A Ford lançou um motor tricilindro de 1 litro que é uma pequena maravilha. Essa obra estreia no Puma ST Powershift (foto acima), versão hot hatch do baby crossover baseado no Ford Fiesta. Ele desenvolve 170 cv com torque de 25,2 m·kgf e é de apenas 1 litro. Iguala a densidade de potência do BMW M3 Competition 3-litros de seis cilindros em linha. Um número impressionante, especialmente para um carro desses.
Não é a maior densidade de potência num tricilindro, já que o Toyota GR Corolla extrai 304 cv de seu 1,6 litro. portanto 190 cv/l. Mesmo assim, este 1-litro EcoBoost está nas alturas quando o assunto é densidade de potência.
O EcoBoost 1-litro estreou sem alarde em 2012, inicialmente com 125 cv, no Fiesta SFE de mercado americano, modelo que foi descontinuado há tempo. Mas agora existe o 1,5-litro tricilindro de 182 cv no Escape e no Bronco, enquanto o Fiesta ST e o Puma ST normal estão com o 1,5-litro tricilindro de 200 cv.
Para o Puma ST Powershift, apresentado no início de março, o 1-litro está associado ao câmbio robotizado 7-marchas de duas embreagens e a Ford declara o 0 a 100 km/h em 7,4 segundos. Nada excepcional pelos padrões de hoje, mas, de novo, é preciso lembrar que se trata de um carro com motor de 1 litro. Essa potência é aumentada em 10 cv em certas condições por um sistema híbrido leve com motor de partida-gerador de 48 volts que ajuda nas acelerações e retomadas.
O sistema híbrido leve talvez o torne muito complexo, mas adoraríamos ver a Ford vendê-lo encaixotado como peça. Imagine o minúsculo e girador tricilindro num Caterham ou num monoposto. Ficaria ótimo,
Ficamos surpresos com o fato de o carro não chamar a atenção da imprensa. Como não o teremos aqui nos EUA, faz sentido as publicações daqui não terem falado dele, mas mesmo mundo afora ele não repercutiu tanto. A Ford deveria divulgar mais intensamente esta notável realização: 170 cv extraídos de apenas 1 litro mostra como a tecnologia do motor de combustão interna evoluiu.
RM
Matéria publicada no site da revista Road & Track ontem, autor Chris Perkins, editor sênior
Tradução AE/Bob Sharp