Domingo passado, na sua coluna, o editor-chefe do AE Bob Sharp escreveu sobre o Adas. Toco no mesmo assunto sob outra ótica. É fato incontestável que os carros atualmente estão muito mais seguros do que há 20, 10 anos. As evoluções estruturais e de tecnologia são perceptíveis e ajudaram a salvar muitas vidas nesses últimos tempos. Como parte dessa evolução temos um conjunto de recursos de segurança ativa que fazem parte do que chamamos de Adas, uma sigla que está cada vez mais presente no mercado automobilístico.
A sigla Adas significa Advanced Driver Assistance Systems, que na tradução livre é Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista. Carros dotados desses sistemas apresentam um nível de segurança mais alto, com componentes tecnológicos que influenciam diretamente na maneira como o condutor utiliza seu veículo. Entre outras palavras: elas podem salvá-lo.

Não foi difícil ver ao longo da minha trajetória no jornalismo automobilístico pessoas relutantes quanto à importância do Adas. São os mesmos que dizem, vez ou outra, que os carros antigos são mais seguros apenas pelo simples fato de, em colisões, manterem sua carroceria com menos deformações e estragos em relação aos atuais modelos. São os engenheiros de teclado, parentes dos pilotos de teclado e dos técnicos de futebol virtuais.
Assistentes avançados como o alerta de colisão dianteira, frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, alerta de ponto cego e outros ajudam a evitar acidentes. Volta e meia ouço alguém dizer que “está cada vez mais chato dirigir”. Invariavelmente penso agora que ele percebeu isso ou é somente um hater?.
Não, não está mais chato dirigir. Está mais seguro e adequado para que quem gosta de se divertir, e o faça com mais tranquilidade. Um comentário como esse só expõe o quão desinformadas podem estar as pessoas, não importando seu nível social ou de escolaridade. Certamente, tal comentário foi feito por meio de um smartphone, sucessor dos antigos celulares e telefones de outrora.
Assim como hoje não conseguimos viver sem nossos smartphones, ultratecnológicos e conectados, com telas de resolução absurda e construção cada vez mais leve e bem pensada, os carros com Adas vieram para ficar e tornar nossas vidas mais seguras e agradáveis.
Gosto muito de utilizar como exemplo o novo Ford Mustang GT Performance. Um carro que consegue ser visceral, extremamente divertido, intimidante, sensorial e tem, ao mesmo tempo, todo o aparato tecnológico para não deixar que você se envolva em um acidente. Quem já dirigiu um Mustang sabe bem do que estou falando. Os 488 cv e 58 m·kgf, somados a uma tração traseira absolutamente insinuante e bem pensada, são o convite certo para se fugir da “chatice”.
O Adas desse Mustang, aliás, é muito bem calibrado para o Brasil e tem no alerta de ponto cego, em especial, um grande aliado para transformar o Muscle Car num perfeito “Daily Car”.
Admita: você não consegue mais voltar a ter um celular como um mero instrumento de comunicação. Hoje o smartphone é um hub de entretenimento, informação e até financeiro. Seu carro não será mais como antes. Ele também estará conectado e, hoje, pensa muito na sua segurança. Mais até do que você mesmo.
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