Apresento mais um causo do Livro “EU AMO FUSCA II – Uma coletânea de causos de felizes proprietários de Fusca”, desta feita um bem-humorado causo ocorrido em Minas Gerais sobre uma tentativa desastrada de pegar uma carona num Fusca, contada com a verve mineira por Tito Carlini, que enviou sua mensagem para complementar seu causo do ponto de vista de hoje. No READER’S CORNER, a história do apelido do Fusca da Clara Marques que sofreu uma pegadinha feita por um bando de pássaros.
Prontos para umas boas risadas?
NEGÓCIO É NEGÓCIO
Por Tito Carlini
— Num entra aí não, qui ocê num sai!…”
De nada adiantou o exasperado apelo do dono. O Dito Leitão, mais teimoso que mula varadeira, forçou tanto que acabou refestelado no banco traseiro do “carro novo” do João Aparecido.
O carrinho gemeu agoniado com tamanho peso e abriu as rodas traseiras no sentido da cambagem, como todo bom Volkswagen. E, como explicou depois o Raimundo, com a autoridade e a sapiência do maior consertador de carroças do lugar: “Antes, tava de ansim, aí ficô de ansim, enviesado. O estranho é qui eu espiei por riba e por debaixo e não vi eixo nenhum, acho que quebrou e enfiô lá prá dentro”.
Era um Volkswagen sedan 1200, de 1954, alemão da gema, já bastante surrado, nascido cinza-claro, agora mais para marrom por obra do barro das estradas e do sol impiedoso, que o João tinha acabado de negociar na cidade, na troca por uma parelha de bois de tração e que vinha orgulhosamente mostrar aos amigos em frente à venda do Chico Barbino, no Porto Sapucaí.
Com a segurança de quem sabe das coisas, o João Aparecido ia mostrando os detalhes do excepcional “artomóve” aos compadres, todos muito atentos e silenciosos, misto de curiosidade e descrença com a mais nova bravata do João.
A cultura automobilística do brasileiro à época — isso se passou em 1963 — ainda estava muito presa ao conceito americano: carrões enormes, muita lata, muito peso, pouca economia e, nas roças, o jipe ainda era o rei, assim que o Volkswagen, um carro esquisito, “redondo qui nem ovo”, com motor no porta-malas e porta-malas no lugar do motor, só poderia mesmo causar a maior desconfiança no povo.
E, como sempre acontecia, o João chamava para si a atenção da seleta plateia: estavam lá, dentre outros, o Seu Pedro Neco, dono de umas terrinhas lá pros lados do Timburé, o Onofrinho Chagas, “compradô de galinha”, o Zé Lúcio, o João Pinto, camarada do Dr. Fernando, o Dito da Iolanda, mestre pedreiro, o Sarvadô da Lurdes, o Ciro, que morava pras outras bandas do rio, o Pedro Emborná, guarda-trilhos da estrada de ferro, o Vito Marreco e os meninos Ângelo e Astorfo, que pararam de jogar malha no leito da estrada velha e foram engrossar o grupo de curiosos, em volta do assustado carrinho.
Tirando os exageros da oratória do inflamado novo proprietário do “automóvel mais rápido do mundo”, não se ouvia qualquer outro comentário dos presentes, cumplicidade surda do silêncio, quebrada apenas pelo raspar paciente das palhas e do bom fumo na enrolação e acendimento dum cigarrinho novo, às vezes, pelo cruzar de pernas daqueles sentados no tronco de óleo de copaíba que servia de banco na porta da venda, ou pelo ranger do solado das botinas novas dos que pisavam o chão de tábua corrida do estabelecimento.
Fim de tarde, mais um dia de trabalho pesado nas roças e nos retiros das vizinhanças, nada melhor que a antiga venda do Chico Barbino para relaxar. Ponto de encontro para uma boa prosa entre os moradores da região, a venda nessa época já não era mais do meu tio Francisco Olyntho Pereira, o “Barbino” por conta de seu pai, meu avô Francisco Balbino Pereira, proprietário da Fazenda Camboré, negociante de gado, dono de máquina de arroz e grande incentivador, no passado, do progresso do lugarejo.
