A Redwood reduz as baterias em fim de vida a seus metais básicos, como níquel, cobre, cobalto e lítio. Em seguida, reconstrói esses metais em produtos de cátodo e anodo, os componentes mais críticos e caros de um veículo elétrico.
A Redwood Materials planeja gastar US$ 3,5 bilhões na construção de uma fábrica nas cercanias de Charleston, na Carolina do Sul, EUA que irá reciclar baterias velhas para os materiais críticos a serem usados em novas baterias para veículos elétricos (BEV).
A construção do centro de reciclagem começará no primeiro trimestre de 2023 e a reciclagem deve começar até o final do ano, dizem executivos da Redwood Materials. O fundador da empresa, J.B. Straubel (foto) foi diretor de tecnologia da Tesla até 2019 e é creditado por ajudar a orientar o desenvolvimento da principal tecnologia do fabricante de BEVs.
Como a primeira fábrica da Redwood perto da Gigafactory da Tesla nos arredores de Reno, no estado de Nevada, a operação de Carolina do Sul não usará combustível fóssil em seus processos industriais, diz a empresa.
A Redwood diz que suas operações combinam reciclagem, refino e remanufatura para produzir e devolver materiais de bateria para fabricantes de bateria dos EUA, pegando baterias em fim de vida e decompondo-as em seus metais básicos, como níquel, cobre, cobalto e lítio. Em seguida, reconstrói esses metais em produtos de cátodo e anodo, os componentes mais críticos e caros de um BEV.
O campus que a Redwood planeja construir perto de Charleston criará mais de 1.500 empregos e produzirá 100 GW·h de componentes de cátodo e anodo por ano — o suficiente para proporcionar energia elétrica para mais de 1 milhão de veículos elétricos. O local também oferece a oportunidade de atender à demanda futura, expandindo as operações para potencialmente várias centenas de GW·h anualmente.
Produzir componentes críticos de baterias nos EUA e garantir que esses materiais sejam reciclados é a única maneira de reduzir custos, emissões e riscos geopolíticos, ao mesmo tempo em que atende à demanda de baterias e eletrificação dos EUA, diz a Redwood em seu site.
Atualmente, os componentes de anodo e cátodo necessários para as baterias são adquiridos por meio de uma cadeia de suprimentos global que levará os fabricantes de baterias dos EUA a gastar mais de US$ 150 bilhões no exterior com esses componentes até 2030, diz a empresa.
Enquanto isso, um corredor de fabricação que se estende de Michigan à Geórgia está se tornando o “Cinturão de Baterias” da América, onde centenas de GW··h/ano em capacidade de produção de baterias serão construídas e começarão a operar entre agora e 2030.
Os parceiros da Redwood incluem Toyota, Volvo, Envision AESC e Panasonic, que em novembro assinaram um acordo com a Redwood para comprar material catódico para as fábricas de baterias da Panasonic nos Estados Unidos, diz a Redwood.
A empresa diz também que as disposições da Lei de Redução da Inflação e a localização estratégica da empresa na Carolina do Sul oferecem a oportunidade de investir mais em casa, enquanto potencialmente exportarão componentes no futuro, posicionando os EUA como líderes globais nessa atividade de fabricação.
AE