Dia 13 último o Campo de Provas da Cruz Alta, da General Motors do Brasil, em Indaiatuba (SP), 110 km a noroeste de São Paulo, completou 40 anos. O nome Cruz Alta refere-se à fazenda que existia na área. Pioneiro da indústria automobilística brasileira, é o maior do Hemisfério Sul e dos mais modernos do mundo. Conta com 16 tipos de pista de teste e sete laboratórios tecnológicos.
Atualmente é chefiado pelo engenheiro Luciano Santos, que comanda mais de 600 funcionários entre engenheiros, mecânicos e motoristas de teste. Segundo Luciano, campos de prova como este conseguem em seis meses simular o desgaste de um automóvel em 10 anos de uso normal no trânsito.
O “parque de diversões de adultos”, como muitos chamam o complexo, eu inclusive, tem na pista circular seu maior destaque. Num círculo de 4,3 quilômetros com superelevação de até 56%, pode-se “brincar” da andar em altas velocidades, até 280 km/h, com total segurança. Mas acima de 160 km/h já é necessário esterçar continuamente, o que impede que o veículo atinja a velocidade de que é capaz, além “comer pneu” acentuadamente.
A 160 km/h força centrífuga e peso se anulam e pode-se tirar as mãos do volante que o carro anda até acabar o combustível sem “perder a reta” — e sem precisar acelerar, se eventual controle de velocidade de cruzeiro estiver ativo. É como se fosse um avião efetuado uma curva de 360°.
BS