Inicialmente, cumprimento a FCA/Fiat e parabenizo-a e os diretamente envolvidos na iniciativa de preservação desse pioneirismo e trabalho de Engenharia 40 anos atrás.
Parabéns também pelo evento e matérias jornalísticas.
Creio que vocês tenham muitas histórias a respeito. Mas permitam-me adicionar a minha relacionada ao 147 das fotos, com o qual tive bons momentos em Interlagos na Copa Fiat 147.
Fabricação 1976, o monobloco tinha uma porção de zeros antes dos números da dezena. Cor, azul Notte (original) com amarelo em alusão ao Mirafiori de rali na Europa.
O motor, ah, o motor!
Pelas informações da época, os primeiros 1050 como este eram italianos. Vinham prontos na caixa para serem instalados nos primeiros carros saídos de Betim.
Este foi convertido para álcool para participar das corridas (1982, álcool era obrigatório).
O fato é que era fácil “desbielar”, pois os pistões eram cabeça chata. Qualquer erro ao rebaixar o cabeçote ou acerto do ponto de ignição teria consequências desagradáveis, mas este sobreviveu sem arranhões ou quebras.
Tinha bom torque e era bem linear e progressivo, mesmo com o comando mais “bravo”. Melhor que isso, só mesmo o 1300 da Copa Fiat.
A suspensão era bem firme, rígida mesmo, e dava a ele um “chão” ótimo a ponto de cutucar os Opalas no miolo de Interlagos (circuito antigo).
Dava uns sustos de vez em quando por causa da balestra (feixe de molas transversal, na traseira) de Panorama. Arisco, mas competente.
Saudade boa!
“Matava” aulas de Resistência dos Materiais e Termodinâmica (Vixe! Credo!) para trabalhar nos carros da equipe Sul Fiat, uma oficina especializada em Fiat; treinos, boxes.
Foi meu estágio de Engenharia durante a Faculdade e me rendeu ótima experiência para a carreira.
Grande abraço a todos!
Mário Pinheiro
São Pedro – SP
(Atualizado em 16/07/’19 às 11h10, correção do crédito das fotos)