Motor turbo de 4 cilindros é proposta para a copa alemã. Base é o regulamento do SuperGT 300 japonês. Programa 2018 inclui Le Mans
Apesar de alinhada com os grupos Daimler e VW para apoiar a F-E (categoria de carros elétricos), a BMW dá mostras de não abandonar o barco da DTM ou tampouco interromper o programa do Campeonato Mundial de Resistência, o WEC. Dias depois que Jens Marquardt, o diretor de competições da casa de Munique, anunciou sua estratégia para salvar a série alemã, a marca bávara apresentou o modelo M8 GTE, cupê projetado para disputar o Campeonato Mundial de Resistência e outras séries internacionais da categoria GT3.
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A julgar pela proposta que Marquardt lançou para reviver o DTM – o antigo Campeonato Alemão de Carros de Turismo, Deutsche Tourenwagen Meisterschaft, até 1996, atualmente Copa Alemã de Carros de Turismo, Deutsche Tourenwagen Masters, começando em 2000, e que no ano que vem perde a presença da Mercedes — nas pistas alemãs o novo M8 GTE será visto apenas no ADAC GT Masters, copa promovida pelo Automóvel Clube da Alemanha.
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Tal certame é aberto a carros como Audi R8 LMS, Corvette C7 GTR, Lamborghini Huracán, Mercedes-AMG GT3, Nissan GT-R Nismo GT3 e Porsche GT3 R. Como seria bom se o congênere brasileiro dessa associação, a Confederação Brasileira de Automobilismo, fizesse algo semelhante e apropriado à realidade do País.
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Marquardt está em sérias negociações com Gerhard Berger, executivo líder do ITR, promotor da DTM, e com outros construtores, para desenvolver uma solução que mantenha sua atratividade para o público, para o esporte e para a própria indústria automobilística.
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A base dessa proposta é utilizar um motor de quatro cilindros turbo e com amplas restrições para modificar a aerodinâmica original das carrocerias original. “Isto abriria as portas para um regulamento que chamamos de “Classe 1”, baseado nas normas técnicas já usadas no Campeonato Japonês de Super GT.“
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A BMW já participa do campeonato nipônico na classe GT 300, que tem custos de preparação e manutenção mais baixos, em torno de US$ 3 milhões por temporada, drasticamente inferiores aos da classe GT 500, dominada por verdadeiros protótipos construídos à imagem e mera semelhança aos Honda NSX, Lexus LC-500 e Nissan GT-R. Uso de lastro e restritor de admissão de ar ao motor são ferramentas usadas para equilibrar o desempenho de modelos tão variados quanto Audi R8 LMS, Corvette C7 GTR Lamborghini Huracán, Mercedes AMG GT3, Nissan GT-R Nismo GT3, Porsche GT3 R e até mesmo um Lotus Evora MC. Isso deixa claro que a globalização não poupou a categoria e explica melhor a estratégia de Marquardt, que completa: “Este conceito traria segurança ao futuro do DTM e amplia seu apelo internacional. Ficaríamos contentes se outros construtores seguissem essa proposta e aderissem à DTM”.
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