produção sob demanda abrange peças de reposição fora de linha para o programa Nismo Heritage Parts, da Nissan. Após trabalhar com a Nissan para identificar as peças ideais para produção em 3D, a Solize e a HP — que fornece a plataforma Multi Jet Fusion — escolheram o primeiro item para restauração por meio da impressão: é uma proteção plástica para o R32 Nissan Skyline GT-R produzido entre1989 e 1994 (foto de abertura)
A Solize tem mais de 30 anos de experiência e vem aprimorando sua tecnologia desde que implantou as impressoras 3D pela primeira vez no Japão. Para facilitar reparos e substituição de peças, os fabricantes de automóveis devem fornecer componentes de reposição durante muito tempo. Produzir ou estocar itens para veículos descontinuados é difícil e caro, uma vez que os fabricantes precisam guardar os moldes e gerenciar o estoque e a logística do inventário.
A manufatura digital e a impressão 3D possibilitam a flexibilidade de projeto e a produção 3D em tempo para a criação de um inventário virtual que atenda à demanda por peças complexas. Além disso, a produção 3D contribui para a redução de resíduos e emissões de dióxido de carbono industriais em todo o ciclo de vida do produto.
Quem trabalhou muitos anos na Nismo foi o engenheiro brasileiro Ricardo Divila, falecido há menos de um ano (leia matéria).
AB