A quinta vitória de Max Verstappen na atual temporada (foto de abertura) e o segundo lugar de Lando Norris no GP da Emilia-Romagna marcaram o fim de semana do automobilismo internacional. Esses assuntos, porém, foram diluídos nas conversas de quem viajou do Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Imola, rumo ao circuito de rua mais famoso do mundo, em Monte Carlo. A maneira mais prática de ir de um lugar a outro é por via rodoviária: a distância de 500 quilômetros pode ser percorrida em pouco menos de seis horas por belas estradas; esta semana boa parte do circo da F-1 usa essa opção para chegar ao local da oitava etapa do campeonato, que prossegue domingo.
O tema mais comentado, certamente, foi a visita do primeiro-ministro da Tailândia, Srettha Thavisin, ao paddock de Imola, onde se reuniu com Stefano Domenicali e outros executivos da F-1 para discutir a possibilidade de um GP nas ruas de Bangkok.
O assunto ganha importância em função da necessidade de a categoria ter um segundo evento no sudeste asiático e o fato de a Red Bull, um dos principais investidores no esporte, ter origem nesse país altamente dependente do turismo. Em suas redes sociais, Thavisin foi claro ao justificar sua presença no autódromo italiano: “Em linha com a intenção do governo tailandês de trazer as corridas de F-1 para a Tailândia num futuro próximo, visitei o Autódromo Enzo e Dino Ferrari e conversei com executivos do Grupo de Fórmula 1. Isto ressoa com a nossa política de colocar a Tailândia no radar global para eventos e atividades internacionais.”
A Tailândia não tem um autódromo em condições de receber a F-1 e a solução mais viável para realizar uma corrida seria um circuito de rua em Bangkok. Contribuem para isso a ampla estrutura turística local, incluindo um dos maiores aeroportos internacionais da região. O trânsito intenso de Bangkok, cidade com índices de população e área semelhantes a São Paulo, porém, seria prejudicado pela interdição de uma área significativa da metrópole, que ocupa uma área de 1,568 km2. Outros dois tópicos com potencial de gerar cliques na internet é a definição do novo Acordo de Concórdia e da saída de Pat Symonds da FIA.
O primeiro item refere-se ao documento que gere as obrigações e direitos das equipes e dos promotores da F-1, incluindo os valores dos prêmios e bônus que são pagos aos times. Historicamente a Ferrari recebe uma compensação extra por causa de sua imagem e tradição na categoria. Pelo acordo que está sendo formado, a Scuderia de Maranello já entendeu que essa receita será reduzida. Por outro lado, Mohammed bin Sulayem, o presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA), já deixou claro que espera uma participação maior nos lucros da categoria.
Como se não bastassem as recentes mudanças de pilotos e técnicos, nos últimos dias mais dois nomes anunciaram novos caminhos. O inglês Pat Symonds, que trabalhou com Ayrton Senna na Toleman, anunciou que vai deixar o cargo de diretor técnico da FIA, posição que ocupava desde 2017. Por seu lado, o italiano Gioacchino Vino, diretor de aerodinâmica da Mercedes, entrou em período sabático no último fim de semana. Ele ainda não anunciou seus planos futuros, mas quase ninguém acredita que ele está se despedindo da F-1.
O resultado completo do GP da Emilia-Romagna você encontra aqui.
WG
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