Confraria formada por pequenos proprietários, retireiros, lavradores, alguns pescadores — que nessa época ainda dava muito dourado no Sapucaí — que vinham, alguns em busca de mantimentos e encomendas, outros, na tentativa de fazer negócios e barganhas, outros ainda para tomar uns tragos, como era o caso do “Dois a Zero”, marido da Gerarda e que vivia encharcado na melhor cachaça do lugar — a “Saudade”.
Ainda me lembro do meu irmão Antônio Carlos ironizando o Tião Pinto, nosso camarada, que também não dispensava uns copinhos de vez em quando: “Oh, Saudade, hein Tião!?”
Cavalos sonolentos amarrados à sombra das paineiras, o silêncio da tarde quebrado, vez ou outra, por cacarejares distantes de galos índios a anunciar seus domínios, e pelo mugir preocupado de alguma vaca parideira em busca de seu bezerro no prenúncio da noite, em meio à algazarra das siriemas nos sapezais.
Eram muitas as permutas e pouco envolvimento de moeda verdadeira, negócios com capados, galinhas, garrotes, feijão, milho ou queijos, de vez em quando acompanhadas por um bom trago de Saudade — pra molhar a goela – como se dizia.
A grande maioria dos frequentadores da venda, entretanto, cúmplices da monotonia da tarde, quase sempre constituída pelos bons ouvintes: aqueles que chegavam de mansinho, tomavam assento num canto qualquer, no improviso de um caixote vazio em meio às pilhas de bacias zincadas, chaleiras esmaltadas, urinóis, cordas e lampiões a querosene, chapéu suado na testa, no máximo um isolado “boa tarde, cumpadre” mais pelo simples prazer da boa prosa com os conhecidos, a saber das novidades, principalmente daqueles que vinham, ou de Santa Rita, ou de Pouso Alegre, ou ainda das bandas do Pouso do Campo ou do Abertão, em comum a velha camaradagem, característica dos caboclos da região.
E o João Aparecido embalado: “Carro bão taí, o nome eu não sei falá não, qui é meio cumplicado, mas disse que é alemão, valente qui nem o jipe do Luiz Roberto e nem bebe água”.
Em 1963 a luz elétrica ainda não havia chegado nas roças com essa fartura que se vê hoje, e o Porto Sapucaí, como todo bairro rural de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, ainda guardava suas antigas tradições, da época áurea em que por ali faziam escala os vapores que navegavam pelo Rio Sapucaí Guaçu.
A antiga estação da Estrada de Ferro Sul Mineira, depois Rede Mineira de Viação, construída pelos ingleses em terreno doado pelo meu avô Francisco Balbino, no início do século, em pinho de Riga, ainda se conservava de pé, imponente e austera, lembrando suas origens. Nessa época ainda se viam as marias-fumaças vaporejando pelos já desgastados trilhos de bitola estreita, substituídas gradativamente pelas diesel-elétricas vermelhas, deslocadas da Rede Ferroviária Federal.
Foi quando o João explicou, repetindo as palavras do antigo dono do carro, que o “cocho” atrás do banco traseiro servia pra levar a cachorrada: disse que é o “porta-cachorro” e, o Dito Leitão, muito xereta, quis conferir pra ver se caberia um bezerro também e se enfiou entre o batente da porta e o banco do acompanhante.
Acontece que o Dito, filho do Zeca Celestino, estava pesando bem uns 180 quilos, longe do biótipo ideal dos caboclos da região e a meticulosa engenharia alemã, que calculara tão bem a ampla possibilidade de acesso de pessoas normais e bagagens à parte de trás do carro, com a dupla articulação do banco dianteiro, não previu que o Tião da Dorinha, aquele conceituado ferreiro da rua do Queima, lá na cidade, convocado a consertar o fundo podre do VW, que já não suportava o banco, fizera um serviço genial: soldou tudo, uma chapa nova como assoalho, assento, encosto e articulações, na garantia que nunca mais iria dar problema:
— Se esse banco sair do lugar eu dou minha mão à palmatória!
