Ferrari e Lamborghini são as mais visadas neste apelo do governo italiano à União Europeia para manterem seus sonoros motores após 2035, o ano em que, supostamente, deixará de ser possível vender automóveis novos na Europa com motores a combustão. Na foto de abertura, os Ferrari SF90 Stradale.
Autoridades italianas dizem que marcas como Ferrari e Lamborghini devem ser protegidas, pois seus volumes de produção são muito baixos e justificariam um regime de exceção. Roberto Cingolani, ministro da transição ecológica, defende regime de exceção para as principais marcas, no caso, Ferrari e Lamborghini.
O volume de vendas desses fabricantes é baixo e seus modelos não afetariam a média europeia de emissões, argumentam. A Ferrari e a Lamborghini venderam juntas pouco mais de 15 mil veículos em 2020, sendo construtores de nicho.
A Itália é seguida também por Alemanha e França, que pedem revisão nesta determinação. A Alemanha deixa claro que a aposta para o futuro não pode estar numa só tecnologia, e exclusivamente nos elétricos. A França apoia a redução de 55% nas emissões de gases poluentes para 2030, mas pede regras diferentes para os veículos híbridos recarregáveis (PHEV).
Apesar das conversações que correm entre o governo italiano e a União Europeia, tanto a Ferrari quanto a Lamborghini já anunciaram planos para lançar veículos elétricos. A Ferrari apontou 2025 como o ano em que apresentará o seu primeiro carro 100% elétrico e a Lamborghini planeja lançar um GT 2+2 totalmente elétrico entre 2025 e 2030.
AB