Se o futuro é elétrico, que não se perca a empolgação ao dirigir. É o que a marca Alpine da Renault parece ter pensado com o A110 E-Ternité, um carro-conceito elétrico que se baseia no A110 de produção. O nome vem de éternité, eternidade em francês, com o “e” separado para destacar o uso de eletricidade. “Quero eletrificar a Alpine para que ela se insira na eternidade”, disse o italiano Luca de Meo pouco após sua chegada ao Renault Group.
O estudo comemora os 60 anos do A110 original, que derivou do A108,, de 1958. modelo produzido também pela Willys-Overland do Brasil sob licença, com o nome de Interlagos, de 1962 a 1966. O A110 chegou a ser fabricado aqui, como Willys Mark I, mas ao contrário do Interlagos não chegou a ser produzido em série, tendo sido fabricadas apenas três unidades para competição.
O interior do A110 E-Ternité usa o tablet pessoal do motorista como central multimídia, com sistema operacional Android, da Google. O teto conversível foi adotado para vivenciar o silêncio da motorização elétrica. O motor é menos potente que no carro de série (242 cv em vez de 300 cv), mas seu torque de 30,6 m·kgf está disponível em toda a faixa. A Renault anuncia velocidade máxima de 250 km/h (ante 280 do carro de linha) e 0-100 km/h em 4,5 segundos (4,2 s no modelo à venda).
O A110 E-Ternité usa módulos de baterias idênticos aos do Mégane E-Tech, mas com nova arquitetura interna: são quatro módulos na frente e oito na traseira para chegar à distribuição de peso 43/57% dianteira/traseira . O peso total do carro aumentou apenas 258 kg graças ao peso contido do conjunto de baterias (392 kg). O câmbio de dupla embreagem do A110 de série foi mantido. O esportivo tem alcance de 420 km pelo método WLTP.
FS