Como dizia antiga propaganda, entrar num VW é fácil, difícil é sair dele. E, literalmente, foi o que aconteceu: o Dito Leitão “entalou” no carro. E não adiantava empurrar o banco da frente que o serviço do Tião da Dorinha era garantido, só se arrancasse o fundo novamente. E olha que ele aproveitou uma chapa de betoneira velha que estava abandonada na oficina, devia ter pelo menos uns quatro milímetros de espessura…
E tome que puxa daqui, empurra de lá e o homem nada, nem dava pega de tão gordo, nem “aluiu” — como comentou o Valdo. E não foi por falta de esforço próprio, que o coitado bem que tentou. O problema era questão de jeito: não dava para desdobrar as pernas, não dava firmeza. E nessas horas não faltam os palpiteiros, aqueles que, chegar perto não chegavam, mas tinham a solução: “Passa um laço nele e amarra!”
Um até vaticinou: “Junta umas páia de pinhêro e bota fogo no banco que ele sarta logo daí, qui nem leitão sapecado!” E o que é pior: falou sério…
“— Quebra o vidro”
“— Corta a capota”
“— Vira o carro”
“— Passa sebo no homem”
“— Chucha ele na espora”
“— Joga no rio que o Dito boia e sai pela jinela”
E outras barbaridades mais em técnicas de salvamento.
E o João Aparecido, agora já arrependido de querer aparecer: “No meu artomóve ninguém vai botá mão não, qui foi um negócio muito custoso. Me custou os dois boi de carro…” Tá certo, afinal de contas ele tinha que defender o patrimônio. O problema do Dito Leitão era secundário…
E o Dito, coitado, cada vez mais apavorado com as ideias absurdas dos bombeiros improvisados, suava gelado, tentando de tudo que é jeito escapar: espremia, fazia força e, nada. Disseram alguns até que ele tinha se borrado nas calças, para piorar ainda mais o quadro.
E a noite já descera de vez quando Seu Juca, o velho barqueiro, calado até então, teve a ideia mais sensata:
— Gente, leva o carro até à cidade e pede pro ferreiro descolar o banco. Se foi ele quem fez o serviço, deve de ter uma maneira de desfazer.
Ideia aprovada, partida para execução. Foi quando alguém lembrou: — Mas, quem vai dirigir o carro, não tem chofer!? Afinal, quem trouxe o carro para o Porto foi o Gilberto Preto, motorista do caminhão do leite, que voltara em seguida pra cidade no trem das cinco.
Foi aí que o João Aparecido, cigano por natureza, que não parava com nada que adquiria, se lembrou da oferta que recebera pelo carro no caminho da vinda, em terras do Sr. Benedito Antônio: o Neném Penhême, registrado oficialmente Alfred Openheimmer, de ascendência alemã, sempre acalentara desejo de possuir um Volkswagen, que, como já lhe contara um tio seu, dono de oficina em São Paulo, era orgulho da indústria alemã do pós-guerra e exemplo da genialidade dos patrícios europeus e, quando fora abrir a porteira da estrada velha naquele dia para o buzinante carrinho passar, ficara encantado com ele, espécime ainda raro por aquelas bandas, e, no entremeio duma conversa e doutra, entre um café e uma broa, fizera uma proposta bem tentadora, no dinheiro a ser apurado na colheita de milho e feijão, que ainda esquentava no terreiro, e ainda dava de volta uma bicicleta Dürkopp Diana, da melhor qualidade: “Qui é pro cumpadre não vortá de apé pro Porto”.
Não titubeou mais o João. Pediu paciência ao pessoal, alguns já munidos de marretas e enxadões, prontos a destruir o inocente carrinho para salvar o apavorado Dito Leitão: “No máximo meia-hora para resolver o problema”. Pegou um cavalo emprestado, espora nas virilhas e, poeira na estrada pras bandas de Cachoeira, que ainda era cedo e a lua cheia iluminava o caminho.
Ainda teve tempo de recomendar, na virada das rédeas: “Num dá de comer pro home, pra não piorar a situação, volto logo”.
