A Mercedes-Benz desenvolveu mais de 30 veículos para testes de segurança a partir dos anos 1970. Era o início do programa ESF, em alemão Experimental-Sicherheits-Fahrzeuge, ou em inglês ESV, sigla para Experimental Safety Vehicles, que em português são os Veículos Experimentais de Segurança. Apresentações feitas, vamos à comemoração dos 50 anos do ESF 05. Um dos modelos Mercedes-Benz ESF 05 pode ser visitado no Museu Mercedes-Benz, que está localizado em Stuttgart, na Alemanha.
O ESF 05 foi apresentado como parte da segunda Conferência ESV realizada em Sindelfingen, na Alemanha, de 26 a 29 de outubro de 1971. O veículo foi baseado no sedã da série W114 (Stroke 8), de tamanho médio. O ESF 05 antecipou inúmeras inovações para segurança ativa e passiva, algumas das quais não atingiriam a maturidade de produção até anos mais tarde. Foram incluídos no automóvel o sistema de freio antitravamento (ABS), bolsas infláveis dianteiras e traseiras e o tensionador dos cintos de segurança. Na foto de abertura, flagrante dos testes de impacto. Notar as diversas câmeras filmadoras, inclusive à esquerda, ao fundo.
Medidas também foram implementadas para atender aos requisitos contra impactos. A estrutura da carroceria do veículo foi reforçada na frente e nas laterais. Ele também tinha distância entre eixos estendida em 100 milímetros, extremidade dianteira estendida em 370 milímetros, motor V-6 experimental para ganhar espaço para deformações, painel com elemento de folha de metal, que absorvia o impacto na área do passageiro dianteiro e um enchimento de espuma de poliuretano em vários locais que poderiam ser atingidos.
Desde 21 de janeiro de 1974, passou a ser obrigatória a instalação de cintos de segurança em novos veículos na Alemanha, e o cinto retrátil de três pontos operado por uma só mão logo se popularizou, aumentando a segurança consideravelmente. Os engenheiros de segurança da Mercedes-Benz reconheceram logo que a segurança poderia ser melhorada ainda mais.
O resultado foi o sistema apresentado no final de 1980, no lado do motorista, a bolsa inflável. É o que complementa o cinto de segurança, enquanto no banco do passageiro, o papel é realizado pelo tensor do cinto. Esses dois componentes trabalham juntos com eficiência em colisões frontais severas. Além de apoiar o torso, a bolsa inflável também apoia a cabeça e o pescoço e reduz o contato com o volante, no caso de quem dirige. Para o passageiro o cinto e os tensionadores refreiam o torso.
Já em 1984, o tensor do cinto de segurança tornou-se equipamento de série para os dois bancos dianteiros nos automóveis Mercedes-Benz. O tensor do cinto é disparado simultaneamente com a bolsa inflável e também usa o equipamento pirotécnico. A carga de propelente garante que o cinto automático de três pontos seja apertado em poucos milésimos de segundo. Tanto o motorista como o passageiro da frente permanecem firmemente presos aos seus bancos.
Em setembro de 1987 a marca apresentou a bolsa inflável para o passageiro dianteiro. As ideias oriundas no ESF 05 continuavam sendo aproveitadas anos depois.
Nota: Matéria escrita a partir de pesquisa da Mercedes-Benz
AB