Pegou o Neném ainda no terreiro, cobrindo a ramada de feijão cara-suja:
— Oh, de casa!
— Se apeie, cumpadre!
— Olha, vim desfazê um malefício de agora à tarde. Fiquei com a consciença pesada em não lhe ceder o carrinho. Afinal de contas eu sou um homem negociante e, negócio bão a gente num enjeita. Tá de pé a oferta? Se tiver, o tar de Vouquivarges é seu, é só ir lá na venda do Chico Barbino e pegar o bichinho, bão qui num tem otro…
Só não disse que estava vendendo um legítimo Volkswagen alemão, sedan 1200, 1954, cinza claro, com o Dito Leitão dentro… Afinal de contas, o Dito não contava, era peso morto… Negócio é negócio.
Recebi no dia 5 de junho último a seguinte mensagem do Tito Carlini, que assim atendeu o meu pedido de falar sobre a experiência de ter participado do Livro II:
“Foi com enorme satisfação que recebi convite do nosso estimado amigo Gromow para participar de sua coluna, com publicação do “causo” de minha autoria “Negócio é Negócio” que fez parte de seu livro “Eu Amo o Fusca II”. Sobre esse “causo” — neologismo que não integra o dicionário oficial, mas que invoca o conceito da narrativa popular com o que há de mais autêntico na cultura do povo, na tradição da comunicação oral. Pois bem, esse “causo” é baseado em fatos reais, ocorrido na década de setenta no lugarejo chamado Porto Sapucaí, no Município de Santa Rita do Sapucaí, nas Minas Gerais, onde nossa família mantém uma propriedade há muitos anos, a Fazenda Porto Sapucaí. Partindo do fato real que me foi narrado com muito humor por nossos camaradas, na linguagem simples de caboclos da roça, tento passar ao leitor uma dimensão do lugarejo à época e da cultura de seus habitantes, a essência da mineiridade, que tanta saudade nos traz. Os personagens, metade verdadeiros, metade fictícios, alguns com identidades preservadas, se reúnem com muita sintonia para dar corpo à narrativa. Quando o livro foi publicado, com muito sucesso por sinal, muitas pessoas — algumas conhecidas, outras não — teceram comentários elogiosos sobre a narrativa, o que nos deixou deveras envaidecido com isso, elogios extensíveis à excelente ideia do Gromow de reunir em livro os “causos”, contos e narrativas sobre o Fusca.
A pedido do Gromow, a quem fico muito grato pela lembrança e demonstração de apreço que lhe é peculiar, me apresento aos seus seletos leitores, todos amantes de automóveis antigos, em particular o Fusca. Sou José Carlos Carlini Pereira, 67 anos, natural de Santa Rita do Sapucaí, formado em Direito, hoje ocupando cargo de carreira de procurador municipal em Contagem/MG na grande BH e amante de carros antigos como vocês. Assino o “causo” como Tito Carlini, apelido que trago desde a remota infância. Sou casado atualmente com Viviane e tenho 4 filhos, residindo em Pouso Alegre, cidade que dista 25 km de Santa Rita do Sapucaí, sendo que o bairro rural Porto Sapucaí fica no meio do caminho entre as duas. Tem esse nome por ser um antigo porto fluvial, onde navegavam pequenos vapores pelo Rio Sapucaí, fazendo conexão com a estrada de ferro por onde antigamente passavam as imponentes marias-fumaças Baldwin. Seguem duas fotos antigas do Porto e outras atuais desse seu convidado e de sua família. Uma ótima leitura a todos, a quem espero que agrade.”
O porto fluvial ficava perto da estação ferroviária, numa curva do rio. Aí vai a foto da estação ferroviária, aliás esta foto aparece no Livro II em um outro causo: “No mercado municipal”, pois ela mostra a Kombi que é nele citada.
Para dar uma visão do antigo percurso da Estrada de Ferro da Rede Ferroviária Federal (originalmente da Companhia Viação Férrea Sapucaí, organizada em 1889) e o leito do Rio Sapucaí, veja um detalhe do mapa de Santa Rita do Sapucaí, tirado do Google Maps:
Agora uma foto da família do Tito e amigos, ainda esperançosos, preparados para assistir um jogo da Copa do Mundo de Futebol de 2014 em Pouso Alegre, recebendo alguns amigos. O Tito esclareceu:
“Viviane, de preto, minha esposa, é a quinta da esquerda para a direita. A seus pés minha filha Marília, de short verde e blusa branca, depois delas meu primo José Maria, paulista, paulistano e são-paulino, aficionado por ônibus antigos, eu mesmo, o 8º na sequência (ainda feliz antes da Alemanha), em 9º Henrique, outro filho, Paulinho, um amigo, depois aparecem Maria Tereza e Tonho e por último Márcio, outro filho meu.”
READER’S CORNER
da coluna Falando de Fusca
O “READER’S CORNER” desta vez traz um causo da Clara Marques, de São Pedro da Aldeia, cidade do Estado do Rio de Janeiro, próximo a Cabo Frio. O nosso contato foi devido ao hobby de carros antigos, pois ela mantém o blog Bate-Papo do Carro Antigo. E ela comentou como seu envolvimento com Antigomobilismo começou:
“Quanto ao blog, eu comecei a escrever com o intuito de ficar mais perto de um mundo que meu marido gosta muito. Porém com todas as pesquisas que eu fazia, acabei me apaixonando também (risos). Tendo o blog acabei abrindo uma página no Facebook. Aí é que ficou muito legal e engraçado, pois eu conversava via bate-papo com pessoas do Brasil inteiro, e, normalmente, ao final da conversa alguns perguntavam o meu nome, pois eu utilizava o nome Bate-Papo do Carro Antigo, e quando eu falava que me chamo Clara (risos) eles se assustavam e não acreditavam que eu era uma mulher (risos).”
Numa das conversas que mantivemos ela comentou o apelido de seu Fusca e eu não perdi a oportunidade e perguntei qual era o motivo que levou ao apelido de “Sabiá”. A resposta que se segue é o nosso causo deste READER’S CORNER:
O MEU FUSCA SABIÁ
Por Clara Marques
No dia 27/05 eu e meu marido comemoramos nosso aniversário de casamento e ele me presenteou com um Fusca Itamar 93/94. Fiquei tão feliz!!!! Pedi para a despachante agendar a vistoria o mais rápido possível, pois queria ver logo o documento no meu nome.
Coincidência ou não o agendamento foi feito justamente para o dia 27/05. Fiquei mais feliz ainda, a data não poderia ter sido melhor!
Chegando em casa, eu quis fazer uma limpeza no carro para poder ver os detalhes. Abri as portas, o capô e quando estava retirando os tapetes, escutei o alarme acionar. Como a chave estava no meu bolso, pensei que deveria ter acionado sem querer, então desliguei e continuei a limpar.
Novamente escuto o som do alarme acionando, e quando me viro para pegar a chave vejo quatro sabiás, e um deles estava embaixo do Fusca, outro em cima de uma árvore e as outros dois em cima do muro.
Comecei a rir, pois o som que eu estava escutando era dos sabiás e não do alarme acionando (risos).
Corri e peguei a máquina fotográfica, consegui tirar foto de dois, os outros voaram, e ainda apareceu uma esperança indo em direção ao Fusca (risos). A princípio eu ia dar o apelido de Esperança, pois além disso o Fusca é verde, mas depois, conversando com o meu marido, resolvemos apelidar de “Sabiá” por causa da “brincadeira” que eles fizeram comigo (risos).
A Clara também enviou uma foto para a minha pesquisa “Arte & Fusca”, com a qual estou recolhendo, dentre outras coisas, pinturas em paredes com a imagem do Fusca e seus parentes próximos empurrados pelo motor VW boxer arrefecido a ar. Trata-se de uma loja que existia próximo à Estação Rodoviária de São Pedro da Aldeia:
Este tipo de pintura está ficando muito rara hoje em dia, mas se você encontrar alguma por favor fotografe, anote o endereço e o nome do estabelecimento e envie-a para mim, pelo Facebook ou através do e-mail (alexander.gromow@autoentusiastas.com.br).
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